Jane Elizabeth Ribeiro Costa[2]

RESUMO

No presente artigo, aborda-se a relevante contribuição da psicomotricidade como meio de prevenção da dificuldade de aprendizagem nas crianças com síndrome de Down. Apresenta-se um breve histórico sobre a psicomotricidade, dando enfoque que se trata de uma ciência na definição da Sociedade Brasileira de Psicomotricidade, tendo como objeto de estudo o homem e suas relações com o corpo e a função de atuação clínica e institucional. Precede-se a um resgate dos antecedentes históricos sobre a síndrome de Down e seus aspectos genéticos, sua respectiva evolução a partir do médico Dr. John Langdon Down que descreveu o diagnóstico da condição genética dessa mutação, suas características e problemas de saúde causados pela síndrome. Destaca-se a psicomotricidade como suporte da aprendizagem escolar, tendo como base as situações reais de vivências dos elementos psicomotores que constituem as estruturas e organizações da unidade básica do movimento. Ressalta-se a aplicação da psicomotricidade no desenvolvimento das potencialidades de crianças com síndrome de Down, na dimensão da estimulação precoce que são necessárias a aquisição e evolução das funções cognitivas e motoras. Recomenda-se um referencial para a escola que se propõe a desenvolver aprendizagem de crianças com síndrome de Down, com atividades recreativas que auxiliam tanto na fase sensorial, quanto no pré-operatório, garantindo o desenvolvimento da coordenação motora global.

Palavras-Chave: Psicomotricidade. Processo de aprendizagem escolar. Síndrome de Down.

1 INTRODUÇÃO

A problemática da educação inclusiva, pode-se dizer que advém de vários fatores que se situam mais intensamente no âmbito educacional, devido a falta de disposição de estratégias para implementar um trabalho educativo de atendimento diferenciado, voltado a intervenção e estimulação precoce em todas as crianças com deficiências, e em especial, as crianças com síndrome de Down.

Nessa perspectiva, apresenta-se neste artigo a possibilidade para que a criança com síndrome de Down, num ambiente escolar possa ser estimulada durante todo o seu processo evolutivo, oferecendo apoios especiais para o desenvolvimento intelectual, com atuação específica na parte motora e cognitiva.

Nessa direção, o trabalho de atendimento pedagógico deve ser exercido com base nos fundamentos da psicomotricidade, que atua nas condições de desenvolver o potencial motor, utilizando o movimento para atingir aquisições mais elaboradas de aprendizagem, ou seja, ajuda amenizar as dificuldades psicomotoras que as crianças com síndrome de Down apresentam.

Nesse sentido, esse trabalho da educação psicomotora deve ser por meio de atividades recreativas, buscando prever a formação da base indispensável ao desenvolvimento motor, psicológico e afetivo da criança, sendo de suma importância na prevenção de problemas da aprendizagem e na reeducação do tônus, da postura, da direcionalidade, da lateralidade e do ritmo, levando em consideração a sua idade e seus interesses. Dessa forma, entende-se o quanto são essenciais às atividades psicomotoras para colaborar na evolução do processo de aprendizagem das crianças com síndrome de Down.

Assim, considerando que essa intervenção psicomotora proporciona a criança algumas das capacidades básicas do desempenho escolar, pretende-se neste artigo abordar um breve histórico da psicomotricidade que deve ser entendida em sua integridade como uma ciência que compreende o corpo nos aspectos neurofisiológicos, anatômicos e locomotores, coordenando-se e sincronizando-se no espaço e no tempo do desenvolvimento global do indivíduo em todas as suas fases e, principalmente, por estar articulada com a Neurologia, Psicologia e Pedagogia.

Também, resgata-se os antecedentes históricos sobre a síndrome de Down e seus aspectos genéticos, mostrando que em 1866 o médico britânico Dr. John Langdon Down descreveu um diagnóstico da condição genética dessa mutação e explica como ocorre esse acidente genético, a definição de suas características e os problemas de saúde causados pela síndrome.

Ainda, ressalta-se a psicomotricidade como suporte da aprendizagem escolar, enfatizando que diante da dificuldade de aprendizagem que a criança com síndrome de Down apresenta, verifica-se a importância da necessidade de potencializar de fato seu desenvolvimento cognitivo e motor, respeitando suas limitações e explorando suas habilidades no âmbito escolar.

Assim busca-se, a aplicação da psicomotricidade no desenvolvimento das potencialidades de crianças com síndrome de Down, para despertar o interesse pela exploração de movimentos corporais e o desenvolvimento das habilidades necessárias de aquisição e evolução das funções cognitivas e motoras, que se realiza através de influências ambientais e relacionais.

Por fim, um referencial para a escola que se propõe a desenvolver aprendizagem de crianças com síndrome de Down, baseado nos fatores psicomotores e nas atividades a serem trabalhadas visando à atividade tônica, atividade psicofuncional e atividade de relação que constitui a educação psicomotora unindo-se aos programas curriculares da escola que tenha por finalidade o ensino-aprendizagem de crianças com necessidades educativas especiais.

