ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NA PUERICULTURA NO PACS

Jeane Rego Barbosa¹
Mauricio Teixeira Rocha de Oliveira²
Vânia de Souza da Cunha³


RESUMO
Este trabalho apresenta o atendimento de enfermagem na Puericultura desenvolvida em unidades básicas de saúde, especificamente, Programas de Agentes Comunitários de Saúde- PACS. Mostra como a assistência de Enfermagem nesse Programa se faz na maior parte do tempo por meio da promoção da saúde através do conhecimento, sendo a informação e a orientação os principais instrumentos de trabalho, enfatizando a importância da prevenção na manutenção da saúde, e como o SUS?Sistema Único de Saúde-, mediado pelo PACS possibilita tais ações.

Palavras-chave: Puericultura, PACS, Enfermagem, Assistência.














INTRODUÇÃO

Os serviços de atendimento à saúde do PACS são estruturados e fundamentados de modo a atender dois objetivos principais:
1) Orientar a mãe e a criança, esta sempre que possível, através do conhecimento das causas e conseqüências de hábitos de saúde inadequados, bem como as doenças mais freqüentes do puerpério e da infância, visando dessa forma melhorar o bem-estar físico, emocional e social das mesmas;
2) Possibilitar o acesso de toda a comunidade atendida pelo Programa, fazendo valer os princípios do Sistema Único de Saúde: - SUS: Universalidade, Integralidade, Descentralização, Resolutividade, Hierarquização e Equidade.
A Puericultura promove o acompanhamento do processo de desenvolvimento da criança e orientação para a mãe iniciado no puerpério. É de fundamental importância, já que através dela é que surgem condições de detectar precocemente distúrbios de nutrição, do crescimento estatural, e do desenvolvimento psíquico e motor.
De acordo com Daneluzzi (2005), para que essa assistência seja desenvolvida em sua plenitude, o Enfermeiro deve conhecer e compreender a criança em seu ambiente familiar e social, além de suas relações e interação com o contexto socioeconômico, histórico, político e cultural em que está inserida. Isto se torna fundamental, pois estas ações, além de serem dirigidas à criança, refletem-se sobre o seu meio familiar, a começar pela mãe, já que sem o envolvimento desta as ações não teriam sucesso.
Dentre os vários papéis desempenhados pelo Enfermeiro neste processo destacam-se o de orientador e educador para a saúde, cujo trabalho se direciona à mãe e à família.


Desenvolvimento

Durante consulta de Enfermagem no Puerpério, a criança é encaminhada para imunização. No PACS existe uma supervisão e administração da vacinação básica contra as doenças comuns da infância, como a poliomielite, o rotavírus, o tétano, a difteria, a coqueluche, as hepatites A e B, a varicela, entre outras.
Nesse contexto, o Enfermeiro também se destaca na identificação de possíveis distúrbios, que é essencial para um encaminhamento correto caso haja aguma alteração ou intercorrência, uma vez que, quanto mais cedo se iniciarem as medidas adequadas, melhor será a qualidade de vida tanto da mãe quanto da criança atentida pelo PACS. Várias doenças graves que se apresentam com poucos sintomas e são preocupantes para os pais podem ser detectadas e tratadas na Puericultura, antes que cheguem a causar prejuízos irreversíveis, tais como as verminoses, anemia ferropriva, raquitismo, deficiências vitamínicas, erros nutricionais e inúmeras outras doenças próprias da infância, além da percepção de hábitos prejudiciais que alteram a condições de saúde durante esse período.


Conclusão

O Enfermeiro, enquanto puericultor, por meio de revisões periódicas, desempenha suas ações através de uma abordagem holística, relacionando-as com todo o processo que envolve criança-família. O puericultor deve oferecer esse apoio constante, auxiliando na prevenção de possíveis prejuízos sociais e emocionais das doenças sobre a criança e seus familiares.
Desta forma, nota-se como uma orientação especializada do Enfermeiro para a familia, pode sanar problemas que poderiam ter consequencias imensuráveis para a saúde pública.
Esse trabalho do Enfermeiro tem ganhado notoriedade e importância, possibilitando uma melhoria no bem estar físico e social das famílias e comunidades assistidas, diminuindo assim, a necessidade de ações interventivas individuais e refletindo consideravelmente na diminuição da morbimortalidade materno infantil.

Referencias

ILVA, Janize C. ; Manual obstetrico um guia pratico para enfermagem, 2 ediçao.sao paulo. corpus, 2007.