Para se ter uma idéia mais objetiva do impacto deste setor na economia do Brasil, a elevação na demanda final por produtos lácteos em um milhão de reais gera 195 empregos permanentes. Este impacto supera o de setores tradicionalmente importantes como o automobilístico, o de construção civil, o siderúrgico e o têxtil. (EMBRAPA GADO DE LEITE, 2004)
Um grande desafio para os produtores de leite é conseguir manter a competitividade e a sustentabilidade do sistema. Neste contexto a produção de leite a pasto se destaca, considerando-se os baixos investimentos em instalações, equipamentos, quando comparados com os sistemas de confinamento e menores custos de mão-de-obra e alimentação. Podendo, assim o uso de sistemas de pastagem, determinar a sobrevivência de muitos produtores nessa atividade. Além do aspecto econômico, a utilização mais racional das pastagens auxilia na preservação dos recursos renováveis e permite a produção de leite sob condições mais naturais
Vilela (1996) destaca que apesar da receita proveniente do leite produzido a pasto ser menor do que a do sistema em confinamento, a margem bruta tem sido superior. Em explorações bem manejadas, com forrageiras de alto valor nutritivo e produtivo, o retorno por vaca em lactação supera em 30% em comparação com o sistema de alimentação no cocho.
O projeto tem por objetivo propor uma expansão da atividade leiteira, já existente na propriedade, através do sistema de exploração intensiva de pastagens, além de mostrar a viabilidade proporcionada pela atividade.

