Proposta de modelo na avaliação escolar
Publicado em 14 de abril de 2011 por Jean Carlos Neris de Paula
Por um modelo global de avaliação no ensino
Conselhos de classe, reuniões pedagógicas, seminários e fóruns educacionais, no Brasil, discutem avaliação com muita propriedade, criatividade e embasamento teórico, porém pouco definem, decidem, estabelecem ou padronizam sistemas, deixando os professores sem a devida referência, e isso não torna a educação brasileira tão eficiente quanto deveria ser. Por essa razão, é preciso sistematizar o trabalho avaliativo no espaço escolar, a fim de avaliar o aluno como um todo, de forma técnica, específica e abrangente ao mesmo tempo. Para tanto, basta o corpo docente se reunir mais e construir um padrão avaliativo conforme a realidade de cada instituição, sem deixar de considerar a amplitude exterior ao contexto local.
Uma adequada sugestão pode ser a utilização de variados métodos que já são empregados, combinando-os para diversificar o procedimento avaliativo. Dessa forma, em vez de acontecerem, no âmbito interno da instituição, contradições pedagógicas e rivalidades entre professores, pedagogos, diretores, alunos e pais de alunos, todos devem trabalhar pela utilização de um modelo que foi criado pela comunidade escolar, o qual inclusive precisa deixar espaço para a flexibilidade, objetivando não "engessar" os profissionais de ensino.
Como ilustração, a escola tem que definir o valor de cada período e os percentuais de todas as avaliações utilizando atividades que, de forma inconteste, vêm se mostrando importantes no quadro avaliativo, psicológico e social dos educandos. Assim, num semestre, por exemplo, dentro de objetivos planejados, é necessário envolver exercícios que avaliem participação e desempenho em aulas, provas objetivas e discursivas, redações e trabalhos de pesquisa executados individual e coletivamente.
No que diz respeito à participação, é importante que o aluno saiba que frequência, bom comportamento e envolvimento nas aulas, bem como respeito às normas disciplinares da escola, devidamente discutidas e esclarecidas antecipadamente, constituem um percentual de pontos do total daquele módulo. E a nota do aluno nesse item deve ser definida pelos professores, os quais precisam considerar o estudante como um todo. Por isso, tudo que acontece na escola tem que ser anotado e repassado ao núcleo pedagógico, para que este possa ter condições de ajudar os educadores a avaliar a participação do corpo discente dentro e fora da sala de aula.
Com relação a trabalhos de pesquisa, eles são cada vez mais imprescindíveis nos dias atuais, em que a Internet disponibiliza informações relevantes ao crescimento e à interação dos indivíduos, isso sem desprezar os demais veículos de informação que são igualmente importantes, como o livro, a revista, o jornal impresso e televisivo, o rádio e outros. Sendo assim, faz-se necessário que se proponham aos alunos tarefas escritas e apresentadas, nos mais variados gêneros textuais, individualmente e em grupo, visando ao desenvolvimento intelectual e expressivo de cada um. Esse trabalho pode ser estruturado para equivaler mais um percentual do período.
Quanto a provas, as temidas provas, é preciso entender que o mundo as utiliza e que o alunado precisa passar por isso para aprender. Dessa maneira, é fundamental também que haja provas na avaliação, mas sem concentrar o processo avaliativo apenas em um ou dois testes, como infelizmente fazem alguns educadores. Em vista disso, os alunos devem fazer provas que envolvam questões objetivas, aprendendo a utilizar gabarito, e discursivas. Também é indispensável que haja avaliações textuais, ou seja, escrita de redação, a qual tem sido muito valorizada no Enem, nos concursos e em exames vestibulares. Essas provas, combinadas conforme especificidades de cada matéria, valorizando-se a interdisciplinaridade, sempre que possível e necessário, podem ter outro valor percentual do semestre.
Por meio desse modelo, em três blocos avaliativos, é possível avaliar o aluno de forma mais global, valorizando frequência, respeito e envolvimento e exigindo, durante os períodos, atividades de leitura, pesquisa, escrita e apresentação de trabalhos confeccionados individual e coletivamente, a fim de que se possa preparar o aluno para mostrar aprendizagem também em provas.
Essa proposta constitui um padrão de avaliação que não exclui o professor do processo, pois o que se define é apenas o valor e a tipologia genérica dos trabalhos, cabendo a cada profissional encaixar os conteúdos e planejar as atividades dentro do que julga de acordo com a realidade vivenciada em sala. Com esse comportamento educacional, certamente o aluno crescerá como cidadão preparado para transformar o mundo e enfrentar as dificuldades da vida com razão e emoção, marcas da humanidade que também devem estar incluídas nos métodos avaliativos, os quais precisam abordar, simultaneamente, QI e QE, isto é, Quociente de Inteligência e Quociente de Emoção.
O modelo sugerido, portanto, aborda participação (frequência, comportamento e envolvimento em tarefas); trabalhos escritos e apresentados individual e coletivamente; e provas, objetivas e discursivas, incluindo redação e leitura, afinal ler e escrever é compromisso de todas as disciplinas, não só de Língua Portuguesa.
