Psicologia e contribuições para a docência superior

 

JONAS CLECIO DE ARAUJO COSTA*

Resumo

O presente artigo trata-se da psicologia e contribuições para a docência superior, partindo do pressuposto que psicologia é a ciência que estuda o comportamento humano e seus processos mentais. Todorov, 2007, ao tomar com referência Harzem & Miles, 1978, afirma que a psicologia estuda as interações de organismos, visto como um todo, com seu meio ambiente. O que remete a entender a relação professor-aluno, no processo de aprendizagem. O processo educativo tem sido estudado com vários enfoques ou abordagens teóricas, e tem como pano de fundo, segundo Santos, 2005, a busca contínua para identificar os pressupostos explícitos ou implícitos que fundamentam a ação docente em situações de ensinos e aprendizagem. Dessa forma, a psicologia vem a oferecer ao docente um aparato para o desenvolvimento de habilidades e competências que propiciem a construção e transformação do processo de aprendizagem. Esse estudo permitirá um novo olhar sobre a importância da psicologia e suas contribuições para a educação. Trata-se de um estudo pautado em pesquisa bibliográfica e exploratória, pois esse tipo de pesquisa permite que o tema seja analisado sob uma nova abordagem, produzindo novas conclusões. Nesse estudo foram usados artigos relacionados ao tema, e indexados em bases de dados.

Palavras-chave: Psicologia, Aprendizagem, Professor

Abstract

This article comes from the psychology and teaching contributions to the top , on the assumption that psychology is the science that studies human behavior and mental processes . Todorov , 2007 , to take with reference Harzem & Miles , 1978 , states that psychology studies the interactions of organisms , seen as a whole with its environment . Which brings us to understand the relationship teacher-student in the learning process . The educational process has been studied with various approaches and theoretical approaches , and has as a backdrop , according to Santos , 2005, the continuing search to identify the explicit or implicit assumptions that underlie the teaching situations in teaching and learning. Thus , psychology has to offer the teacher an apparatus for the development of skills and competencies that facilitate the construction and transformation of the learning process . This study will enable a new perspective on the importance of psychology and its contributions to education . This is a study guided by literature search and exploratory , since this type of research allows the subject to be examined under a new focus or approach , producing new findings . In this study we used articles related articles indexed in databases.

Keywords: Psychology, Learning, Teacher

*Enfermeiro graduado pela Faculdade Estácio de Alagoas

e-mail: [email protected]

            Com o passar dos tempos, o enfoque no processo de aprendizagem vem sendo reformulado de acordo com a necessidade de explicar e melhorar o próprio processo da aprendizagem, que de acordo com Moreira, 2005, o próprio sentido de aprendizado tem diferentes significados.

            Para Goulart, 1989, a aplicação do conhecimento psicológico à educação é bem antiga, e já pode vê-la estruturada desde o século XVI, porém foi apenas no movimento pedagógico denominado Escola Nova que foi inteiramente absorvida. Nesse movimento, o escolanovismo, a psicologia ficou responsável de conhecer o aluno, a fim de propiciar-lhe um desenvolvimento pleno.  

            Na teoria Comportamental, o qual destaca-se os três principais nomes: Pavlov, Watson, e Skinner, entende o professor como um ser dotado de artifícios que recompensam, ou punem os alunos dependendo da resposta apresentada, ou seja o professor condiciona o aluno a ter uma resposta imediata. Nessa perspectiva, Vasconcelos et al, 2003, cita que o professor tem o poder de transmitir o conhecimento, nesse caso, estímulos aos alunos e em troca pede que os alunos usem a sua atividade mental para acumular, armazenar e reproduzir informações.

            Com uma visão reducionista e de certa forma tecnicista, o qual onde o professor detém o conhecimento, e simplesmente reproduz em suas aulas esse aprendizado, e almeja que os alunos suguem o máximo de informações. Em outras palavras, essa visão tecnicista, segundo Vasconcelos et al, 2003, o aluno é passivo, acrítico, e mero reprodutor de informação e tarefas, dessa forma não tem o desenvolvimento de sua criatividade.

            Nesse processo de aprendizagem o professor é o centro das atenções, pois detém o conhecimento, que é perpassado de uma forma mecânica, com exercícios, e respostas rápidas.

            Em contrapartida, a esse modelo obsoleto, surge uma novo pressuposto baseado em que Jean Piaget e Lev Vygotsky compartilham ideias construtivistas, onde o objeto principal se torna, de fato, a prática da interação entre o sujeito (aluno), objetos e outros sujeitos. Nesse contexto, o professor além de ensinar, deve também orientar ao aluno a aprendizagem autônoma.

            Essa nova metodologia traz um caráter revolucionário diferente das outras que eram consideradas facilitadoras ou condicionadoras, o educador deve ajudar ao educando a pensar criticamente sobre a sua própria realidade, deve levantar questões que provoque de alguma forma o aluno e estimule-o a resolver essa problemática fazendo assim que haja uma transformação da realidade, e ele consiga transcender e evoluir de certa forma.    De acordo com Coelho e Pisoni, 2012, quando o homem transforma o meio na busca de atender suas necessidades básicas, ele transforma-se a si mesmo. Outra contribuição defendida por Vygotsky é a educação inclusiva e acessível, ou seja, para ele é importante que os alunos com algum tipo de deficiência interajam com os outros alunos sem deficiência, pois essa experiência permitirá a troca de saberes, e todos as partes aprenderam juntas. O limite biológico não é o que determina o não desenvolvimento do surdo, cego. A sociedade sim é quem vem criando estes limites para que os deficientes não se desenvolvam totalmente. (COELHO e PISSONI, 2012).

Um fator bem importante a ser salientado, o professor deve conhecer bem a realidade do seu educando para que haja uma troca de conhecimento e fazendo com o processo ensino-aprendizado se torne até mais importante do que a própria aprendizagem. Nessa perspectiva o aluno se torna o próprio protagonista do processo de aprendizagem, já que o professor assume um papel de mediador, e tem um grande desafio de fazer que o aluno aprenda de forma autônoma e de preparar o educando a ser um cidadão participante ativo da sociedade, capaz investigar e analisar criticamente sobre questões importantes para ele e para o mundo.

                                          

 

Referência

 

CONTRIBUIÇÃO DA PSICOLOGIA PARA A EDUCAÇÃO. Pedagogia ao pé da letra. Disponível em: <http://www.pedagogiaaopedaletra.com.br/posts/contribuicao-psicologia-para-educacao/>, acessado em 16 de novembro de 2013.

GOULART, Iris Barbosa. Psicologia da Educação: considerações sobre seu papel e alternativas para sua abordagem. Educ. Revista Belo Horizonte. n. 10. p. 37 – 41. Dezembro, 1989.

MORAN, José Manuel; MASETTO, Marcos T.; BEHRENS, Marilda Aparecida. Novas tecnologias e mediação pedagógica. Papirus. Campinas, 2000.

COELHO, Luana; PISONI, Silene. Vygotsky: sua teoria e influencia na educação. Revista modelos – FACOS/CNEC Osório. Ano 2. Vol. 2 – Nº 2. Agosto, 2012.

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