Projetos Interdisciplinares, Currículo e Cultura: Leituras possíveis

por PIRES,Célia Silva Andrade



Resumo

A proposta deste artigo é articular com o corpo docente e discente os projetos interdisciplinares, currículo e cultura, concomitante, aos conteúdos da sala de aula. As ideias revelam-se conforme as necessidades dos professores e alunos, enquanto nossas palavras ganham credibilidade pelas leituras, que fundamentam nossas práticas. O trabalho se fortalece a medida em que, alunos e professores exploram o desconhecido, pelas histórias de vida, crenças e costumes das pessoas narradas nos livros. A Interdisciplinaridade como ciência, possibilita inserir conteúdos extras curriculares, enriquecendo o currículo escolar prescrito. Negar a cultura é negar a história da humanidade, nossas raízes, as crenças, os desejos, os sonhos. O currículo escolar somado aos projetos interdisciplinares, são recursos inovadores, que sustentam as práticas docentes na formação de leitores e escritores competentes.

INTRODUÇÃO

Trabalhar com projetos requer foco e curiosidade sobre: coisas, pessoas, sentimentos, currículo e cultura. A proposta deste projeto é integrar aos conteúdos programados um tema relevante e pertinente como a cultura africana no planejamento. Os projetos, desde 2005, ganham dimensões satisfatórias com os alunos da Educação Infantil ao 5º Ano do Ensino Fundamental, cuja proposta é formar leitores e escritores competentes.
Muitas são as perguntas sobre as escolas de sucesso, mas, em busca dos ingredientes da prática mais bem-sucedida, o pesquisador se orienta particularmente para cada sala de aula ou cada escola, como afirma GOODSON (1995: p. ), sobre os currículos escolares.
Nossa proposta não é ideológica, mas, de formação e informação sobre nossa história e a construção da aprendizagem. Envolver educador/educando a pesquisarem sobre outras culturas que também são nossas requer que entendamos que a ideologia nos oferece recursos para uma interpretação provisória, que nos permita entender nossa ação e explicá-la aos outros sem, no entanto, fixarmo-nos já, numa verdade definitiva. (FURTER, P. em SILVEIRA: 1981, p.105.)
Consideramos que trabalhar outras culturas, subentende-se mudanças e, quanto às mudanças, o enfoque admite a inovação desde que não introduza a diretividade, o autoritarismo no processo educativo, mas, desde que enfatize os objetivos individualizados de autorrealização. SILVEIRA (1981, p.111)
Acredita-se que com os projetos, as disciplinas perdem a sua estrutura clássica e cedem seus conteúdos para contribuição aos temas de maior significado junto às principais questões da comunidade regional. Neste enfoque, as sequencias lineares que consistem a estrutura externa das disciplinas podem ser rearticuladas em experiências interdisciplinares em torno de temas mais relevantes. SILVEIRA (1981, p. 110-111)

INTERDISCIPLINARIDADE
Segundo Laville (1999, p.85) o que mobiliza a mente humana são problemas, a busca de um maior entendimento de questões postas pelo real, ou ainda a busca de soluções para problemas neles existentes, tendo em vista a sua modificação para melhor.
A problemática, que envolve esse tema da cultura afro emerge de diversas fontes, mas, nossa proposta, é de que pelas pesquisas e projetos, possamos nos libertar mentalmente de certas ideologias em que o senso comum se torne um objeto conhecível. Para que ocorra essa libertação recorremos às práticas interdisciplinares, sendo o diálogo a técnica mediadora.
Sabe-se que a Interdisciplinaridade é uma exigência natural e interna das ciências, no sentido de uma melhor compreensão da realidade que elas nos fazem conhecer. Impõe-se tanto à formação do homem quanto às necessidades de ação, define Fazenda (2006, p.43).
Assim, propomos um diálogo formador de opiniões, questionamentos reflexivos para o corpo docente na ressignificação de sua prática, de sua formação continuada pelos projetos interdisciplinares, pelo ato de educar em parcerias.
Para Freire (2005, p.79) (...) o ato de educar não é solitário, mas, em comunhão mediatizados pelo mundo. A educação problematizadora, de caráter autenticamente reflexivo, implica um constante ato de desvelamento da realidade, em que educador/educando se buscam completar.
Para Abramowickz (2001, p.137), uma das questões candentes na discussão contemporânea educacional é o novo rumo na formação docente. O grande desafio, nessa área, é ressignificar a formação, revendo sua concepção, seus objetivos e funções. Buscando criar outras maneiras de desenvolver o processo de formação continuada, de professores/ alunos/coordenadores e gestores escolares.
O grupo de formação reflexiva está voltado para que seus professores componentes tornem-se sujeitos de sua própria prática pedagógica e de seu processo de conhecimento. Quando os professores se vêem em unidade, o grupo se fortalece e unem-se aos que deles se aproximam.
Neste contexto, ser sujeito significa ser capaz de refletir sobre sua prática e de transformá-la, tornando-a mais significativa, mediante o diálogo, pela tomada de consciência da teoria que a embasa. ABRAMOWICKZ (2001, p. 139)

