Muitas vezes nos comparamos à outros países desenvolvidos, ou em desenvolvimento, procurando falhas da lei, na administração, saimos à caça do fantasma da corrupção que assombra qualquer governo democrático. Diminuindo o país em que vivemos perante outros, que são feitos de humanos tão errôneos quanto nós, brasileiros.  A verdade dessa democracia é a verdade, a vontade do povo, mas como podemos reivindicar nossos direitos se não nos sentimos responsáveis pelos deveres?

Anos atrás, etnia e sexo decidiam o futuro de uma pessoa e, por vezes, o tamanho de seu horizonte. A  evolução pela qual passamos diariamente começou quando pessoas  - não negros ou mulheres - decidiram lutar pelos seus direitos. Só que essa parcial igualdade que compartilhamos hoje serve tanto para o caminho certo quanto para o errado.

A corrupção, por outro lado, depende tanto do sistema obscuro da política quanto das pessoas sem caráter que agem por meio dele. Esse abuso do poder que seria usado para o bem de todos nós, cidadãos, é fruto do egoísmo e da separação social que a sociedade atual cria entre as pessoas. O que acontece em qualquer lugar do mundo, e, assim como um problema de saúde, deve ser medicado e, se possível, curado. O Brasil seria o paciente - nós, os médicos.