Psicologia, Educação e as Novas Tecnologias. 

Mauro Lúcio Batista Cazarotti

Aluno de Pós Graduação Latu Sensu – ESAB/Espírito Santo-ES 

Como vimos nas ideias de Touraine (1998), com o grande avanço industrial, oriundo do século XIX, a escola teve efetivamente uma preocupação com a educação do aluno? Destacaremos qual era o principal objetivo da escola naquela época.

              O Único Caminho para a verdadeira critica a Educação é abandono da vivencia em prol do discurso filosófico e sociológico. 

              TOURAINE (1998) defende a idéia de uma transformação da escola, onde ela não deva ter a função exclusiva de instruir, mas sim se preocupar com o ato de educar, e acima de tudo aumentar a capacidade dos indivíduos a ser sujeito. (TOURAINE, 1998, p.327).

              Em uma Reportagem do Estado de São Paulo publicada EM 2008, que alude a uma pesquisa contextual realizada na Unicamp com base nos dados do SAEB (Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica - SAEB).  A pesquisa se tornou artigo publicado em setembro do ano passado na renomada revista "Educação e Sociedade", segue trecho do enunciado publicado;

“A primeira pesquisa brasileira metodologicamente consistente sobre a influência dos computadores na aprendizagem concluiu que há uma piora no nível de aprendizagem dos alunos que mais os utilizam, sendo seus efeitos ainda mais sensíveis nas camadas mais carentes da população. Neste artigo relativizamos as conclusões e situamos a sua influência nos projetos de inclusão atuais e futuros.”

           Assim enfatizam o uso tecnológico da evolução humana, no contexto educacional, levantando pontos positivos e negativos, por exemplo, nas camadas altas da sociedade uso tecnológicas é usado como forma de avanço social, e nas camadas baixas seu uso educacional é defasado, e muita das vezes quando não é uma ferramenta que atrapalha o andamento educacional dos alunos, é uma ferramenta inutilizada, pois não é capacitado educacionalmente para o seu uso de professores e alunos dentro da área educacional.

          Para facilitar a parte final do artigo no qual os autores analisam alguns possíveis motivos para o baixo desempenho dos alunos mais incluídos digitalmente;

“...Não há na bibliografia científica nacional (não estamos falando da bibliografia meramente 'teórica' construída sem extenso apoio empírico) nenhum reconhecimento da existência desta situação. Por esta razão, qualquer hipótese explicativa será necessariamente especulativa. A bibliografia sobre o 'paradoxo da produtividade' sugere uma hipótese: usuários de computadores mais pesados se dedicam aos estudos durante menos tempo e com menos afinco do que seus colegas, como padrões de menor tempo de uso. Existem outras hipóteses plausíveis: (...) os usuários intensivos de computadores já detêm um bom conhecimento do uso de programas de cálculo e de correção de ortografia. Dessa maneira, a aprendizagem de capacidades associadas à escrita e ao calculo manual é considerada por estes alunos cada vez menos relevantes. Porém, o SAEB testa o domínio de conhecimentos em matemática e português sem recurso ao uso do computador. Assim, os testes ignoram a natureza das capacidades dos usuários do computador.”

             Uma terceira hipótese é derivada de um estudo recente de Bezerra (2006)

“...demonstrou que os alunos que trabalham por mais de duas horas por dia têm notas inferiores àqueles que não trabalham. “

             Dessa forma, um número significativo de alunos que usam o computador para fazer os trabalhos de casa pode estar trabalhando, o que explicaria seu acesso ao computador. Ou seja, a relação entre uso intenso do computador e as notas baixas obtidas pode ser parcialmente devido ao fato de que o aluno trabalha.

            Com tudo isso demonstra que tanto na época de Touraine (1998), contempladas, é fortemente desenvolvida dez anos depois após seus estudos, e que a parte tecnológica está evoluindo juntamente com a educação , passos diferentes, mas caminhando ao futuro.