Qualidade de Vida Dos Clientes com Diabetes Atendidos na Estratégia Saúde da Família do Bairro Jose Carlos de Lima, Montes Claros-MG.

 

ALVES, Elaine Cristina Santos***; BARBOSA, Janine Martins Moreira *; SANTOS, Fernanda Ferreira *; SILVA, Maria Laura Rodrigues*; OLIVEIRA, Watson Soares.

* Acadêmicos do Curso de Graduação em Enfermagem das Faculdades Integradas Pitágoras, *** Docente FIP-Moc.

RESUMO

Através de pesquisas com o questionário WHOQOL-bref e revisões de literaturas o presente estudo vem identificar os sentimentos, o significado de qualidade de vida, saúde e outras áreas relacionadas à vida de portadores de Diabetes, comparando-os com pessoas não portadoras de doenças crônicas e hipertensas diabéticas, os entrevistados tinham como critério de inclusão na pesquisa idade entre 21 a 59. A pesquisa foi identificada como uma avaliação positiva na qualidade de vida geral e para os domínios relações sociais, físico, psicológico e meio ambiente. Tendo também como enfoque a análise de questões referentes ao acesso, à satisfação do usuário e à qualidade da assistência. 

PALAVRA-CHAVE: Qualidade de vida, Diabéticos, Não doentes crônicos Hipertensos e Diabéticos, ESF e WHOQOL-bref.

 

RESUME

Through research with the WHOQOL-BREF questionnaire and literature reviews of this study is to identify the feelings, the meaning of quality of life, health and other areas related to the life of diabetes sufferers and compared them with people not suffering from chronic diseases diabetic and hypertensive, respondents had as a criterion for inclusion in the study aged 21 to 59. the research was identified as a positive assessment on the overall quality of life and for the social relationships, physical, psychological and environmental. Also taking as focus the analysis of issues related to access, user satisfaction and quality of care.

KEYWORD: Quality of life, Diabetics, not chronically ill and Hypertensive Diabetics, ESF and WHOQOL-BREF.

INTRODUÇÃO

Diabetes mellitus faz parte de um grupo doenças metabólica caraterizada por hiperglicemia com resultado em alterações na secreção ou na ação da insulina, que e manifestada por sintomas como poliúria, perda de peso ou visão turva (GROSS et al, 2002)

O diabetes mellitus (DM) é apresentado como importante causa de morbimortalidade, principalmente entre os idosos. É definido como uma anormalidade endócrino-metabólica, caracterizada por uma deficiência absoluta do hormônio insulina ou relativa quando sua secreção pelo pâncreas é defasada e/ou por uma ação insuficiente do hormônio nos tecidos alvos. (RIBEIRO et al, 2010)

O diabetes mellitus (DM) é uma doença crônico presente em países em todos os estágios de desenvolvimento, que acomete pessoas de todas as classes socioeconômicas é uma doença caracterizada por hiperglicemia crônica que, se não controlada, leva ao desenvolvimento de complicações microvasculares, como retinopatia e neuropatia, e macro vasculares, como infarto agudo do miocárdio. Estima-se que até 2010 o número de portadores de DM em todo o mundo chegue a 221 milhões de pessoas, um crescimento de 46% em relação aos ano 2000. No Brasil estima-se uma prevalência de 8% em pessoas de 30 a 69 anos, o que coloca o DM como um dos principais problemas de saúde do país. (CORRER, 2008).

Conceitos, Epidemiologia, Fisiopatologia e Tratamento do Diabete.

O diabetes é um grupo de doenças especialmente metabólicas caracterizadas pelo aumento da glicemia no sangue e associadas a complicações, disfunções e insuficiência de vários outros órgãos envolvidos nesse processo, especialmente olhos, rins, nervos, cérebro, coração e vasos sanguíneos. Com isso pode resultar de defeitos de secreção e/ou ação da insulina envolvendo processos patogênicos específicos, por exemplo, destruição das células beta do pâncreas (produtoras de insulina), resistência à ação da insulina, distúrbios da secreção da insulina, entre outros (BRASIL, 2006).

