No mundo árabe observa-se um auto esforço do escritor para apresentar suas obras, com quase ausência das instituições culturais, sem generalizar, mas como se ouve de muitos autores de vários países árabes tendo em conta a mesma reclamação e queixa que pode ser que a maioria de nós já ouviu nas declarações ou nas palavras de muitos escritores em suas conversas jornalísticas, levantando um certo dilema.

 Quando alguém deles fala sobre a separação entre as instituições culturais e a produção, não esconde, nem ignora o papel e as conquistas. E de fato o escritor continua só lutando em várias frentes para o desejo de publicação de um livro, ele torna-se objeto da  premeditação e armadilha nas mãos dos editores e das casas de edições que estabelecem contratos de forma conveniente sem prestar atenção aos interesses do escritor ou do criador, e a maioria de nós sabe que a casa da edição se compromete a oferecer alguns livros gratuitamente para o escritor, as  vezes vinte cópias na melhor das hipóteses um pouco mais e o contrato de uma duração de cinco anos, sem falar do percentual que vai ao autor das vendas de livros e também sem falar do grau de credibilidade e precisão na contabilidade – isso se a casa se comprometeu em apresentar um extrato anual da conta realmente para autor – mas isso é uma outra inquietação, além  do escritor ter um contato que menciona umas copias limitadas do seu livro, enquanto alguns deles compram o livro para oferecer  as bibliotecas públicas ou bibliotecas escolares ou ainda para enviá-lo para as instituições públicas.

 Assim surge uma interrogação sobre o papel das instituições e organismos culturais, no estabelecimento de leis e regulamentos que regem a relação entre a publicação e autor, identificando às partes que fornecem os aconselhamento e orientações, notadamente para os escritores que seguem esse caminho pela primeira vez.

 Alguns dizem que estas casas de edição sofrem com vários problemas e precisam de apoio, mas a interrogação  é se o sofrimento das casas de edição é realmente preocupante a tamanho da neblina, da  melancolia, de tropeças e de perdas; na realidade a principal questão é como ela pode continuar a trabalhar, enquanto se  assiste a cada dia o aparecimento de novas editoras, não só  no nível de um país sem o outro, mas em todas as partes do mundo árabe.

 O resultado disso o afastamento das instituições culturais de seus papeis principais que é o suporte do produto literário - autor ou editor – o que causa algo de errado na evolução dessa estrutura. E necessário então que essas instituições estejam ao lado da produção, com um ambicioso programa do desenvolvimento das missões em permanência do lado da produção..

 Lahcen EL MOUTAQI

Pesquisador universitário – Rabat-Marrocos

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