JUSTIFICATIVA

A pecuária de corte ou leite se destaca como uma das principais atividades econômicas do país. Ela não é a que oferece a melhor remuneração, mas nem por isso deixa de ser atrativa, pelo contrario. Milhares de pessoas buscam a atividade como forma de investimento ou renda principal pela segurança que se tem. As margens dos ganhos são pequenas. Uma forma de obter lucratividade do negocio, é o efetivo controle dos custos da propriedade e o gerenciamento de como os recursos são aplicados no sistema de produção (Grecellé, 2010), permitindo continuidade de sua atividade produtiva de forma econômica.
Atualmente, a fazenda Ouro Branco, encontra-se com produção de 600 L de leite, em sistema semi-intensivo, tendo gastos elevados com a suplementação de concentrado e silagem de milho. Porém a fazenda pretende aumentar a produção de leite pra 2400 L/dia através da exploração intensiva de pastagens de mombaça em manejo de lotação rotacionada no período das águas e suplementação com cana de açúcar com uréia na seca. Com isso pretende-se além de aumentar a produção e a produtividade por área, diminuir os custos de produção.
No pastejo de lotação rotacionada, a pastagem é subdividida em um número variável de piquetes, que são utilizados um após o outro, podendo ser também com carga fixa ou variável. Este sistema é indicado para as propriedades que adotam a exploração intensiva da pastagem para produção de leite, de qualquer espécie forrageira, através da adoção de tecnologias como a correção e adubação dos solos, permitindo que o nível de produção de forragem seja alto e, conseqüentemente, as taxas de lotação sejam superiores a 2,0 UA/ha, pois é possível controlar o nível de desfolha e evitar o consumo da rebrota que ocorre em poucas horas após a desfolha, impedindo a redução do vigor da rebrota.
Este sistema de manejo de pastagens permite, além de um manejo mais fácil, uma maior oferta de matéria seca, uma menor seletividade animal, aumento da disponibilidade de folhas em relação às hastes, maior consumo de matéria seca, uma vez que a planta apresentando altura ideal e densidade de cobertura do solo, o animal se saciará mais rapidamente, diminuindo o tempo de ruminação, o que ocasiona menor gasto de energia do animal e aumenta a eficiência da alimentação, com maior produtividade.
A agropecuária passa por situações desafiadoras. Questões relacionadas ao uso da terra e da água, á conservação da biodiversidade e à emissão de gases de efeito estufa pressionam o setor para se tornar mais eficiente na exploração dos recursos naturais. A pecuária brasileira vem sendo criticada por emitir quantidades significativas de gases de efeito estufa, contribuindo para as mudanças climáticas. Essa critica se deve aos baixos índices zootécnicos verificados em sistema exploração animal baseado em pastagens degradadas ou que se encontram abaixo do seu potencial de produção. No entanto, pastagens produtivas e bem manejadas além de serem capazes de proporcionar ganhos superiores em produtividade animal, atuam no sequestro de carbono da atmosfera.
Assim, além de se constituir num sistema de produção de menor custo, proporcionando maiores lucros, a produção de leite a pasto tem um menor impacto negativo sobre o meio ambiente do que os sistemas confinados. Os transtornos provocados pelo acúmulo de dejetos provenientes de rebanhos leiteiros confinados e os custos elevados devido ao manejo e distribuição desses dejetos constituem sérios problemas em países e regiões que adotam tais sistemas de produção de leite
O processo de intensificação da produção de leite implica no emprego de forrageiras de elevada capacidade de produção de matéria seca e boa qualidade nutricional. Dentre as forrageiras exploradas no Brasil para produção de leite, destacam-se as espécies: Pennisetum purpureum cultivares Napier, Cameroom e Pioneiro; Panicum maximum cultivares Tobiatã, Tanzânia e Mombaça; Setaria sphacelata, Cynodon sp. Cultivares estrela, coast-cross e tifton sp e a Brachiaria brizantha cultivar Marandu. Para a propriedade a escolha foi o capim Mombaça, que tem boa adaptação em terras de media fertilidade, produz uma excelente quantidade de matéria seca (30T MS/ha/ano), tem uma ótima capacidade de rebrotação e além disso quando bem manejado tem uma capacidade suporte de ate 8UA/ha. A melhoria da capacidade suporte das pastagens possibilitará a maximização da exploração leiteira, sem ser necessário a abertura de novas áreas.
Para maximizar a produção de leite em determinados estádios de lactação ou, para obter produções diárias de indivíduos de elevado potencial leiteiro, é necessário o aporte suplementar de proteína e energia. Administrar ração concentrada a vacas leiteiras é uma prática bastante eficiente do ponto de vista nutricional, porém, eleva de forma considerável os custos de produção, justificando assim o fornecimento de concentrado apenas para vacas de maior produção.
Nas estações outono e inverno as condições climáticas, luminosidade, temperatura e umidade mais baixas, ocasionam a maturação da forragem com conseqüente decréscimo do seu valor nutritivo. Sendo assim, na estação seca do ano, fica impossível manter a mesma produção de leite obtida nas águas devido à baixa quantidade e qualidade nutricional das pastagens. Para não prejudicar a produção diária de leite da fazenda, os animais em lactação precisam ser suplementados, em nível de cocho, durante esse período, que varia de 90 a 150 dias por ano, através da utilização de volumosos, como a cana-de-açúcar corrigida com uréia e enxofre e o capim elefante, volumosos conservados, como silagens e fenos, e alimentos concentrados, grãos e farelos, para as vacas que produzem leite acima da média do rebanho.
Vários trabalhos técnicos têm mostrado que durante o período da seca, dentre as opções testadas de sistemas de produção de volumosos para alimentação suplementar de vacas em lactação, no Brasil, o fornecimento de cana-de-açúcar picada com uréia e enxofre, tem mostrado vantagens econômicas diante dos outros volumosos, como capineiras, fenos e silagens (NÚSSIO et al., 2000). Aguilar e Almeida mostram que depois da pastagem a cana com uréia é a alternativa mais viável:

Fonte: Aguilar e Almeida, 1998
Assim, a suplementação na seca com cana de açúcar mais uréia, garantirá volumoso para o gado.
Alem de mudar o sistema de produção investindo na exploração intensiva da pastagem, serão adquiridos mais 100 vacas prenhas da raça girolando, conseguindo com isso alcançar a meta de produzir 2400L/dia. Para isso espera-se que as vacas produzam em média 15L/vaca/dia.







DIAGNÓSTICO
Análise interna
Ponto fraco
Atualmente a Fazenda Ouro Branco possui 100 hectares de terra, sendo 12 % de área de reserva, 70 % utilizada para produção, dentre elas: casa sede, casa colono, curral, barracão, sala de máquinas, curral de espera, ordenha mecânica, pastagem de Mombaça, cultura de cana-de-açúcar, sala de armazenamento de medicamento e de resfriador de leite. Hoje a renda da propriedade é retirada pela venda de animais e venda de leite, esta obtida por ordenha mecânica.
Possui 60 vacas lactantes, retirando 600 litros por dia, o proprietário almeja aumento da rentabilidade da fazenda por meio da aquisição de animais melhorados geneticamente, remanejamento da pastagem, visando aumentar a produção de leite e sua qualidade (porcentagem de gordura no leite, proteína e carga bacteriana total), buscando a excelência do produto final para que tenha condições para competir no mercado.
Para que haja este crescimento na Fazenda Ouro Branco, o proprietário necessita de buscar empréstimos iniciais junto a empresas financeiras, onde seu retorno não será imediato. Os quatro funcionários da propriedade, não são motivados devido ao baixo salário oferecido, todo seu conhecimento e manuseio com as vacas foram adquirido na própria fazendo por meio de práticas repetitivas. Para realizar a ordenha mecânica há necessidade de capacitar os funcionários, a manusear adequadamente o equipamento para obter maior eficiência. Funcionários realizam a ordenha mecânica sem instruções de asseio, e correta limpeza de equipamentos pós uso. É indispensável o controle da higiene, este interfere em muitos pontos na qualidade do produto final.

