O “até que a morte nos separe” durante a festa de casamento já não faz tanto sentido assim. Hoje, a cada três casamentos, um divórcio é oficializado. Sim, essa é a realidade brasileira, segundo as informações divulgadas pelas Estatísticas do Registro Civil do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Os dados coletados são referentes ao ano de 2012, confirmando 1.041.440 casamentos com 341,6 mil divórcios. Ao mesmo tempo em que observamos o crescimento do mercado de espaço para eventos, também enxergamos a quantidade de relacionamentos que não vão para frente.

O estudo também mostrou que os casamentos estão durando cada vez menos, com uma média de 15 anos. Em 2011, o tempo de união era de 17 anos. Mas o que faz um casamento durar de verdade? Essa é a resposta que a ciência procura desde 1970, segundo a Business Insider.

O início das pesquisas, nos Estados Unidos, se iniciou por conta do grande índice de separação entre casais norte-americanos naquela época. Isso levou com que psicólogos começassem a estudar sobre os divórcios.

John Gottman, um dos pesquisadores, realizou estudos durante 40 anos. Em 1986, ele montou um consultório chamado Love Lab, junto com seu colega Robert Levenson, da Universidade de Washigton. No espaço os recém-casados passavam por um monitoramento feito com eletrodos, fornecendo dados fisiológicos. Através dessas informações, os médicos pediam que os casais conversassem sobre o relacionamento. Depois disso, eles eram separados em dois grupos, de acordo com os resultados apresentados no teste de cada um.

Os “Disasters” eram os casais que apresentavam um comportamento mais tranquilo durante o diálogo, mas com o corpo respondendo de outra forma: batimentos cardíacos elevados e muito suor provocado pelas glândulas sudoripas.

Já os “Masters” eram os parceiros que aparentavam tranquilidade, mas sem reações fisiologias.

Depois de muitos estudos, os pesquisadores chegaram a conclusão de que os “masters” viviam felizes no casamento, enquanto os “disasters” já haviam passado por um divórcio ou estavam em um casamento infeliz. As respostas fisiológicas mostravam que os “disasters” reagiam o diálogo com a mesma tensão quando estavam expostos a uma ameaça.

Mas o que faz com que o casamento dure?

Segundo as pesquisas, o desapreço é o fator principal para a separação de casais. Quem foca nos defeitos dos parceiros perdem 50% das coisas mais positivas, começando a reparar apenas no que há de negativo. Ignorar o parceiro também é algo muito prejudicial, principalmente na convivência. Isso pode levar o outro a se sentir desvalorizado, invisível.

Gentileza é a palavra certa para um relacionamento feliz. Quanto mais gentil, mais gentileza se gera, formando uma cadeia positiva entre as pessoas – incluindo o casamento. E como mostrar gentileza? Sendo generoso com o (a) parceiro (a). A capacidade de se compartilhar as coisas boas do cotidiano também é outro ponto positivo para que a união permaneça de forma saudável e feliz.