Por muito tempo, a sociedade tratou as pessoas com necessidades especiais como incapazes, dando margem ao surgimento do senso comum, paradigmas e preconceitos, o ser humano com alguma dificuldade motora ou visual a ele era atribuído o termo preconceituoso de Coitadinho, inválidos que significava indivíduos sem valor. O que se via era cego, surdos e pessoas com dificuldade de locomoção sendo excluídas totalmente da sociedade. E sem nenhum tipo de demanda e políticas públicas ao seu favor, esta forma de segregação forçava muitos a pedir esmola para sobreviver excluindo eles por total da sociedade.

Já se ouvia falar em exclusão em textos escritos a mais de dois mil anos: Como podemos observar a história de “Bartimeu cego de Jerico”: que vivia pedindo esmola fora da cidade, apesar de ter um pai importante de nome Timeu que era general do exercito na época, mas mesmo assim Bartimeu ele eram excluídos da sociedade e morava na entrada da cidade de Jericó e não podia entrar por causa de sua condição física. (Marcos 10:46-52).

Na sociedade contemporânea existia isolamento forçado de pessoas com hanseníases, eles eram segregados e colocados em colônias distantes dos centros urbanos, e muitos eram retirados de sua família de forma preconceituosa e violenta e recebiam o codinome de leprosos, mais que a doença muitos eram acometido de depressão e até suicídio. No caso da Colônia do Prata no Pará, município de Marituba onde eles eram remanejado sem nenhuma condição de habitabilidade vivendo a custa de ações sociais promovidas pelas igrejas. Até hoje o Estado discute uma forma de reparar os danos provocado a estas famílias.

 Hoje os movimentos sociais em defesa desta causa, tem ganhado força e conquistado espaço de destaque em nossa sociedade, participando das criações de leis que possibilitaram mais inclusão social, apesar de muitos avanços não devemos nos calar diante de tantas injustiças. Pois a nossa constituição Federal nos dá o direito de protestar contra todo tipo de discriminação e preconceito em relação ao cidadão, até no estatuto da criança e adolescente já é visível às lutas em prol dos direitos humanos, vejamos o que diz o estatuto: “Toda criança tem direito à educação e a cuidados especiais para a criança física ou mentalmente deficiente”. (Frase retirada do Estatuto da Criança e do Adolescente aprovado no Brasil 1990).

O mercado de trabalho já abre vagas em virtude das leis que são reservadas dando um percentual a pessoas com alguma dificuldade, mas vejo isso ainda de forma tímida e muito lenta, é um grande o desafio nesta sociedade em incluir as pessoas com alguma perda de mobilidade no contexto social, dando a elas condições de trabalho e educação, garantindo a todos o direito de ir e vir, transportes adaptados, calçadas dentro dos padrões técnicos e o mais importante de todo o respeito e a dignidade.