Quando um valentão entra em cena
Publicado em 21 de setembro de 2012 por Jamerson Kleber França da Silva
Todos os dias, milhares de notícias são divulgadas nos jornais, televisões, rádios, sobre o falado fenômeno bullying. Derivado do inglês o termo quer dizer: Valentão, aquele que insulta. Quem será esse tal valentão? Um aluno agressor? Um aluno agredido e com vontade de vingar-se? Ou um professor emocionalmente desequilibrado dando aula em uma escola? São perguntas como essas que faço todos os dias e não consigo enxergar nenhum desses personagens como “Valentões”.
Na verdade o que acontece é um processo bem complexo, pessoas todos os dias são vítimas e agressores, simultaneamente, desse fenômeno que resulta em uma violência descontrolada. Isso é uma bola de neve, que a cada dia torna-se maior com tanta violência entre os jovens estudantes.
Outra situação dessa realidade é que o bullying não acontece somente nas escolas, sua maioria é iniciada nas bases familiares, dando continuidade no espaço escolar e consequentemente ampliando para toda a sociedade. Muitas notícias são divulgadas sobre o assunto pelos meios de comunicação citados no inicio desse texto, mas o que estamos fazendo de fato para mudar essa realidade? O que fazer para não ver nossos filhos nessa situação? Estamos falando de pessoas que são agredidas física e psicologicamente e até violentadas ao extremo, porque tudo começa com um simples apelido e termina em uma tragédia. O que fazer nesse momento que nos surpreende?
Vamos unir nossas forças para começar mudar essa realidade, conscientizando nossos filhos, alunos, pais, mestres e todas as pessoas que compõem essa sociedade que sem perceber são o próprio fenômeno bullying. Todos nós somos o bullying! Para acabar esse mal, temos que primeiramente anular a violência interna do nosso ser e depois tentar mudar o outro em busca de uma política de paz renovadora, a qual não vemos há tantos séculos. O homem conseguiu adquirir ao longo do tempo tecnologias e inteligência voltada para a era do capitalismo e esqueceu-se de garantir um mundo de harmonia, onde todos possam dividir o mesmo espaço, respeitando as diferenças alheias e promovendo a construção de ciências para o bem. Começamos a fazer nossa parte nesse texto e fora dele também. Comece a fazer a sua agora, imediatamente! E cuidado para não tornar-se mais um desses “valentões” que são facilmente vencidos pela falta de inteligência pacificadora.
Jamerson Kleber França da Silva