Descreve Miranzi et al (2008), que a Organização Mundial de Saúde (OMS) da à definição do Diabetes mellitus como uma síndrome de etiologia múltipla, pois pode ser pela decorrente falta de insulina ou diminuição da produção da insulina, onde não irar exercer adequadamente suas ações, caracterizada pela hipoglicemia crônica e alterações no metabolismo dos carboidratos, lipídeos e proteínas. Os sintomas característicos são: polidipsia, poliúria, visão turva e perda de peso.

Dentre as doenças crônicas, a hipertensão arterial e o Diabetes mellitus são as mais comuns, cujo tratamento e controle exigem alterações de comportamento em relação à dieta, ingestão de medicamentos e o estilo de vida. Estas alterações podem comprometer a qualidade de vida, se não houver orientação adequada quanto ao tratamento ou o reconhecimento da importância das complicações que decorrem destas patologias (MIRANZI et al,2008).

O Diabetes Mellitus é constituído como o principal problema em saúde pública no mundo, com prevalência que aumenta, sobretudo nos países em desenvolvimento. Previsões para os próximos anos apontam que, em 2030, 438 milhões de indivíduos, em todo o mundo terão a doença. Estima-se, ainda, que neste mesmo ano, 472 milhões de indivíduos terão pré-diabetes, condição clínica que evolui, na maioria dos casos para DM, em um período de 10 anos (MEIRELES et al, 2013).

Verificações das Políticas Publicas em Relação aos Diabéticos.

Descreve Santos (2011), que Torna evidente, a necessidade de empenho de lideranças do governo e gestores de saúde na criação de mecanismos que minimizem o aparecimento, bem como o agravamento da doença. Esses esforços devem ser direcionados tanto à reorganização da atenção à pessoa com diabetes quanto ao provimento de insumos necessários para o controle da doença.

De acordo com Santos (2011), o Ministério da Saúde em 2002, em conjunto com sociedades científicas, elaboraram o Plano de Reorganização da Atenção à Hipertensão Arterial e ao Diabetes Mellitus. Esse plano teve como objetivo reduzir: o número de internações, a procura pelo pronto-atendimento nas Unidades Básicas de Saúde, de modo a promover melhoria da qualidade de vida da população.

O Sistema de Cadastramento e Acompanhamento de Hipertensos e Diabéticos (HIPERDIA) captados no Plano Nacional de Reorganização da Atenção à hipertensão arterial e ao Diabetes Mellitus, em todas as unidades ambulatoriais do Sistema Único de Saúde, gerando informações para os gerentes locais, gestores das secretarias municipais, estaduais e Ministério da Saúde. (BRASIL, 2011).

Além do cadastro, o Sistema permite o acompanhamento, a garantia do recebimento dos medicamentos prescritos, ao mesmo tempo em que, em médio prazo, poderá ser definido o perfil epidemiológico desta população, e o consequente desencadeamento de estratégias de saúde pública que levarão à modificação do quadro atual, a melhoria da qualidade de vida dessas pessoas e a redução do custo social. (BRASIL, 2011).

A Influência do Trabalho na Qualidade de Vida ou Vice - versa  como é Medida a Qualidade Vidas nas Empresas.

 

Qualidade de vida é uma compreensão que tem como abrangência varias condições de vida no trabalho, que inclui aspectos de bem estar, garantia da saúde e segurança física, mental e social e capacitação (OLIVEIRA et al, 2012). 

Conforme Oliveira et al (2012) A saúde do trabalhador é mantida quando as exigências do trabalho e do ambiente não ultrapassam as suas limitações energéticas e cognitivas. A qualidade de vida (QV) nunca é uma mera consequência, porém existem múltiplos fatores que estão relacionados e submergidos com a capacidade funcional.

Andrade et al (2012), Cita que os programas de qualidade de vida no trabalho nas empresas auxiliam atividades que favorecem a prevenção e a promoção da saúde, atendendo as necessidades mais amplas do trabalhador, sendo assim, buscam conciliar o interesse dos empregados e da organização, as empresas  que não têm a qualidade de vida no trabalho como um de seus objetivos organizacionais correm o risco de desaparecer.

Segundo Alves (2010), os instrumentos de medida são desenvolvidos para as mais diversas finalidades e indicações, sendo realizadas através de escalas genéricas do estado de saúde e escalas específicas a uma determinada situação.