2 BREVE HISTÓRICO SOBRE A PSICOMOTRICIDADE

O termo psicomotricidade emergiu com os trabalhos de Dupré por volta de 1905, teve como ponto de partida uma elaborada reflexão sobre o movimento corporal, no qual definiu de forma rigorosa a debilidade motora, a instabilidade, e perturbações emocionais. A psicomotricidade está ligada especificamente, ao campo da Neurologia, que estuda os distúrbios e patologias do sistema nervoso central (cérebro, medula espinhal e alguns nervos da visão) e periférico (ramificações de nervos que se espalham por todo corpo humano). Sendo um eixoessencialmente neurológico, o propósito é definir a realidade do fenômeno da consciência de si, que se manifesta, sobretudo, como consciência da imagem do seu corpo, isto é, esquema corporal na abordagem fisiológica e psicanalítica.

Sendo assim, a psicomotricidade é uma ciência que compreende o corpo nos aspectos neurofisiológicos, anatômicos e locomotores, coordenando-se e sincronizando-se no espaço e no tempo do desenvolvimento global do indivíduo em todas as suas fases e, principalmente, por estar articulada com a Neurologia, Psicologia e Pedagogia.

Por isso, a psicomotricidade se preocupa com o homem na relação do corpo com a mente, através da ação psicomotora como meio de tomada de consciência das possibilidades motoras de agir e de expressar-se em relação ao seu mundo interno e externo, como assim, se baseia Almeida (2007, p.17) na definição da Sociedade Brasileira de Psicomotricidade:

È a ciência que tem como objeto de estudo o homem por meio do seu corpo em movimento e em relação ao seu mundo interno e externo, bem como suas possibilidades de perceber, atuar, agir com o outro, com os objetos e consigo mesmo. Está relacionada ao processo de maturação, onde o corpo é a origem das aquisições cognitivas, afetivas e orgânicas.

Portanto, essa definição determina a função da psicomotricidade de atuação clínica e institucionalque compreende três campos de atuação psicomotoras: reeducação, terapia e educação.

A reeducação visa um atendimento individual de crianças, adolescentes ou adultos que apresentam sintomas psicomotores, proveniente das conseqüências de distúrbios mentais, orgânicos, psiquiátricos, neurológicos, relacionais e afetivos.

A terapia psicomotora também está direcionada ao atendimento individual de crianças, adolescentes ou adultos que apresentam diferentes patologias.

A educação psicomotora está direcionada em atuar no âmbito escolar, visando o desenvolvimento global do indivíduo por meio dos movimentos, auxiliando na prevenção de distúrbios de aprendizagem, exercitando a estimulação precoce e proporcionando as vivências corporais, desafiando zonas de desenvolvimento do esquema corporal.

Nessa dimensão, a psicomotricidade atua constituindo a base de sustentação do corpo como origem da aquisição cognitiva, afetiva, orgânica ou movimento, intelecto e afeto.

Essas relações unem o tono com o ato motor, tecendo as emoções ligadas ao comportamento tônico de atitudes e reações musculares e viscerais que caracterizam uma interação entre as diversas ações motoras e psíquicas, como assim defini Lês Origines du caractere chez I' enfant apud Coste (1981, p. 16):

Essencialmente função de expressão, função plástica, as emoções constituem uma formação de origem postural, e têm por base material o tono muscular. A sua diversidade está vinculada à hipertensão ou à hipotensão do tono, ao seu livre escoamento em gestos e em ações ou à sua acumulação sem saída e à sua utilização in loco mediante os espasmos.

Dessa forma, a função motora compreende o tônus muscular, o movimento e o estado de tensão ou distensão das vísceras, sob todas as suas formas, inclusive no relaxamento como explica Alves (2007, p. 37), "O tônus muscular é uma tensão dos músculos pela qual as posições relativas das diversas partes do corpo são corretamente mantidas e que se opõe às modificações passivas destas posições". Assim, a verificação do estado do tônus muscular, é feita através da resistência de um músculo à mobilização passiva de um segmento do corpo, quando é grande a resistência chama-se hipertonia, com pequena resistência é hipotonia e resistência normal dá-se o nome de tônus normal.

Nessa perspectiva, a função tônica constitui um conceito de base da psicomotricidade, sendo parte fundamental da abordagem psicomotora do ser humano, em virtude dos diversos aspectos que abrange o tono segundo a visão de Coste (1981, p. 24).

Fenômeno nervoso muito complexo, é a trama de todos os movimentos, sem desaparecer na inação; Ele investe-se em todos os níveis da personalidade psicomotora e participa de todas as funções motrizes (equilíbrio, coordenação, dissociação etc.). É, sobretudo, o veículo da expressão de emoções; Além disso, é o suporte essencial da comunicação "infraverbal", da "linguagem corporal"; Outrossim, é um critério de definição da personalidade, pois que varia segundo a inibição, a instabilidade e a extroversão que a caracterizem.

