Segundo Platão, conhecer é recordar verdades que já existem em nós. 

Teoria que pode ser atestada sempre que nos deixamos guiar pela voz do inconsciente.

Teoria Inatista

A teoria inatista do conhecimento tem como base filosófica o racionalismo de Descartes, onde há a indagação a respeito da capacidade humana para conhecer a verdade (Aranha, 1998; Giles, 1983). Esta verdade é alcançada através de idéias fundamentais que estão inatas na alma e não a partir da realidade do mundo, que deixa de ser a origem do conhecimento (Ghiraldelli, 2002). A busca pela verdade vai encontrar no sujeito, na subjetividade, os critérios para afirmar algo como verdadeiro, quer dizer, o sujeito possui precedência no processo de conhecimento. Para Descartes, as idéias fundamentais claras e distintas não se originam do particular, pois já se encontram no espírito do ser humano, como instrumentos de fundamentação para a obtenção de outras verdades. São idéias inatas, que não têm a possibilidade de erro, uma vez que vêm da razão, não sofrendo influências das idéias que vêm de fora (Aranha, 1996).

Teoria Comportamentalista / Ambientalista

Em oposição ao inatismo, a concepção comportamentalista ou ambientalista atribui um grande poder ao ambiente no desenvolvimento humano. Cada pessoa é vista como aquela que deve se adaptar ao meio em que se encontra. Esta teoria deriva da corrente filosófica chamada empirismo, que dá ênfase à experiência sensorial como fonte de todo conhecimento, e tem no filósofo Locke seu principal expoente, o qual afirmava não haver nada em nossa inteligência que não tenha passado antes pelos sentidos (Marques, 2001). Estes se reúnem e formam as percepções, que originam as associações e tornam-se idéias (Chauí, 2001).

Teoria Interacionista

O sujeito passou a ser visto na teoria Interacionista não apenas do ponto de vista orgânico ou apenas como o resultado de influências do meio, mas sim como aquele responsável pela construção e reconstrução de suas estruturas cognitivas, dentro de uma perspectiva de interação (Marques, 2001). Nessa interação, fatores internos e externos se inter-relacionam continuamente, formando uma complexa combinação de influência. Assim, os interacionistas discordam das teorias inatistas, que desprezam o papel do ambiente, e das concepções ambientais, que ignoram fatores maturacionais.

REFERÊNCIAS

ARANHA, Maria Lúcia de. Filosofia da educação. 2.ed. rev. São Paulo: Moderna, 1996.

CHAUÍ, Marilena. Convite à filosofia. São Paulo:Ática, 2001.

GUIRALDELLI JÚNIOR, Paulo. Didática e teorias educacionais. Rio de Janeiro: DP&A, 2002.

MARQUES, Luciana Pacheco. O professor de alunos com deficiência mental: concepções e prática pedagógica. Juiz de Fora: Editora UFJF, 2001.