De acordo com Alves (2010), A medida de Qualidade de Vida no Trabalho (QVT) vem surgindo no meio científico como instrumento importante para a investigação e avaliação da saúde ocupacional dos indivíduos, de forma holística.

Principais Fatores de Riscos para a Qualidade de Vida e Doenças Crônicas (Diabetes) dos Adultos e Idosos Trabalhadores.

Descreve Padilha (2009), que a qualidade de vida do trabalhador deu inicio a publicação entre os anos 1950 e os anos 1970. Naquele tempo, ainda não se falava trabalho precário ou flexibilização do trabalho, mas estava em voga uma Psicologia Organizacional fortemente behaviorista baseada na ideia de que eficiência se treina, de que saúde no trabalho é resistência ao cansaço e na perspectiva psicotécnica de que a Qualidade de vida no trabalho deve ser um requisito.

O trabalho precário é um conjunto de fatores, sendo que os quais podem ou não estar combinados caracterizando ou não às atividades laborais de inúmeros trabalhadores, sendo eles: desregulamentação e a perdas dos direitos trabalhistas e sociais; legalização de trabalhos temporários, em tempo parcial, e da informatização do trabalho; terceirização e quarteirização; intensificação do trabalho; aumento de jornada de trabalho com acúmulo de funções; maior exposição a fatores de riscos para a saúde; rebaixamento dos níveis salariais; aumento de instabilidade no emprego; fragilização dos sindicatos e das ações coletivas de resistência; feminizarão da mão de obra; e rotatividade estratégica (para rebaixamento de salários) (PADILHA, 2009).

Descreve Rodrigues; Canani (2007), que o individuo que apresenta o Diabetes Melito tipo 2 tem maior risco de incapacidade para o trabalho. O DM é uma doença crescente e de elevada prevalência, incluindo pacientes cada vez mais jovens, o que determina um aumento da doença em uma população de pacientes em faixa etária produtiva. Os custos associados ao tratamento do DM e suas complicações produzem uma elevada carga econômica para os pacientes, familiares e para toda a sociedade.

Estudar os principais instrumentos para a avaliação  de qualidade de vida e Diabetes.

 

De acordo com Correr et al (2008), O interesse pela mensuração da QV é relativamente recente, tanto nas práticas assistenciais quanto nas políticas públicas, nos campos de prevenção de doenças e promoção da saúde  a qualidade de vida é uma importante medida de impacto em saúde. Para medir diretamente a saúde dos indivíduos, têm-se desenvolvido e testado Instrumentos estruturados e simplificados, capazes de reconhecer os estados de completo bem-estar mental, físico e social dos clientes.

Conforme Costa (2006) cita que em 2004, foi publicada uma revisão dos instrumentos de medida disponíveis nesta área, na qual 13 questionários de qualidade de vida para uso na diabetes foram comparados. Esta 

revisão foi publicada posteriormente à validação do ADDQoL para Portugal, e concluiu que apenas 3 questionários específicos para a diabetes eram adequados para a investigação prática: o ADDQoL, o Appraisal of Diabetes Scale (ADS) e o Diabetes-39 (D-39). Este último tem vantagens quando utilizado nos idosos e em doentes com baixos níveis educacionais, mas tem igualmente a desvantagem de ser composto por um número bastante elevado de itens e recorrer a uma escala visual analógica, a qual pode ser difícil de usar por doentes com reduzida acuidade visuais.

Conforme Correr et al (2008) descreve que os instrumentos para medir a qualidade de vida são uma forma útil para se transformar medidas subjetivas em dados objetivos que possam ser quantificados e analisados, além de serem importantes para verificar o impacto das intervenções em saúde na QV dos pacientes .

Estudar o conceito, epidemiologia, dimensões da qualidade de vida e sua correlação com o envelhecimento.

 

Segundo Freitas (2010) que o envelhecimento tem uma dimensão existencial, que modifica a relação da pessoa com o tempo, gerando mudanças em suas relações com o mundo e com sua própria história.

