PSICOLOGIA SOCIAL

O homem por natureza é um ser social, que desde sua infância, começa a ser um agente nas relações com outros homens, a partir da realidade criada por gerações anteriores, ou seja, o relacionamento interfere na busca da necessidade pessoal de cada ser, assim como no comportamento próprio, na convivência e na cultura adquirida.

Conforme Yontef (1998, p. 251):

“Um relacionamento é um evento que acontece – é um processo. O processo acontece entre duas pessoas. O relacionamento é construído no processo de contato e deve preencher as exigências do contato:conectar, separar, movimentar-se”.

Para este relacionamento existe o princípio ativo, que é o processo de interação e na interação humana não existe unilateralidade.

O relacionamento interpessoal pode tornar-se e manter-se harmonioso e prazeroso, favorecendo um trabalho em equipe com integração de esforços e também pode yornar-se muito tenso, conflitivo, levando a desintegração de esforços.

Na visão interacionista o conflito funcional dentro de um grupo deve ser sempre estimulado, pois um grupo harmonioso e calmo demais, pode tornar-se estático e apático, assim um nível mínimo de conflito mantém o grupo viável, autocrático e criativo.

Temos duas formas de conflito:

1-    Conflitos funcionais: são formas ou maneiras construtivas de conflito que apóiam as metas do grupo, com o objetivo de melhorar seu desempenho.

2-    Conflitos disfuncionais: só atrapalham o desempenho do grupo.

Mesmo que hajam conflitos o respeito deve sempre existir.

Segundo Karl Max: O trabalhador tem mais necessidade de respeito que de pão.

O respeito além de ser considerado uma virtude valiosa, é fundamental para um ambiente de trabalho cujo clima organizacional seja harmonioso.

É necessário respeitar o ambiente interno e externo que nos encontramos inseridos, respeitando o colega de trabalho como um verdadeiro ser humano.

A empresa é composta por seres humanos, que devem se auto respeitar em sua totalidade, com suas culturas, princípios e costumes, desde que não interfira na cultura organizacional, que por vez deve ter o princípio da moralidade, da justiça e sobretudo do respeito a verdade para com a sociedade, desta forma todos os envolvidos na organização poderão somar idéias, ideais, princípios, conhecimentos, habilidades, compromissos e assim certamente alcançarão o sucesso desejado.

Além do respeito a gentileza é uma arma para o bem-estar.

A gentileza é um modo de agir e enxergar o mundo. É um atributo maior e mais profundo do que ser educado ou meramente cumprir regras de etiqueta, pois se  relaciona com caráter, valores e ética e assim contribui com um mundo mais humano e eficiente para todos.

  “Para se tornar uma pessoa mais gentil, é preciso que cada um reflita sobre o modo como tem se relacionado consigo mesmo, com as pessoas e com o mundo”. (Rosana Braga)

A rotina e a velocidade com que os trabalhos precisam ser realizados faz com que pessoas se permitam cumprir prazos sem se respeitarem. É nessa insensibilidade que as pessoas se relacionam de maneira automática.

Leonard Boff, diz que:  Não serão nossos gritos a fazer a diferença e sim a força contida em nossas mais delicadas e íntegras ações.

A gentileza tem o poder de abrir as portas para a entrada de novas soluções: mudar o rumo dos conflitos, facilitar negociações, transformar humores e melhorar as relações.

Podemos ressaltar que a gentileza é muitas vezes a certa estratégia para conduzir melhor o rumo das negociações dentro da profissão que o trabalhador exerce. Desta forma o indivíduo tende a, na sua profissão, de maneira mais tranquila de destacar e se realizar plenamente.

A profissão deve se destacar com todas as peculiaridades próprias de cada uma.

O exercício moral favorece ao homem o seu nível de  moral levado, pois é na atividade laboral que o homem pode ser útil a sua comunidade e nela se eleva e se destaca.

Contudo deve-se ter cuidado para não se prender ao próprios interesses, uma vez que ao pensar apenas em produzir lucro, o profissional deixa no esquecimento a preocupação com o social.

Vale ressaltar que a ética deve sempre predominar no ambiente de trabalho, pois modela o caráter do homem e o torna digno, à margem da marginalização.

Com respeito, gentileza, moral e ética o sucesso desejado , para um bom relacionamento interpessoal dentro da empresa é alcançado. Para tanto, a sensibilidade da Gerência, Coordenação, Supervisores, Líderes é de fundamental importância.

James Hunter, em “O Monge e o Executivo” frisa: O líder deve demonstrar que dá o melhor de sí pela empresa, para despertar  comprometimento da equipe. Deve estabelecer com seu grupo uma relação de credibilidade e confiança.

Segundo Mark Gerzon, o líder deve desenvolver também as habilidades de mediador, considerando argumentos, coletando dados, inteirando-se da situação para poder avaliar, iniciar um diálogo com os envolvidos e poder criar alternativas para solucionar a situação.

  O bom relacionamento entre o líder e seus liderados é essencial para o bom andamento das atividades propostas pela empresa, entretanto deve-se manter o profissionalismo no ambiente de trabalho muito claro a todos e evitar situações de preferência ou afetividade que transpareçam ao grupo.