Mediante esses aspectos abrangentes do tono, em que está intrinsecamente relacionado ao fenômeno nervoso, a tensão dos músculos reage de natureza nervosa pela: contração tônica; reflexo miotático; laço gama e as influências centrais. Mas, os aspectos específicos que interessam aos especialistas em psicomotricidade no processo de reeducação são como ressalta Coste (1981, p. 27): "O tono, trama do movimento – O movimento humano, sob todas as suas formas, inclusive a de sua ausência (relaxamento), elabora-se sobre um fundo tônico que é, simultaneamente, o seu substrato e a sua matéria". Para tanto, é preciso que o processo de maturação esteja concluído no tocante ao desenvolvimento psicomotor, caso ainda não esteja nesse estágio, às características refinam-se em cada uma das atitudes de postura e repouso.

Assim, Coste (1981, p.28) especifica esses diferentes aspectos de modo particular em dois exemplos: o tono e o repouso, o sono – o tono nas manifestações emocionais e dá uma explicação desses dois exemplos:

a)O tono e o repouso; o relaxamento – O sono e o repouso em geral não são simplesmente paralisações da atividade, pois na distensão mais profunda a inatividade muscular é apenas relativa e muito variável. Parece haver apenas um exemplo de total relaxamento muscular mas que é passageiro – aquele que acompanha um início rápido e profundo do sono. b) O tono na expressão de emoções – As manifestações emocionais que implicam a problemática da emoção pertencem a uma ordem de preocupações muito antigas da psicologia clássica.

Sendo assim, percebe-se a estreita e necessária ligação entre o comportamento tônico e a emoção em toda a atividade tônica do domínio corporal, porque o tono é parte integrante de todos os comportamentos comunicativos do indivíduo. Diante desses conceitos, a psicomotricidade empenha-se em atuar de forma efetiva na reeducação psicomotora na linha de terapia, auxiliando a parte motriz, a mente e a afetividade, facilitando o desenvolvimento global do aspecto comunicativo da relação do homem com seu corpo, o que equivale a dar ao indivíduo a possibilidade do domínio corporal e o gasto de energias do seu corpo, e pensar em seus gestos a fim de engrandecer a eficácia e a estética do completo aperfeiçoamento do seu equilíbrio motor e emocional.

3 ANTECEDENTES HISTÓRICOS SOBRE A SÍNDROME DE DOWN E SEUS ASPECTOS GENÉTICOS

A historicidade da espécie humana aponta dados de existência da Síndrome de Down datados entre 1500 AC até 300 DC, através de estudos arqueológicos com fosséis encontrados na tribo dos Olmecas, na região conhecida como Golfo do México, cuja literatura demonstra características que se diferenciavam do tipo comum do ser humano pelos seus traços, que de acordo com Schwartzman apud Saad (2003, p. 41), "As características dos materiais encontrados – gravações, esculturas, etc. – apresentam elementos que levam a supor que sejam de pessoas com síndrome de Down, pois seus traços diferiam bastante do tipo comum". Diante desse fenômeno cromossômico ainda desconhecido, acentuavam-se as especulações em torno de equiparar essas pessoas, aos seres primitivos da história da humanidade tidos como inferiores e socioculturalmente menos desenvolvidos.

Com isso, durante muitos anos, essas pessoas foram tratadas com rejeição, abandono e imolação, classificados como monstros, imbecis, idiotas, mongolóides, cretinos e outras denominações de jocosidade, porque eram vistos como uma condição inferior humana nos aspectos de sinais físicos e aparência de deficientes mentais. Com a influência do pensamento evolucionista (século XVIII), essa concepção de deficiência passou a ser defendida como uma necessidade de tratamento e abordagem científica para a descoberta dessa síndrome.

Em 1866, o médico britânico Dr. John Langdon Down descreveu o diagnóstico da condição genética dessa mutação, e, portanto, foi homenageado recebendo o nome de síndrome de Down. Assim, após o reconhecimento desse diagnóstico do Dr. Down, surgiram várias contribuições para desmistificar o preconceito e exclusão que tinham a respeito das pessoas que nasciam com essa síndrome, nas quais distinguiram a idiotia mongolóide (semelhança do fenótipo aos povos da Mongólia) da idiotia cretinóide, que segundo Saad (2003, p. 39), "Essa práticas eram condizentes com os ideais clássicos de cultivo e perfeição corporais como base política da cultura e da sociedade grega clássica". Portanto, eram pessoas diferentes dos padrões postulados pela sociedade clássica.

A síndrome de Down é também chamada de Trissomia 21, uma ocorrência genética no cromossomo extra no par 21, seja inteiro ou parcial, somando 47 cromossomos, ao contrário do número usual de 46, e, ocorre em torno de um em cada mil nascimentos, tanto em meninos quanto em meninas, independente de etnia ou origem, e classes sociais.