Jean Carlos Neris de Paula
Conselhos de classe, reuniões pedagógicas, seminários e fóruns educacionais, no Brasil, discutem avaliação com muita propriedade, criatividade e embasamento teórico, porém pouco definem, decidem, estabelecem ou padronizam sistemas, deixando os professores sem a devida referência, e isso não torna a educação brasileira tão eficiente quanto deveria ser. Por essa razão, é preciso sistematizar o trabalho avaliativo no espaço escolar, a fim de avaliar o aluno como um todo, de forma técnica, específica e abrangente ao mesmo tempo. Para tanto, basta o corpo docente se reunir mais e construir um padrão avaliativo conforme a realidade de cada instituição, sem deixar de considerar a amplitude exterior ao contexto local.
Uma adequada sugestão pode ser a utilização de variados métodos que já são empregados, combinando-os para diversificar o procedimento avaliativo. Dessa forma, em vez de acontecerem, no âmbito interno da instituição, contradições pedagógicas e rivalidades entre professores, pedagogos, diretores, alunos e pais de alunos, todos devem trabalhar pela utilização de um modelo que foi criado pela comunidade escolar, o qual inclusive precisa deixar espaço para a flexibilidade, objetivando não "engessar" os profissionais de ensino.
Como ilustração, a escola tem que definir o valor de cada período e os percentuais de todas as avaliações utilizando atividades que, de forma inconteste, vêm se mostrando importantes no quadro avaliativo, psicológico e social dos educandos. Assim, num semestre, por exemplo, dentro de objetivos planejados, é necessário envolver exercícios que avaliem participação e desempenho em aulas, provas objetivas e discursivas, redações e trabalhos de pesquisa executados individual e coletivamente.
No que diz respeito à participação, é importante que o aluno saiba que frequência, bom comportamento e envolvimento nas aulas, bem como respeito às normas disciplinares da escola, devidamente discutidas e esclarecidas antecipadamente, constituem um percentual de pontos do total daquele módulo. E a nota do aluno nesse item deve ser definida pelos professores, os quais precisam considerar o estudante como um todo. Por isso, tudo que acontece na escola tem que ser anotado e repassado ao núcleo pedagógico, para que este possa ter condições de ajudar os educadores a avaliar a participação do corpo discente dentro e fora da sala de aula.
Com relação a trabalhos de pesquisa, eles são cada vez mais imprescindíveis nos dias atuais, em que a Internet disponibiliza informações relevantes ao crescimento e à interação dos indivíduos, isso sem desprezar os demais veículos de informação que são igualmente importantes, como o livro, a revista, o jornal impresso e televisivo, o rádio e outros. Sendo assim, faz-se necessário que se proponham aos alunos tarefas escritas e apresentadas, nos mais variados gêneros textuais, individualmente e em grupo, visando ao desenvolvimento intelectual e expressivo de cada um. Esse trabalho pode ser estruturado para equivaler mais um percentual do período.
Quanto a provas, as temidas provas, é preciso entender que o mundo as utiliza e que o alunado precisa passar por isso para aprender. Dessa maneira, é fundamental também que haja provas na avaliação, mas sem concentrar o processo avaliativo apenas em um ou dois testes, como infelizmente fazem alguns educadores. Em vista disso, os alunos devem fazer provas que envolvam questões objetivas, aprendendo a utilizar gabarito, e discursivas. Também é indispensável que haja avaliações textuais, ou seja, escrita de redação, a qual tem sido muito valorizada no Enem, nos concursos e em exames vestibulares. Essas provas, combinadas conforme especificidades de cada matéria, valorizando-se a interdisciplinaridade, sempre que possível e necessário, podem ter outro valor percentual do semestre.
Por meio desse modelo, em três blocos avaliativos, é possível avaliar o aluno de forma mais global, valorizando frequência, respeito e envolvimento e exigindo, durante os períodos, atividades de leitura, pesquisa, escrita e apresentação de trabalhos confeccionados individual e coletivamente, a fim de que se possa preparar o aluno para mostrar aprendizagem também em provas.
Essa proposta constitui um padrão de avaliação que não exclui o professor do processo, pois o que se define é apenas o valor e a tipologia genérica dos trabalhos, cabendo a cada profissional encaixar os conteúdos e planejar as atividades dentro do que julga de acordo com a realidade vivenciada em sala. Com esse comportamento educacional, certamente o aluno crescerá como cidadão preparado para transformar o mundo e enfrentar as dificuldades da vida com razão e emoção, marcas da humanidade que também devem estar incluídas nos métodos avaliativos, os quais precisam abordar, simultaneamente, QI e QE, isto é, Quociente de Inteligência e Quociente de Emoção.
O modelo sugerido, portanto, aborda participação (frequência, comportamento e envolvimento em tarefas); trabalhos escritos e apresentados individual e coletivamente; e provas, objetivas e discursivas, incluindo redação e leitura, afinal ler e escrever é compromisso de todas as disciplinas, não só de Língua Portuguesa.
Jean Carlos Neris de Paula