A África foi desde alguns anos o objeto da inveja de todas as potências ocidentais, considerada como uma encruzilhada multicultural, o que envolve certos países em desenvolvimentos, entre os quais o Marrocos se pretende destacar e desempenhar um papel importante .

 Quase um ano após o discurso de Abidjan, o Reino de Marrocos engaja uma diplomacia política e econômica que visa a consolidar e executar o roteiro estratégico de seu Soberano. Mas antes de tudo interroga-se sobre  os efeitos e os avanços?

 Uma  visão sabia

Um ano após o discurso de Abidjan, pronunciado em fevereiro 2014 por Sua Majestade o Rei Mohammed VI na capital econômica da Costa do Marfim, o processo de cooperação Sul-Sul à marroquinidade parece estar bem encaminhado. O Reino é, de fato, o segundo maior investidor africano no continente. Ele multiplica seus projetos de parcerias com muitos países africanos.

A recente visita do Presidente Costa do Marfim, Alassane Ouattara resultou na assinatura de 16 novos acordos,  o que prova  a rigor nas relações entre Marrocos e os países africanos. Confirmando a solidariedade exemplar do Reino com os países, sobretudo aqueles afetados pelo vírus Ebola, mostrando a sua eficácia em dar assistência a nível africano, sem sequer até então fazer parte da União Africana.

 No entanto, esta proximidade reflete uma visão positiva do rei ao envolver outros  países da África Ocidental, Costa do Marfim, Gabão ou Senegal. Além de tudo isso, a presença do Reino em África tem sido considerada muito limitado. Ele não conta com representações diplomáticas em Zâmbia, Tanzânia, Botswana, Namíbia, Malawi ou Moçambique, o que dificulta o processo da sua integração na África do Leste. A situação, sendo a mesma na África Austral, onde as relações difíceis, com Angola, país considerado importante e produtor do petróleo na região, dependem tanto quanto da questão da integridade territorial.

Como aprofundar as Relações

O fato que a ação diplomática de Marrocos em África esteja no momento concertrada sobre certos países africanos, o que se entende num quadro estratégico da liderança. Tal contexto lembra ainda as antigas relações históricas sobre os quais o Marrocos se basea, a exemplo do Senegal, cujas relações culturais, papel da língua e influência do francês, conjugados em prol dos interesses políticos e econômicos a não negligenciar.

Mesmo se alguns países do continente apresentam certas posições diplomáticas incompatíveis com as de Marrocos, a história e os laços tornam-no um  hub na África, apesar dos problemas de pobreza,  desvio da educação e os obstáculo do progresso para o continente africáno.

 Os países do leste africano, destacados segundo o Banco Mundial, constituem a este respeito o alvo de aproximação. Tais países emergentes da África, agrupados no COFACE – o exemplo da Quênia, da Tanzânia, da Zâmbia –cujos objetivos consolidar suas infraestruturas e aprofunar as relações de parceria no sentido ganha-ganha.

Do mesmo modo, os Estados Unidos procuram novas relações de parceria estratégica e comercial com estes países, a Zâmbia e a Tanzânia refletem a importância desta região. No mesmo espírito de ideias, o Marrocos engaja seu esforço para aproximar os países como Angola, uma equação difícil a consolidar sem um quadro propício de relações estratégicas, políticas, culturais e comerciais.

 As pistas de solução

Claramente, a estratégia de Marrocos é fazer parte dos grupos e fortalecer a cooperação africana de Este e Oriental. Duas regiões de equilíbrio e de pesos pesados ​​para o continente, onde Marrocos se engaja para ocupar um lugar estratégico e de liderança.

Para Marrocos, a questão é de instaurar a confiança com vista as pistas de soluções, o primerio desafio é de aberir embaixadas em muitos países da África de Este,  fortalecer a cooperação educacional e implementar o processo de livre comércio, o que podia reforçar as parcerias e a integração econômica e social.

Por um lado, parece evidente que a ação de Marrocos não pode ser exposta sem a informação e o conhecimento. E  por outro lado a estratégia diplomática sabia do sobernao constitui um indicador da estabelidade e da segurança para o continente.

Também a visão de Marrocos é de estumular a cooperação sul-sul no sentido de encontrar eixos estratégicos comuns, capazes de fundar aliceres de progresso econômico e social. Citqndo as zonas, cuja língua não é compartilhada - os países dessas regiões falam Inglês, Espanhol ou Prtuguês – e ou a religião não é comum –católicos versus protestantes – tudo isso constitui um desafio para Marrocos, preocupado com as relações históricas as vezes manuplados pelos ocidentais e colonos, uma vez que a pesquisa científica e cultural esclarece os fatos do ponto de vista das diferenças raciais entre os países.

No caso de certos países, é certo que a cooperação militar e logística na luta contra o terrorismo e a segregação racial é complicado, porque ameaça o continente e as minorias, uma vez que se deve enfrentá-lo e erradicá-lo, através de uma abordagem científica e cultural.

 O Marrocos já demonstrou o seu saber-fazer  neste domínio ao colaborar com os países ocidentais. O exemplo do desenvolvimento da agricultura, no quadro do programa agroalimentar, o qual é considerando como um eixo estratégico regional, e que impede muitos países africanos para avançar, cujo Marrocos ator ativo que compartilha sua experiência. O exemplo no campo da construção civil, fator importante, empregador de mão de obra africana.

 Fora disso, um outro indicador menos importante que explica o surgimento de uma  nova classe média, exiginte que investe no desenvelvimento socio-econômico do continente.

Por fim, é certo que Marrocos participa no desenvolvimento da África, através de empresas, engajando nova enerigia de quadros que investem no continente africano. Isso necessita também estudos e trabalho caso a caso, bem como uma colaboração efetiva que leve em conta as realidades de cada país, seus objetivos, suas características e suas estratégicos de curto e longo prazo.

 Lahcen EL MOUTAQI/ Professor universitário -Rabat-Marrocos