Essa ocorrência de acidente cromossômica se define pelos aspectos genéticos da síndrome de Down, que acontece na divisão de células e cromossomos na qual determina à conseqüência da fecundação, conforme a explicação de Brunoni apud Saad (2003, p. 37), "Quando a célula se divide, os cromossomos também se dividem e devem separar-se para que o númeropermaneça constante nas células filhas".Assim,é produzido os componentes do par cromossômico, que vão determinar a conseqüência do excesso e da falta de cromossomo de uma das células filhas, como ressalta, Brunoni apud Saad, (2003, p. 37), "Quando dois componentes do par cromossômico não se separam, temos como conseqüênciao excesso de cromossomos para uma das células filhas e a falta para a outra".Então,essa disfunção torna-se inviável a normalidade da fecundação.

Ainda, existem três tipos de anormalidades cromossômicas na síndrome de Down a trissomia simples, por translocação e o mosaicismo. A trissomia simples é a mais comum entre os indivíduos com síndrome de Down, sendo responsável por acréscimo de 1 cromossomo extra no par 21, na translocação o cromossomo fica sobreposto a outro, sendo considerado como o segundo dos casos e o terceiro e ultimo chamado mosaicismo, esse é menos freqüente, sendo responsável por 1% dos casos e acontece nas primeiras divisões celulares, ficando a criança com células com 47 cromossomos e outras com 46. A maioria das alterações orgânicas acontece durante o desenvolvimento do feto, sendo seu diagnóstico feito durante a gravidez possibilitando uma intervenção precoce e um melhor ajustamento familiar.

Entretanto, esse fato surge carregado de problemas próprio da síndrome de Down, que são problemas cerebrais, de desenvolvimento físico, fisiológico e saúde, como também, apresentam muitas características comuns nas crianças às quais, fazem com que elas se pareçam. Estas características são fortemente aparentes na identificação da síndrome na parte física: cabeça, nariz, olhos, orelhas, boca, língua, dentes, pescoço, mãos, dedos, pés, cabelo e pele.

Diante dessas características físicas, ainda a síndrome de Down apresenta problemas de saúde como, por exemplo: problemas cardiológicos congênitos; problemas auditivos; anormalidade do aparelho digestivo; problemas oculares; pele seca; obesidade; hipotiroidismo; ligamento frouxo, principalmente, no joelho e no pescoço; memória de curto e longo prazo e problemas imunológicos.

Contudo, a síndrome causa na criança limitações do ponto de vista social e educacional, mas dependendo do potencial genético e da estimulação recebida do meio, a criança pode desenvolver suas potencialidades e habilidades, sem serem estereotipadas, como crianças incapazes ou mesmo inferiores.

Sendo assim, a condição de inferioridade atribuída a essas crianças, foi substituída por a uma nova concepção de valorização de vida com qualidade, dignidade e respeito, sendo incluídas na escola, em todos os segmentos de trabalho e convivência na sociedade, onde a segregação e a discriminação são preconceitos ultrapassados no processo de desenvolvimento dessas crianças.

4 PSICOMOTRICIDADE COMO SUPORTE DA APRENDIZAGEM ESCOLAR

O processo de desenvolvimento humano está ligado ao corpo em movimento e a mente. O movimento é a parte mais ampla e significativa do comportamento humano, é comandado através de três fatores básicos: os músculos, a emoção e os nervos, que formam um sistema de sinalizações que permite atuar de forma coordenada e sincronizada. A mente transmite sinais aos músculos através de mecanismos cerebrais, que ordenam para o controle da contínua atividade de movimento e específica finalidade da capacidade de equilíbrio e segurança as posições estáticas, que constituem as estruturas psicomotoras da unidade básica do movimento.

Aos poucos, esse corpo em movimento forma um organismo bem estruturado, expressando desejo, prazer, emoções e, posteriormente, a linguagem. Esse processo reproduz situações reais de vivência dos elementos psicomotores que se transformam em significado da representação corporal, isto é, quando inexiste deficiências orgânicas que podem condicionar ou dificultar esse processo. Dessa forma, o organismo constitui a infraestrutura neurofisiológica de todas as coordenações do desenvolvimento psicomotor e cognitivo do indivíduo.

Nesse sentido, a linguagem humana é também manifestada pelas expressões corporais, onde a participação do corpo no processo de aprendizagem se dá pela função das relações e correlações entre a ação e a sua representação como destaca Alves (2007, p. 127), "A Estrutura da Educação Psicomotora é a base fundamental para o processo intelectivo e de aprendizagem da criança". Assim, quando uma criança apresenta dificuldade de aprendizagem, o problema pode está no nível das bases de desenvolvimento psicomotor.

Nesse contexto, a criança com síndrome de Down possui dificuldade de aprendizagem, que na grande maioria dos casos são generalizadas e afetam as capacidades da área de linguagem, autonomia, motricidade e integração social, as quais podem manifestar-se em grau leve, moderado ou grave. Diante dessa dificuldade de aprendizagem, verifica-se a importância da necessidade de potencializar de fato seu desenvolvimento cognitivo e motor, respeitando suas limitações e explorando suas habilidades no âmbito escolar.