A FORMAÇÃO DOCENTE E O DIÁLOGO REFLEXIVO
A pesquisa dentro do método interdisciplinar fundamenta nosso projeto, integram as pessoas pelo diálogo problematizado, método defendido pelo educador Paulo Freire e corroborado pela Interdisciplinaridade. Consideramos que ao iniciarmos o projeto, delimitando o tema sobre a cultura africana nas regiões brasileiras, não poderíamos negar o seu berço de origem: A África, com suas crenças, costumes, palavras e linguagens.
Para Fazenda (2006, p. 30), a palavra não é possível senão pela linguagem, quer dizer, pela função que nos permite fazer corresponder os signos a nosso pensamento, a linguagem não é possível senão pela língua, quer dizer por um sistema de signos.
Embora pareça simples trabalhar a cultura africana nas salas de aula, muitos conceitos devem ser desvelados pelas palavras, para rompermos com os próprios preconceitos e o senso comum, adquiridos de geração a geração.
Dialogar é saborear a liberdade, é lembrar que o ponto de partida deste movimento esta inserido nos homens, como argui Freire.
(...) o diálogo pertence à natureza do ser humano, enquanto ser de comunicação. O diálogo sela o ato de aprender, que nunca é individual, embora tenha uma dimensão individual (...). Diálogo de ser entendido como algo que faz parte da própria natureza histórica dos seres humanos (...). O diálogo sela o relacionamento entre os sujeitos cognitivos (...) podemos, a seguir, atuar criticamente para transformar a realidade. (Freire, 1987, pp.14, 122 e 123 em Abramowickz: 2001 p.139)

Se o diálogo pertence à natureza humana, como afirma Freire, será pelo diálogo, e recorrendo a nossa memória pela memória dessa cultura, que conheceremos um pouco da cultura africana e suas crenças, desvelado pela árvore, Baobá e os Griôs.

O BAOBÁ
O nome científico dessa árvore do bosque é "Adansonia Digitata". Conta-se que é a árvore dos dez mil anos, árvore do pequeno príncipe, árvore dos pássaros. Tem sua origem na África, com altura até 20 metros. A casca produz fibra, as folhas são comestíveis, dos frutos se aproveita a polpa para ser bebida após dissolução em leite ou água, e depois são aproveitados como cuias.
O Baobá é o emblema nacional do Senegal e árvore nacional de Madagascar. Nativas dessa ilha, o maior centro de diversidade, com seis espécies, do continente Africano e da Austrália.
São aproximadamente 20 destas no Brasil, estando dezesseis em Pernambuco. Foram trazidas para o Brasil pelos sacerdotes africanos e foram plantadas em locais específicos
para o culto das religiões africanas.


RITUAIS AFRICANOS, MEMÓRIAS E GRIÔS

A África tem muitas caras: exótica e misteriosa, perigosa e cruel, triste e explorada. Mas, ela é muito mais do que isso, é o lugar de origem do homem, uma terra cheia de história e cultura.
Mesmo aos que possuem a origem europeia, branco, negro, vermelho, amarelo ou ao branco mestiço, torna-se quase impossível não relembrar pela memória o quadro da vida destes povos místicos. A memória é um recurso importante para o ser humano. Segundo Fazenda

A memória permite desenhar um quadro já vivído, em outras cores, em outros contornos e formas, pois a memória, quando desenha um quadro já vivido, sempre o faz de modo diferente. Diferente porque já impregnado por um crivo, por uma seleção que, se não garante a precisão da objetividade, garante a riqueza da subjetividade que , igualmente é fidedigna e indicadora de validez. (2006, p.67)