A velhice deve ser compreendida em toda sua amplitude e totalidade, uma vez que é um fenômeno biológico universal com conseqüências psicológicas e sociais das mais diversas (FREITAS, 2010).

METODOLOGIA

1. Desenho do estudo

Trata-se de um estudo descritivo e comparativo de abordagem quantitativa e caráter transversal. O estudo descritivo tem como objetivo descrever um fenômeno e registrar a maneira como ele ocorre já o método quantitativo é caracterizado pelo emprego da quantificação, tanto nas modalidades de coleta de informações, quanto no tratamento através de técnicas estatísticas, desde as mais simples até as mais complexas (DALFOVO et al. 2008).

2. Cenário da Pesquisa:

O estudo foi realizado no segundo semestre de 2013, na unidade do ESF José Carlos de Lima na cidade de Montes Claros- MG.

3. Sujeito da pesquisa

A população estudada foram 10 clientes adultos na faixa etária de 21 a 59 anos, portadores de diabetes cadastrados no Hiperdia e acompanhados pela equipe do ESF. Para fazer a comparação foi utilizado um grupo controle de 10 moradores sem doenças crônicas e um grupo de 10 pacientes com hipertensão e diabetes na mesma faixa etária. Totalizando assim 30 sujeitos pesquisados.

Após levantamento no SIAB (Sistema de Informação da Atenção Básica) em setembro de 2013 verificou-se o consolidado das famílias cadastradas perfazendo um total de 864, totalizando 3.246 moradores na região. As populações de diabéticos assistidos pela unidade são de 79, ou seja, 2,43% da população.

Serão considerados como Critérios de Exclusão

  • Pessoas com idade inferior a 21 e superior a 59 anos;
  • Pessoas que recusarem ou não desejarem participar do estudo;
  • Pessoas que após três tentativas, não forem encontrados na sua residência ou não puderem responder ao questionário.

4. Amostra:

A amostragem da pesquisa teve com o objetivo a comparação da qualidade de vida dos moradores que possuem o diabetes com os moradores que não possuem algum tipo de doença crônica e clientes hipertensos e diabéticos. Sendo assim, a amostra foi do tipo conveniência ou acessibilidade onde o pesquisador seleciona os elementos a que tem acesso, admitindo que estes possam de alguma forma, representar a população.

A coleta de dados ocorreu através Instrumento proposto pela OMS para avaliar Qualidade de Vida, o Word Health Organization Quality of Life Instrument Bref (WHOQOL-bref). O Questionário WHOQOL baseia-se no pressuposto de que QV é um conceito subjetivo e multidimensional. A versão em português dos Instrumentos, tanto o WHOQOL-100, quanto o WHOQOL-BREF, foi desenvolvido, analisado e validado no Centro WHOQOL para o Brasil, por um grupo de Qualidade de Vida da divisão de Saúde Mental. Foi um projeto desenvolvido com a colaboração de 15 centros simultaneamente em países diferentes. O WHOQOL-100 consta de 100 questões que avaliam 6 domínios: Físico, Psicológico, Nível de independência, Relações Sociais, Meio ambiente e Espiritualidade/crenças pessoais.

6. Coleta de Dados:

   O período a se realizar a coleta foram os meses de setembro e outubro de 2013. Foi realizada em dois momentos, sendo que o primeiro momento acontecerá a partir da identificação dos participantes e seus respectivos endereços através da ficha de cadastramento. Já em um segundo momento, realizou-se uma visita em seu domicilio para realização da entrevista e ou agendamento para uma data e horário que melhor convier aos participantes.

A coleta de dados foi realizada pelos acadêmicos responsáveis pela pesquisa, na residência do participante, sendo que antes da coleta propriamente dita acontecerá à leitura, esclarecimento e será solicitado o consentimento para a aplicação do questionário.