Sendo assim, o atendimento precoce de estimulação é essencial para ser utilizado com todas as crianças, e, principalmente, com maior intensidade nos casos de síndrome de Down, por apresentarem déficit na aprendizagem em função da conduta cognitiva que se processa de forma mais lenta, em relação à memória de curto e longo prazo, falta de atenção e iniciativa, processamento da informação, correlação e análise, dificuldade de memorização e outros aspectos inerentes à síndrome que conspiram contra o favorável desenvolvimento cognitivo da criança Down, conforme Horstmeier (apud PUESCHEL, 2005, p. 240) explica:

Maior freqüência de perda auditiva; problemas com os movimentos motores de língua e boca, com o controle do uso da cavidade nasal e com o controle da respiração; problemas com o encadeamento de sons e palavras; menores expectativas de comunicação, devido ao fato de que sua aparência física é muitas vezes associada à deficiência mental.

Entretanto, não se pode desanimar diante desse quadro, é necessária à intervenção precoce tanto dos pais, quanto dos professores e psicomotricista dando enfoque abrangente nas relações de afinidade compartilhada de afeto, alegria e divertimento, criando condições para a criança desenvolver capacidades básicas de potencial motor e cognitivo sobre uma base de experiências, atividades e conceitos do seu mundo ao redor.

A educação psicomotora nas escolas visa desenvolver frente a aprendizagem, práticas de caráter preventivo e educativo que garante o desenvolvimento integral da criança nas várias etapas de crescimento, e assim, segundo Alves (2007, p. 133), "Ajuda a criança a adquirir o estágio de perfeição motora até o final da infância (07 a 11anos), nos seus aspectos neurológicos de maturação, nos planos rítmico e espacial, no plano da palavra e no plano corporal" e com isso, a criança descobre o mundo e se autodescobre.

Esse processo da aquisição de aprendizagem na criança com síndrome de Down, depende muito da escola e dos profissionais que se propõem a motivar a criança com atos de ensino diferenciado, buscando utilizar desafios com estratégias e treinamentos adequados às condições de cada criança Down.

Assim, é conveniente que a escola realize adaptações curriculares, estruturação do ambiente físico e professores especializados, que possam favorecer uma aprendizagem significativa de integração com a psicomotricidade, que de acordo com Alves (2007, p.137):

A psicomotricidade serve como ferramenta para todas as áreas de estudo voltadas para a organização afetiva, motora, social e intelectual do indivíduo acreditando que homem é um ser ativo capaz de se conhecer cada vez mais e de se adaptar às diferentes situações e ambientes.

Nessa visão, é preciso que haja intercâmbio entre professor X aluno X aprendizagem, no sentido de estabelecer uma relação de estreito paralelismo entre o desenvolvimento das funções psíquicas, do comportamento social e intelectual do homem, como também, reconhecer a função valiosa do trabalho da psicomotricidade que atua em conjunto com as diferentes situações ou sensações e estímulos da educação pelo movimento, o que se compreende com uma peça mestra da área pedagógica.

Assim, descortinar a motricidade no processo de aprendizagem, possibilita evidenciar as mudanças qualitativas do desenvolvimento global da criança Down, o que em termos gerais percebe-se um alto rendimento quanto à questão de formação de base da estrutura do esquema corporal no campo psíquico e do domínio, da instabilidade e do equilíbrio motor, sob a intervenção educacional em todos os parâmetros do desenvolvimento: inteligência, comunicação, afetividade e sociabilidade, o que constitui a evolução das capacidades psicoeducacionais.

5 A APLICAÇÃO DA PSICOMOTRICIDADE NO DESENVOLVIMENTO DAS POTENCIALIDADES DE CRIANÇAS COM SÍNDROME DE DOWN

A criança com síndrome de Down deve ser estimulada desde o nascimento, como todas as outras crianças, para desenvolver o interesse e habilidades necessárias de aquisição e evolução das funções cognitivas e motoras. O desenvolvimento psicomotor está relacionado à motricidade que se realiza através da evolução de influências ambientais e, especialmente relacionais.

Essas funções são responsáveis pela ação corporal que se manifesta pelo ato de impulsionar, mover e por em movimento o corpo nas diversas atividades de estimulação de acordo com os estágios de desenvolvimento ou dificuldade motora da criança, bem como, o conhecimento da essência etimológica da palavra motricidade e psicomotor, e os seus conceitos que encontra-se implícito na visão de Gomes (apud OLIVEIRA, 2005, p.131):

A motricidade (do latim motus) deve ser entendida, do ponto de vista fisiológico, como a propriedade que certos neurônios possuem de determinar a contração muscular quando excitados, os quais seriam responsáveis pela ação motora. Psicomotor (do grego psykhé=alma) é um centro nervoso, região do córtex cerebral, que entra em ação quando recebe a influência de uma excitação cerebral psíquica. Á interação entre as diversas ações motoras e psíquicas damos o nome de psicomotricidade.