Ponto forte
A Fazenda Ouro Branco tem um grande potencial para expandir seus negócios, está localizada no município de Bambuí, esta cidade tem suas fronteiras ao norte pelos municípios de Tapiraí, Córrego D?anta e Luz; ao Sul pelo município de São Roque de Minas; a leste, pelos municípios de Iguatama e Doresópolis; e a Oeste pelo município de Medeiros. Os acessos rodoviários a Bambuí dão-se por meio das rodovias MG-050, BR-354 e BR-262.
Esta localização permite fácil escoamento para o leite que será produzido na propriedade, por estar próximo de importantes laticínios que demandam toda a produção. A oferta de matérias primas para a produção também não tende a enfrentar problemas, já que a região é reconhecida pela exploração pecuária de leite, ou seja há grande oferta de preços para rações e insumos agrícolas no mercado regional.
O solo da propriedade é de média fertilidade, culturas tem um bom resultado de produção, favorecendo assim, uma melhoria na qualidade dos nutrientes oferecidos ao animal.
Na ordenha mecânica é realizado técnicas de manejo visando menor incidência de mastite (infecção da glândula mamária), onde este diminui a qualidade do leite. É feito um controle de higiene no local da ordenha.
O proprietário da Fazenda está estimulado em crescer e expandir seus negócios, devido ao aumento do preço pago ao produtor por um produto diferenciado. Após a aquisição de novos animais e aprimoramento da pastagem, a produção da Fazenda irá aumentar, a qualidade do leite melhorara devido o aumento ao remanejamento da pastagem e treinamento dos funcionários, o produto terá condições de competir no mercado, melhoria no preço pago pelo litro de leite devido aos laticínios e qualidade produzida, reduzirá a incidência da mastite entre os animais (maior controle da higiene, e realização do pré-dipping e pós-dipping), aumento da renda com a venda de bezerros machos e melhor aproveitamento da propriedade.

Análise externa
Nos últimos anos a atividade leiteira vem crescendo principalmente em países em desenvolvimento onde existem condições climáticas favoráveis, permitindo o pastejo dos animais na maior parte do ano, pois há uma redução nos custos com alimentação, mão-de-obra e de capital empregado, assim haverá uma migração da produção para áreas mais próximas ao mercado consumidor. No Brasil confirma-se essa tendência mundial, principalmente no cerrado.
Esta ocorrendo uma mudança no mercado, o pagamento passa a ser por volume, regularidade e qualidade, promovendo escala e profissionalização da produção primaria.
Com o aumento da população e da renda per capita, o consumo de produtos lácteos também irá crescer, assim a America latina tem condições de ofertar o produto ao mercado externo e interno. Com a conscientização dos consumidores e suas mudanças em seus hábitos, costumes, valores e poder de compra fazem com que os produtores tenham que se preocuparg com qualidade e higiene.
Segundo Zoccal e Gomes (2010) desde anos 90 há uma redução no número de produtores de leite. Os maiores produtores estão respondendo por parcelas cada vez maiores da produção nacional e os menores, por parcelas cada vez menores. A atividade leiteira não é mais caracterizada como sendo uma atividade típica do pequeno produtor.
O Brasil é um dos principais produtores, ocupa o 6° lugar em produção no mundo, sendo que em 2009 a produção foi de 27 bilhões de litros de leite, porém há uma concentração da produção nacional em poucos estados segundo (11° Congresso Pan-Americano do Leite, 2010). Apesar do volume produzido, devido à grande população e as distorções de preço no mercado internacional de lácteos, o Brasil é um dos maiores importadores mundiais.
A média de produção nacional é baixa em 2003 de acordo com IBGE são 1.177 litro/vaca/ano, tendo necessidade de investimento em vacas com maior produção e alimentação de melhor qualidade. Buscando sempre melhor produção com menor custo. Uma alternativa viável é a produção á pasto com suplementação de concentrado na época das águas e oferecer cana-de-açúcar com concentrado nas épocas da seca. A cana de açúcar vem sendo utilizada atualmente já que seu corte é feito em épocas onde a oferta de pasto é baixa ou inexistente.
A produção leiteira é extremamente dependente de matérias-primas de fertilizantes de mercados internacionais, comprando destes cerca de 60% do necessário, principalmente de potássio. O volume e os custos são dependentes das oscilações de preço do mercado externo. Como há necessidade de crescimento na produção há intensificação na produção pelo aumento de insumos externo como nitrogênio, potássio produtos agroquímicos, etc e assim um maior custo para produzir.
No Brasil há disponibilidade de terras, água, oferta de grãos, por isso quem investir na produção leiteira tem grandes chances de ter lucratividade a médio e longo prazo. Os investimentos devem partir dos governos, indústrias e principalmente pelos produtores.