Assim, recorreremos ao recurso da memória, mesmo que adormecida, para relembrar junto com esses povos um pouco de sua cultura e ritual, através da árvore Baobá.
As tribos nômades africanas utilizam o Baobá como ponto de referência nas suas migrações . Graças à largura do seu tronco, alguns Baobás quando adultos são utilizados para abrigar os cadáveres de elementos das tribos africanas. Diz a lenda africana que, uma vez que o morto é sepultado dentro do Baobá, sua alma vive enquanto ela viver. Para que isto seja possível, primeiro é feito um buraco no tronco da árvore, colocado o cadáver em posição fetal e tamponado. Alguns viajantes dizem que certos Baobás são verdadeiros cemitérios do tipo "gaveta".
Segundo Barbosa (2009, p.9) o Baobá é uma árvore sagrada e gigantesca, senhora das áridas vastidões. Seu tronco é tão grosso que são necessários vinte homens de mãos dadas para abraçá-lo. Os galhos secos e eriçados parecem raízes em direção ao céu abrasador, como se ela tivesse sido plantada de cabeça para baixo.
Em algumas localidades, acredita-se que quem tomar chá feito de suas folhas nunca será devorado por um crocodilo. Por sua sombra acolhedora e pela capacidade de armazenar água, ela é também chamada de Árvore da Vida ou, simplesmente, de Mãe.
Segundo integrantes de tribos africanas, os Baobás "crescem rapidamente nos primeiros 270 anos de vida", e depois apenas um milímetro por ano. Eles devem repassar conhecimento de geração em geração. Os africanos costumam sentar e encostar-se ao tronco das árvores para contar suas histórias, para manter a cultura/memória de seus povos, esses homens são chamados de Griôs. Assim, como os Griôs, recorremos a nossa memória de educador para a prática docente e os conteúdos curriculares.
Fazenda (2006, p. 67) em relação à memória, lembra de que fazer uso do recurso da memória como possibilidade de releitura crítica e multiperspectivistica de fatos ocorridos nas práticas docentes, são instrumentos necessários para revermos os conteúdos do currículo escolar concomitante aos projetos interdisciplinares.
Se, lembrarmos de nossa escolarização nos anos 60, 70, ou, talvez não muito longe dos dias atuais, os negros, eram somente estudados como escravos de uma classe de brancos elitizados. As imagens quase não aparecem em nossa memória, ou, quase se perdem num jogo de cores caleidoscópicas na memória da história, dentro da história.

GRIÔ
Griôs é uma palavra abrasileirada pelo ponto de cultura Grãos de Luz e Griôs, de Lençóis, Bahia. Na tradição oral do noroeste da África, o griô é um (a) caminhante, cantador (a), poeta, contador (a) de histórias, genealogista, artista, comunicador (a) tradicional, mediador (a) político (a) da comunidade. Ele (a) é o sangue que circula os saberes e histórias, mitos, lutas e glórias de seu povo, dando vida à rede de transmissão oral de sua região e país.
Pode-se dizer que o fio da meada dessas narrativas é um caleidoscópio de difícil decifração. Juntos, as histórias contadas formam um prisma de muitas cores, formas, dizeres, leituras, reflexões que instigam questionamentos, ao mesmo tempo, constroem identidades, preenchem lacunas, permitem diálogos entre recuperar o vivido de forma diferente da qual foi vivida, torna o ontem em hoje, ao mesmo tempo e ao mesmo espaço, com perspectiva do amanhã. (FAZENDA: 2006, p.67)
Para Abramowickz (2006, p.5) o diálogo se constitui na mediação privilegiada na construção compartilhada de currículo. Aprender a participar significa aprender a dialogar e o diálogo permite aprender a criticar, aprender a organizar, aprender a aprender, criando currículo.

CURRÍCULO, IDENTIDADE E LEITURA
Para a curriculista Abramowickz (2006, p.4), quando se trabalha com projetos interdisciplinares, propomos que o ensino seja dialogado, a aprendizagem significativa e emancipatória, com propostas democráticas e o resgate do papel da escola na elaboração, desenvolvimento e implementação do currículo.
O veio participativo dialógico e democrático da construção curricular aponta para outra importante perspectiva no estudo do currículo, no novo século, que é multiculturalismo. Assim, se o currículo deve ser pensado a partir de seus protagonistas ele deve ser elaborado a partir das desigualdades, da diversidade de vozes dos diferentes grupos sociais. (ABRAMOWICKZ: 2006, p. 5)

Para Apple (2001, p.83) não é de surpreender que os estudantes reajam com, um envolvimento maior com a escola; sua criatividade começa a fluir e os professores conseguem ver o que tem de melhor. Carinho e respeito mútuo vão além das paredes da sala de aula, pois, este é o veio dialógico da construção curricular.
Quando os envolvidos nos projetos se vêem protagonistas o impossível acontece e a pesquisa toma forma de leitura e de escrita pela construção da identidade dos próprios envolvidos, sendo esta, uma das propostas dentro do currículo escolar, para a aprendizagem inteligente.
Para Ferreiro (2005, p.30) todas as crianças estão dispostas para a aventura da aprendizagem inteligente. Estão fartas de serem tratadas como infradotadas ou como adultos em miniatura. São o que são e tem o direito de ser o que são: seres mutáveis por natureza, porque aprender e mudar são seu modo de ser no mundo.
Interdisciplinaridade, Currículo e Cultura, são recursos utilizados na educação para ampliarmos nossos conhecimentos e nos construirmos leitores das próprias leituras, palavras e linguagem.
Fazenda (2006, p.31), lembra-nos de que a linguagem é um elemento constitutivo da realidade humana, que somente tem sentido no contexto da experiência humana global. E de que
A palavra preenche a vida. Sem ela, não há vida social, e, como imaginar a vida pessoal fora de uma vida social? ... a palavra é ambígua, no sentido em que ela diz e cala por sua vez. Ela diz o acessório, o que dizemos, mas, não pode dizer o essencial, nós mesmos (Delanglade: 1970, p.36 em Fazenda: p.31).
Para a autora é essa ambiguidade, entretanto que dá à linguagem a possibilidade de reflexão e de liberdade, pois a palavra nos revela uma tendência fundamental do próprio pensamento, e a liberdade está na escolha do indivíduo a quem dirige a palavra. Nossa escolha enquanto educadores são os projetos interdisciplinares.
Os projetos devem permitir que o aluno aprenda-fazendo e reconheça a própria autoria naquilo que produz por meio de questões de investigação que lhe impulsionam a contextualizar conceitos já conhecidos e descobrir outros que emergem durante o desenvolvimento do projeto. Nesta situação de aprendizagem, o aluno precisa selecionar informações significativas, tomar decisões, trabalhar em grupo, gerenciar confronto de idéias, enfim, desenvolver competências interpessoais para aprender de forma colaborativa com seus pares.