Sendo assim, o desenvolvimento psicomotor ocorre na criança a partir das manifestações do meio que o cerca, sob forma de estímulos, quebrando o equilíbrio da organização das condições anátomo-fisiológica e provocando a reação reflexa. O reflexo constitui-se em uma modalidade assimiladora quando se põe em funcionamento e se caracteriza pelas conquistas da organização da estrutura motora, tônus de fundo, propriocepção e desaparecimento das reações primárias.

Dessa forma, o desenvolvimento motor está ligado aos aspectos funcionais e relacionais dentro de um potencial ativo existente em cada ser humano. Esse potencial se manifesta à medida que vai ampliando suas percepções e controle de seu corpo, através das interiorizações de sensações e possibilidades da ação.

Nesse sentido, a psicomotricidade atua no desenvolvimento motor humano sobre o esquema corporal, possibilitando a formação e estruturação da representação global, científica e diferenciada de cada pessoa em ralação ao seu corpo, dividindo-se em três etapas: corpo vivido; corpo percebido ou descoberto; corpo representado. Nessas etapas, aparece a noção da imagem corporal, que se refere aos sentimentos do indivíduo em relação à estrutura de seu corpo, como a bilateralidade, lateralidade, dinâmica e equilíbrio corporal. A coordenação geral e facial, constitui o desenvolvimento de todas as capacidades perceptivas, sendo essencial para a evolução das potencialidades da criança na aprendizagem cognitiva, psicomotora e afetiva.

Assim, a coordenação geral é a tomada de consciência do corpo para a execução e o controle de movimentos a serem corretamente coordenado e estruturado com plena dissociação de movimentos, quer seja simultâneo, simétrico ou de coordenação assimétrica, o que implica certo grau de maturação neuromotora, considerando a evolução fisiológica de cada indivíduo, que segundo Alves (2007, p. 57), "A coordenação geral necessita de uma perfeita harmonia de jogos musculares em repouso e em movimento". Essa harmonia de jogos musculares refere-se à coordenação estática e coordenação dinâmica do controle e domínio de seu próprio corpo, como assim explica Alves (2007, p.57):

Coordenação estática, quando se realiza em repouso. É dada pelo equilíbrio entre a ação dos grupos musculares antagonistas, estabelece-se em função do tônus e permite a conservação voluntária das atitudes. Coordenação dinâmica, quando a coordenação se realiza em movimento, põe em ação simultâneos grupos musculares diferentes, tendo em vista a execução de movimentos voluntários mais ou menos complexos.

Para tanto, essa realização se estabelece numa relação entre uma imagem (Gnosia) e um conjunto de deslocamentos segmentares que se juntam para um determinado fim, ou seja, uma relação entre um plano de ação e a respectiva concretização (praxia).

Portanto, é necessário oferecer o máximo de experiência de movimentos coordenados à criança, considerando os tipos de coordenação motora: coordenação motora-fina diz respeito à habilidade e destreza manual da capacidade de controlar os pequenos músculos para exercícios refinados e constitui um aspecto particular da coordenação global; coordenação motora-ampla é existente entre os grandes grupamentos musculares; coordenação visomotora é a habilidade de coordenar a visão com movimentos do corpo; coordenação audiomotora é a capacidade de transformar em movimentos um comando sensibilizado pelo aparelho auditivo; coordenação facial é o modo de comunicação interpessoal mais importante, pois é o começo da expressão de estados abstratos e aparece nos primeiros momentos de vida humana, sendo considerada uma comunicação de movimentos primários pré-lingüística.

Ainda, no aspecto do desenvolvimento motor ligado ao esquema corporal, o equilíbrio é indispensável para que possa acontecer a coordenação entre os movimentos dos vários segmentos corporais, entre si e no todo, constitui a base de sustentação imprescindível para sua manutenção, conforme Alves (2007, p. 60) afirma: "Assim, não pode haver movimento sem atitude, também não pode haver coordenação de movimento sem um bom equilíbrio, permitindo o ajustamento do homem ao meio. É um dos sentidos mais nobres do corpo humano".

Outro aspecto essencial ao esquema corporal é a lateralidade, que na visão de Fonseca (2004, p. 172) define: "A lateralização como a capacidade de integração sensório-motora dos dois lados do corpo, transformando-se numa espécie de radar endopsíquico de relação e de orientação com e no mundo exterior". Em termos de motricidade, retrata uma competência operacional, que preside a todas as formas de orientação do indivíduo, compreendendo uma conscientização integrada da experiência sensorial e motora, bem como, um mecanismo de orientação intracorporal (proprioceptiva) e extracorporal (exteroceptiva).