CRONOGRAMA FÍSICO DAS ATIVIDADES


































CRONOGRAMA FISICO FINANCEIRO DAS ATIVIDADES



























PROJEÇÃO DE RECEITA


Produção: 72000 litros por mês.
Unidade de comercialização: litros.
Venda dos animais:
Vacas descartadas: R$30000,00;
Machos: R$1200,00;
Fêmeas de 1 ano: R$30400,00;
Valor total: R$68800,00 por ano.
Valor da unidade de comercialização: R$0,85.
Quantidade produzida a ser comercializada: R$864000,00.
Época de comercialização: ano todo.
ATIVIDADE PRINCIPAL: R$734400,00 por ano.
ATIVIDADE SECUNDARIA: R$68800,00 por ano.
TOTAL: R$803200,00 por ano.

CUSTO DE PRODUÇÃO

Gasto com energia: R$750,00 por mês.
Gasto com alimentação: R$9600,00 por mês.
Gasto com medicamento: R$500,00 por mês.
Benfeitorias (curral, sala de ordenha, casa sede, casa de máquinas, silo, bebedouros, cochos, saleiros e cercas): R$170000,00.
ITR: R$300,00 por ano.
Máquinas e equipamentos:
Trator: R$68000,00;
Picadeira: R$25000,00;
Tanque de expansão: R$80000,00;
Ordenhadeira mecânica: R$90000,00;
Botijão: R$3500,00;
Total: R$278500,00 com vida útil de 12 anos e valor residual de 10% do valor total.
Valor da terra: R$600000,00 (100 ha).
Mão de obra: R$4000,00 por mês.
Manutenção da pastagem: R$59384,34 por ano. Pastagem de mombaça com 46 há e vida útil de 40 anos, com valor de formação de R$72497,66.
Manutenção da cana-de-açúcar: R$4560,00.
Sal mineral: R$1161,60 por ano.
Área de cana-de-açúcar: R$24000,00 com vida útil de 5 anos.
Despesas diversas (óleo diesel, manutenção da ordenha): R$300,00 por mês.
Despesas com inseminação artificial: R$ 290,00 por mês.
Rebanho:
160 vacas em lactação: R$400000,00;
80 bezerras até 1 ano: R$80000,00;
41 novilhas: R$82000,00.
Total do rebanho: R$722000,00


ANÁLISE DE RENTABILIDADE

Custos fixos
Especificações
Valor atual
Vida útil
Idade
Valor residual
Depreciação
C.A. 6%
C.F. parcial
Terra
600000,00
-
-
-
-
36000,00
36000,00
Benfeitorias
170000,00
15
2
-
11333,33
8840,00
20173,33
Máquinas e equipamentos
278500,00
12
1
27850,00
20887,50
15317,50
36205,00
Mão de obra
48000,00
-
-
-
48000,00
2880,00
50880,00
Pastagem
72497,00
40
-
-
1812,44
4349,86
6162,30
Cana de açúcar
24000,00
5
1
-
4800,00
1152,00
5952,00
Rebanho
722000,00
-
-
-
-
43320,00
43320,00
ITR
300,00
-
-
-
300,00
18,00
318,00
Total
-
-
-
-
Cop F
87133,27
-
CFT
199010,63

Custos variáveis
Especificações
Valor atual
Energia
9000,00
Medicamentos
6000,00
Sal mineral
13939,20
Concentrado
115200,00
Manutenção
63944,00
Despesas diversas
3600,00
Inseminação
3480,00
Sub-total (cop V)
215163,20
CA
6454,90
CVT
221618,10

CT: R$420628,73.
CT me: R$0,49.