RESULTADOS

No município de Montes claros na ESF do Jose Carlos De Lima foi realizada a pesquisa com 30 indivíduos os quais foram divididos em 10 indivíduos diabéticos, 10 não portadores de doenças crônicas e 10 portadores de hipertensão e diabetes, com idade de 29 a 59 no ano, a pesquisa foi realizada no 2º semestre de 2013.  O domínio 1 físico aborda a qualidade de vida como sono, AVDS, capacidade para o trabalho e dor física dos indivíduos, no (Gráfico 1) descreve que todos os entrevistados forem classificados como regular e não apresentam diferenças na QV. Descreve Tavares et al (2012), afirmando que portadores de doenças crônicas tiveram a presença de limitações no desempenho funcional a partir da influência de fatores como dor, fadiga, rigidez e desgaste articular, que gera diminuição de amplitude de movimento, redução de força, crepitações, edema, dentre outros, tendo impacto no cotidiano e qualidade de vida dos indivíduos. O domínio 2 Psicológico reúne questões relacionadas aos Sentimentos positivos, Pensar, aprender, memória e concentração, Autoestima, Imagem corporal e aparência; Sentimentos negativos e Espiritualidade/ religião /crenças pessoais, observa-se que todos os grupos classificaram sua QV como Boa (4 até 4,9), entretanto no grupo de diabéticos é que prevalece com maior índice de avaliação de QV com ( 3,7 ) seguido do ­­­grupo de não doenças crônicas com( 3,2 ) e o grupo de hipertensos e diabéticos com apenas( 3,03), (Gráfico 1).

Diante a relação expressa entre o emocional e o diabetes, o acompanhamento psicológico a estes pacientes torna-se de fundamental importância, pois proporcionará uma elaboração dos aspectos emocionais da doença e com isso minimizará os sofrimentos psíquicos (MARCELINO, 2005).

(Gráfico 1). Fonte: Coleta de Dados 6º Período de Enfermagem, FIP-MOC, 2013.

 

Com relação ao Domínio 3 Relações Sociais, os resultados associado a padrões como suporte (apoio) social, atividade sexual e relações pessoais. Constatou-se que todos os grupos de entrevistados, sendo eles diabéticos, pacientes sem doença crônica e hipertensos diabéticos apresentaram classificação de QV em relação a relações sociais como Regular (3 até 3,9). Afirmam Santos e Neve (2011), que no descobrimento do diabetes a família passa a lidar de forma mais rígida com o acometido, procurando sempre prestar atenção para vê se segue o tratamento, há também o afastamento do acometido com relação aos seus amigos, tornando um processo difícil de incorporação da doença.

(Gráfico 1). Fonte: Coleta de Dados 6º Período de Enfermagem, FIP-MOC, 2013.

 

CONCLUSÃO

 O diabetes mellitus é uma doença crônica de etiologia múltipla que vem apresentando alta prevalência nos últimos anos, caracterizando um problema de saúde pública.

Com a análise dos dados conclui-se que a qualidade de vida é um dos principais aspectos para saúde e controle das doenças crônicas, portanto torna-se importante intensificar os cuidados com as pessoas portadoras de doenças crônicas, pois essas estão mais susceptíveis a uma menor qualidade de vida. A realização do presente estudo nos possibilitou uma aproximação maior com a intensa e complexa problemática que envolve a vivência dos portadores de diabetes e não diabéticos, hipertenso e diabético. Ela acaba interferindo de diferentes formas no próprio estilo de vida das pessoas acometidas, do seu grupo familiar e social.

Observou-se através da análise dos dados obtidos, na entrevista com o instrumento WHOQOL-bref, que doenças crônicas como o diabetes mellitus, associada a fatores do estilo de vida e a fatores sociais e psicológicos como: relações pessoais, altas estimam e crenças interferem na qualidade de vida da população, que teve um perfil caracterizado entre regular (3 até 3,9) a Bom (4 até 4,9), quando comparados os 03 grupos que fizeram parte da pesquisa (Diabéticos, Não portadores de doenças crônicas e Hipertensos e Diabético.

Conclui-se que é necessária uma maior atenção ao planejamento de ações para a prevenção do DM, Nesse sentido, a mudança nos hábitos de vida é de fundamental importância, não só para estes usuários da Equipe de Saúde da Família Jose Carlos de lima, como também para aqueles que estão ao seu redor, Assim, esperamos contribuir para estimular ações de promoção de saúde, em um foco de não apenas diminuir o risco de Diabéticos, Não portadores de doenças crônicos e Hipertensos e Diabéticos, mas aumentar as chances de melhoria da QV da população.

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