Assim, a lateralidade constitui a base da estrutura espacial da relação com os objetos localizados no espaço, da posição relativa que ocupa o corpo, enfim, das múltiplas relações integradas da tonicidade, da equilibração, da lateralização, e da noção do corpo, o que confirma o princípio da hierarquização dos sistemas funcionais e da sua organização vertical que resume na concepção de Kephart (apud FONSECA, 1995, p. 204):

A criança localiza-se a si própria antes de se localizar no espaço ou de localizar objetos no espaço. Localiza os objetos em relação a si própria e, posteriormente, localiza cada objeto sem precisar referi-los corporalmente. Dá-se, consequentemente, uma projeção da lateralização e da noção de corpo no espaço, isto é, a lateralidade desenvolvida no interior do organismo projeta-se no exterior e transforma-se em direcionamento.

Também o desenvolvimento da estrutura temporal é importante, porque não se pode separar o tempo do espaço, no qual garante as experiências de localização dos acontecimentos passados e uma capacidade de projetar-se para o futuro, fazendo planos e decidindo sobre sua vida, obedecendo a um certo ritmo e dentro de um determinado tempo, conforme Alves (2007, p. 74) explica: "A estruturação temporal insere o homem no tempo, onde ele nasce, cresce e morre, e sua atividade é uma seqüência de mudanças condicionadas pelas atividades diárias". Essas atividades são experiências vivenciadas ritmicamente, que envolve a conscientização da igualdade dos intervalos de tempo. Um ritmo constante –cadência – é uma série de intervalos de tempos iguais, fenômeno que traduz muitos ritmos biológicos no indivíduo do tipo: circulação, respiração, flexibilidade de movimentos, relaxamento e outros ritmos físicos.

Assim, considera-se a unidade de extensão da dimensão temporal o ritmo, que na visão de Alves (2007, p.76):

O ritmo é considerado um dos conceitos mais importantes da orientação temporal. Ele não envolve apenas noções de tempo, mas está ligado ao espaço também. Toda criança tem um ritmo natural, espontâneo. As manifestações do bebê são ritmadas. Tem hora de repouso e horas de impulsos e se manifesta através delas.

Nessa perspectiva, a psicomotricidade como terapia de reeducação irá contribuir de maneira significativa para o desenvolvimento do potencial da criança com síndrome de Down, porque proporcionará experiências de movimentos que requer uma estimulação mais intensa e ampla, devido os mesmos apresentarem um atraso no desenvolvimento da maturação e habilidades de motricidade fina e grossa por causa das conseqüências da própria síndrome.

Diante dessas conseqüências, a psicomotricidade tem função de estimular precocemente o desenvolvimento da motricidade fina e grossa, de modo expressivo para a formação e estruturação do esquema corporal de acordo com a faixa etária de desenvolvimento da criança com síndrome de Down. Essa estimulação deve acontecer com favorecimento de várias atividades de relaxamento e condicionamentos físicos necessários, para uma melhor aquisição e evolução das funções cognitivas e motoras.

Assim, as crianças com síndrome de Down na fase infantil, têm dificuldades no controle da cabeça, erguer o corpo, virar de barriga para baixo, levantar da posição deitada para a posição sentada, arrastar e engatinhar, ajoelhar e ficar ajoelhado, ficar de pé sozinho, a marcha, correr, subir, pular e saltar etc. Com isso, torna-se necessário um atendimento com base na psicomotricidade para que essas crianças possam atingir todo seu potencial de autonomia, integração social, linguagem, capacidade motora e intelectual

6 UM REFERENCIAL PARA A ESCOLA QUE SE PROPÕE A DESENVOLVER APRENDIZAGEM DE CRIANÇAS COM SÍNDROME DE DOWN

O processo de articulação entre psicomotricidade e aprendizagem está relacionado à estimulação dos movimentos e a exploração do corpo que ampliam as condições da organização estrutural dos elementos psicomotores essenciais ao desenvolvimento corporal e cognitivo da criança.

Assim, as atividades que estão envolvidas nessas práticas dizem respeito à coordenação motora global, incluindo todas as funções psicomotoras, que devem ser desenvolvida na fase sensorial (zero a 02 anos) e pré-operatório (02 a 07 anos), portanto, na educação infantil.

Como a criança com síndrome de Down apresenta uma hipotonia generalizada e os reflexos fracos, ou seja, uma tonicidade ou tensão menor do que o normal, o que causa uma diminuição do equilíbrio, postura e coordenação, é necessário trabalhar as funções psicomotoras com atendimento que requer manejos diferenciados em relação ao controle da cabeça; erguer o corpo; virar de barriga para baixo; sentar; trocar a posição deitada para a posição sentada; arrastar e engatinhar; ajoelhar e ficar ajoelhado; ficar de pé; aprender a marcha; correr; subir; pular e saltar.

A partir dessas situações de dificuldades no desenvolvimento psicomotor, enquanto diagnóstico identificado pelos profissionais, busca-se na psicomotricidade a visão de Almeida (2007), que destaca atividades tanto para a fase sensorial, quanto para pré-operatório que auxiliam no desenvolvimento da coordenação motora global, que devem ser trabalhadas como apoios especiais de forma parceira com profissionais, principalmente na direção dos docentes.