MANDALA, CULTURA E LEITURA










Mandalas são uma das linguagens que os africanos utilizam para se comunicar universalmente. Esta mandala, expressa nossos pensamentos, que se construiu de acordo com as atividades propostas e as leituras feitas. Nossas digitais são como as palavras escritas, para serem impressas na memória de cada participante como marca interdisciplinar. A parte inferior das árvores da mandala, onde se localizam as raízes, são os educadores, simbolizando os Griôs, aqueles que conhecem, mestre errante da palavra. Narrador, cantor e músico de memória fabulosa da África Ocidental. Recontam, em suas histórias, lendas e poesias, os caminhos e feitos gloriosos de outrora. BARBOSA (2007, p.16)
As folhas são nossos educandos, que ouvem sedentos nossas histórias, como os africanos os fazem ao redor das fogueiras e nos burburinhos das praças e mercados, em que suas histórias são repassadas de geração a geração.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Consideramos que a mediação do professor é fundamental, ao mesmo tempo em que o aluno precisa reconhecer a sua própria autoria no projeto, ele também precisa sentir a presença do professor que ouve, questiona e orienta, visando propiciar a construção de conhecimento do aluno. A mediação implica a criação de situações de aprendizagem que permitam ao aluno fazer reflexões, uma vez que os conteúdos envolvidos no projeto precisam ser sistematizados, para que os alunos possam formalizar os conhecimentos colocados em ação.
O trabalho por projeto potencializa a integração de diferentes áreas de conhecimento, assim como a integração de outras culturas para se redescobrir interdisciplinar. Considero que o projeto ser humano faz parte dos projetos educacionais, possibilitando ao aluno, construir identidade, expressarem seus pensamentos por meio de diferentes linguagens, assim como, diferentes leituras.
Interdisciplinaridade, Currículo e Cultura se vivenciam, e constroem pelas leituras e escritas, pela transmissão de outros Griôs, com suas linguagens e palavras, que ousam permanecer entre nós como Baobás, imortais.






REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA


http://muitodemim-marlene.blogspot.com/2009/03/baobas.html

ABRAMOWICKZ, Mere, Currículo e avaliação: Uma articulação necessária, Editora Textos e Contextos, Recife ? PE. Centro Paulo Freire: Bagaço, 2006.

APPLE, Michael e BEANE, James (Orgs.), Escolas democráticas, Editora Cortez, São Paulo 2ª Ed., 2001.

______, Ideologia e Currículo, 3ª. Ed. Editora Artmed, Porto Alegre 2008.

BARBOSA, Rogério Andrade, ABC do continente africano, Editora SM, São Paulo, 2009.

CASTANHO, Sérgio, CASTANHO, Maria Eugênia (Org.), Temas e textos em metodologia do Ensino Superior, Editora Papirus, 6 edição, São Paulo, 2001.

FAZENDA, Ivani Catarina Arantes, Interdisciplinaridade: qual o sentido? Editora Paulus 2ª edição, São Paulo, 2006.

FERREIRO, Emília, Passado e presente dos verbos ler e escrever, Editora Cortez, São Paulo 2005 2ª Ed.

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LAVILLE, Christian, DIONNE, Jean, A construção do saber ? Manual de metodologia da pesquisa em ciências humanas, Editora Artmed, Porto Alegre, 1999.

LIMA, Heloisa Pires, GNEKA Georges, LEMOS, Mário, A Semente que veio da África, Editora Salamandra, São Paulo.

SILVEIRA, Noêmio Xavier Filho, Avaliação do Enfoque Dominante de Currículo na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo de Santos, Revista, Educação: Avaliação, n◦2, Editora Cortez, São Paulo, 1981.