CV me: R$0,26.
CFT: R$0,23.
CopT: R$302296,47.
Cop Tme: R$0,34.
Rme: R$0.85.
RB: R$0,85 X 864000= R$734400,00.
RL: R$3313771,32.



Subproduto
Rme: R$0,85 + (R$68800/R$864000) = R$0,93.
RB: R$803520,00.
RL: R$382891,27.







RESULTADO E DISCURSÃO

A atividade apresentou um lucro supernormal, mostrando que a exploração da pecuária leiteira na propriedade se encontra em fraca expansão, tendendo a continuar na atividade a longo prazo.
Oferecer ao mercado um produto com qualidade, regularidade e volume faz com o preço seja maior que o pago aos demais produtores. Para a produção de 2400 kg de leite por dia produzido em piquete rotacionado na época das águas e suplementado com cana de açúcar conseguiu-se um valor médio de R$0,85, o custo total médio de produção é de R$0,49. A variação de lucro líquido nacional é de R$ 0,01 a R$ 0,05 de acordo com Benedetti, enquanto que o lucro conseguido foi de R$0,36 mesmo com todos os investimentos na formação e manutenção do pasto.
O custo total de produção é R$420628,73. Enquanto que a receita bruta por ano R$734400,00, o lucro anual é de R$313771,27 demonstrando que o sistema utilizado é viável ao médio produtor. A receita líquida do subproduto mais atividade principal gerou uma receita líquida de R$382891,27. A renda por hectare foi R$3828,92 levando em consideração toda a área da propriedade.
Segundo Fernandes (1996) citado por Benedetti, os custos com ração e/ou concentrados representam cerca de 40 a 60% do custo operacional variável, na propriedade o custo com concentrado foi aproximadamente 54% do custo operacional variável.
O custo variável total foi maior que o custo fixo total. Isso pode ser explicado pelo gasto com concentrado e manutenção das pastagens. Por ser um sistema rotacionado o custo com a manutenção da pastagem é alto, R$63944,00, pois para suportar a grande taxa de lotação e garantir que seja perene é preciso um excelente manejo, com a utilização de grande quantidade de insumos.
Apesar de haver uma tendência de aumento nos preços de insumos utilizados na produção de leite os preços pagos aos produtores tendem a aumentar. A produção de 2400 L de leite por dia é melhor que a produção já existente na propriedade de 600 L já que um aumento da produção provoca uma elevação menos proporcional no custo total de produção, sendo que maiores volumes de produção acompanham reduções dos custos médios, trazendo um maior retorno financeiro, pois o custo fixo de produção tem a tendência de diminuir.


CONCLUSÃO
A produção de leite em piquete rotacionado nas épocas das águas e cana de açúcar na época da seca é altamente rentável, uma maior produção dilui os custos além de aumentar o valor pago pelo litro, fazendo com que haja lucro supernormal e assim o investidor pode pagar os custos de produção e ainda expandir o negócio.























REFERÊNCIAS

BENEDETTI, A. Produção de leite a pasto no cerrado brasileiro. Resultados econômicos. Disponível em <http://www.editora.ufla.br/BolExtensao/pdfBE/bol_87.pdf>. Acessado em 30 de abril de 2010

VILELA, D.; ALVIM, M. J.; CAMPOS, O. F.; RESENDE, J. C. Produção de leite de vacas Holandesas em confinamento ou em pastagem de coast-cross. Revista da Sociedade Brasileira de Zootecnia, v.25, n.6, p.1228-1244, 1996.

Vilela, D.et. al. Comparação entre o sistema de pastejo em Crost-Cross e o sistema de confinamento para vacas de leite. In: Reunião Anual da Sociedade Brasileira de Zootecnia, 30. 1993, Rio de Janeiro, Anais

ZOCCAL, R.;GOMES, A. T. Mercado doméstico. Disponível em <http://www.agencia.cnptia.embrapa.br/Agencia8/AG01/arvore/AG01_484_217200392422.html>. Acessado em 23 de abril de 2010

Disponível em http://www.embrapa.gov.br Acessado em 04 de abril de 2010

11° Congresso Pan-Americano do Leite. Disponível em <http://www.congressofepale.com/files/presses/Texto_6__Presente_e_futuro_setor_lacteo.doc>. Acessado em 23 de abril de 2010