Assim, recomenda-se estratégias pedagógicas com material concreto e atividades lúdicas como a seguir:

a)Manusear o Papel em diversas formas de dobraduras e montagens que possam transformar em maquetes, imagens de bichos e pessoas, quebra-cabeça, tabuleiro de jogos, desenho de modo geral, recortes e colagem, para que desenvolvam o ritmo e as percepções de modo criativo.

b)Executar com Tintas várias pinturas no corpo com o pincel, dedo e canetas, como também, em papéis ou objetos que caracterizem uma imagem de expressão abstrata e corporal, para o desenvolvimento da coordenação motora ampla.

c)Manejar utensílios para a fabricação de Sucatas que servirão como suporte de brincadeiras e recreação, motivando os aspectos motores para desenvolver a capacidade de superação da criança.

d)Oportunizar com Brincadeiras infantis dos tipos: jogos; danças; músicas; amarelinha; futebol; rodar pneu de borracha; estátua; cirandas cantigas de roda; esconde-esconde dentre outras, para desenvolvimento da coordenação motora geral.

e)Utilizar estratégias com bolas que vão apurar os movimentos, envolvendo os membros superiores (braços, ombros, pescoço, cabeça) e os membros inferiores (pernas, pés, quadris etc.), proporcionando uma dimensão do esquema corporal.

Assim, essa visão poderá estender a outras atividades criativas dentro da psicomotricidade que auxiliam o desenvolvimento da criança com síndrome de Down, na construção da coordenação motora fina, viso-motora, lateralidade, percepção musical; percepção olfativa; percepção gustativa; percepção espacial; percepção temporal; percepção corporal; seriação e classificação, o que determina apresentar uma coordenação motora global satisfatória.

7 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A educação especial tem sido alvo de preocupação no âmbito educacional, devido aos diversos embates existentes nas escolas, bem como, aos envolvidos no processo de ensino-aprendizagem, os quais considera-se um desafio que apresenta-se na abordagem deste artigo, pela problemática das questões de atendimentos educativos especiais nas crianças com síndrome Down.

Sendo assim, essa problemática recai na complexa discussão da prática pedagógica do professor em sala de aula em relação ao ensino diferenciado frente à criança, o que causa um certo transtorno tanto para a criança, quanto para o professor.

Dessa forma, emergiu a vontade de abordar uma proposta de contribuição ligada à educação psicomotora que favorece um desenvolvimento afetivo entre as pessoas, o contato físico, as emoções e ações, podendo servir como um suporte para o processo construtivo de aprendizagem na criança com síndrome de Down.

Para tanto, buscou-se a aplicação da psicomotricidade que contribui de maneira expressiva para a formação e estruturação do esquema corporal, o que facilitará a sua aprendizagem, como também, desenvolver na criança uma maturidade neurológica, sendo necessária para o desenvolvimento motor e cognitivo.

Por fim, reafirma-se a necessidade do trabalho psicomotor nas crianças com síndrome de Down, para o desenvolvimento do potencial orgânico e mental, como também, para a qualidade do desempenho escolar e o convívio social, atribuindo um referencial para a escola que se propõe a desenvolver aprendizagem nessas crianças, com atividades que auxiliam o desenvolvimento da coordenação motora global.

PSICOMOTRICITY: a constructive boarding for the process of pertaining to school learning of children with Syndrome of Down

ABSTRACT

In the present article, it is approached excellent contribution of the psicomotricity as half of prevention of the difficulty of learning in the children with syndrome of Down. A historical briefing is presented on the psicomotricity, giving approach that if deals with a science in the definition of the Brazilian Society of psicomotricity, having as study object the man and its relations with the body and the function of clinical and institutional performance. It is preceded a rescue of the historical antecedents on the genetic syndrome of Down and its aspects, its respective evolution from the Dr. doctor John Langdon Down who described the diagnosis of the genetic condition of this mutation, its characteristics and problems of health caused by the syndrome. It is distinguished psicomotricity as support of the pertaining to school learning, having as base the real situations of experiences of the elements psicomotors that constitute the structures and organizations of the basic unit of the movement. It is standed out application of the psicomotricity in the development of the potentialities of children with syndrome of Down, in the dimension of the precocious stimulation who are necessary the acquisition and evolution of the cognitive and motor functions. A referential for the school sends regards that if considers to develop learning of children with syndrome of Down, with recreational activities that assist in such a way in the sensorial phase, how much in the daily preoperative, guaranteeing the development of global the motor coordination.

Key-Words: Psicomotricity. School Apprenticefhip Process. Syndrome of Down.

REFERÊNCIAS

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SAAD, Suad Nader. Preparando o caminho da inclusão: dissolvendo mitos e preconceitos em relação à pessoa com Síndrome de Down. São Paulo: Vetor, 2003.



[1] Artigo apresentado à Coordenação de Pós-graduação da Faculdade Santa Fé como Trabalho de Conclusão do Curso de Educação Especial.

[2] Aluna da Pós-graduação do Curso de Educação Especial da Faculdade Santa Fé.

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