Quantas vezes batemos em portas que não se abrem. Gritamos e só ouvimos eco. Choramos, e ninguém aparece para nos consolar.
Quantas vezes ouvimos “NÃO” ao invés do “SIM”.
Quantas vezes o desespero é agonizante de tal forma a ponto de fazer parecer que o chão desapareceu de sob nossos pés, e o céu desabou.
Nessa hora, falta-nos a razão e ficamos como que perdidos, desorientados, sem saber o que fazer e nem pra onde ir. O cenário é simplesmente inóspito e desolador.
Estranho tudo isso e, ao mesmo tempo, meio que incompreensível.
Se analisarmos tudo que nos ocorre, pela ótica humana, jamais compreenderemos a essência do que de fato essas lições de vida querem nos passar.
É mesmo complexo entender determinadas situações, mas quem disse que a vida é pra ser entendida? Impossível entendê-la, pois suas múltiplas faces nos são como labirintos, verdadeiros enigmas.
A vida é pra ser vivida em sua plenitude, e não compreendida. Se tentarmos compreendê-la, passaremos por ela sem vivê-la e, no final de tudo, descobriremos o simples, grande e belíssimo espetáculo que, nem se quer, coadjuvantes fomos, e sim meros espectadores.
As cortinas se fecharão e dar-se-á por encerrada nossa insignificante e despercebida participação.
Não compreendemos e nem vivemos. Em suma: NÃO EXISTIMOS!

 

FORTALEZA – CE, 13/03/2012 – 05h04minhs.