QUALIDADE MAIOR = CUSTO MENOR

 

Quando falamos em qualidade, existe uma predisposição por parte das equipes e até mesmo por parte de alguns gestores de que, qualidade está ligada somente a unidades defeituosas apontadas pelo cliente. Não é bem assim. O termo qualidade deve ser refletido em todo o processo de produção, desde a entrada da matéria prima até a saída do produto final que será disponibilizado no mercado. Quanto mais evoluímos em índices de qualidade, menores serão nossos custos de produção. Isto é fato. No entanto, existem muitas barreiras que impedem que as organizações alcancem este patamar de sucesso.

Veja como podemos minimizar estas barreiras:

  1. Simplifique seu processo. Elimine toda e qualquer atividade que venha a consumir tempo e que não agregue valor ao cliente. O cliente irá pagar somente por aquilo que ele visualiza como importante para o seu negócio. Não desperdice tempo, porque tempo é dinheiro. Desburocratizar é o segredo. Processos burocráticos produzem erros e oneram o setor. Produza um bom mapeamento dos seus processos. Este mapeamento lhe dirá o que realmente é importante ser feito;
  2. Organize o seu trabalho, tanto em estrutura física como de documentação. Documente os seus processos de forma a fazer com que este caminhe autonomamente sem estar preso ao operador. Padronize. Sabemos que os níveis de Turnover estão cada vez maiores e isto dificulta um bom gerenciamento da rotina de trabalho. Então, escreva o que faz e faça o que escreveu. Cumpra os procedimentos. Este é o foco;
  3. Estipule itens de controle para as etapas críticas do processo e os acompanhe, rigorosamente. Se você não monitora seus resultados, você não gerencia e desta forma, o seu processo está à deriva. Lembre-se que indicadores sem metas não dizem nada. Então, tenha metas condizentes com o seu processo e as avalie de tempos em tempos. É preciso “catar” todos os desvios e analisá-los. Isto é gerenciamento;
  4. Estabeleça muito bem: O quê? Como? E Quando entregar. O cliente é o Rei, mas não é Deus. Não se pode satisfazer o cliente às custas do sacrifício de outras pessoas. Conheça as limitações do seu processo. Conheça a sua capacidade em atender as especificações. Pratique o Controle Estatístico do Processo. É uma poderosa ferramenta e que nem sempre é utilizada;
  5. Faça análise de causa dos problemas, para que eles não voltem a acontecer. Incentive a equipe a relatar os problemas. Pratique a análise constantemente. Toda e qualquer anomalia deve ser tratada imediatamente, antes que seja tarde demais;
  6. Pratique um bom planejamento do trabalho. Não trabalhe para “apagar incêndio”. Entenda que existem variações, mas que estas não podem e não devem ditar as regras de sua operação. Trabalhe com o objetivo de fazer com que os seus processos absorvam estas variações sem sacrificar os envolvidos;
  7. Treine os operadores no cumprimento dos padrões e faça os entender da importância de cumpri-los. Isto gera confiabilidade, através da redução de erros e conseqüentemente redução de unidades defeituosas. Conheça o perfil de seus operadores e os utilize onde os mesmos rendem mais. Reconheça e premie a equipe ao bater as metas estipuladas. Lembre-se, o sucesso da organização depende de todos. Todos devem estar engajados com o mesmo objetivo. Para a qualidade, não existem heróis, todos são responsáveis.

Somente através de um bom gerenciamento será possível manter e alavancar o negócio. Para tanto, gerenciamento é prática e nem sempre a prática é fácil. Prova disto é o grande número de organizações que perdem mercado por não praticarem o gerenciamento em sua totalidade. Vejo que estas organizações praticam o que chamo de Gerenciamento do Caos, ou seja, se preocupam com tudo, menos com o que realmente traz valor ao negócio.

Não faça de sua organização uma rocha, onde nada entra e nada sai, a não ser por bruscas intervenções. Esteja aberto ao conhecimento e à inovação. Procure entender o que realmente faz sentido para o seu negócio.

Até a próxima!

Nota:

Gerenciamento do Caos é a forma de gerenciamento praticado por organizações que não possuem um padrão de gestão definido. Em grande parte, conseguem traduzir o seu objetivo, mas não conseguem gerenciar sua rotina de trabalho de forma eficaz.