PROJETO DE INTERVENÇÃO: HANSENÍASE E DEMAIS INFORMAÇÕES PARA A EDUCAÇÃO SOCIAL

¹Fatima Gonçalves da Silva

 

²Graziella Dark de Oliveira

 

³Jaqueline Luíz Xavier

 

 

Resumo:

 

Este trabalho visou uma mudança de comportamento das pessoas em relação à hanseníase, através de um contexto informativo contribuindo para o tratamento precoce e a não transmissão da doença. Despertando desta forma a consciência da população, para a gravidade das seqüelas deixadas por esta doença quando não tratada ou tratada de forma ineficaz.

 

 

 

 

Palavra-chave: Hanseníase; educação social; profilaxia.

 

1,2,3Acadêmicas do curso de ciências biológicas Unimontes/Unaí sob orientação da professora orientadora de estágio supervisionado 4Angelita Aparecida Ferreira  e da professora regente 5Carla Henrique da Silva..

 

 

Introdução

Apesar de clinicamente conhecida por hanseníase desde 1976 esta é uma doença das mais antigas que se têm registros. Causada pelo bacilo de Hansen o Mycobacterium leprae ainda é uma doença que muitos ignoram até mesmo por não saber o grau da seriedade das sequelas por ela causada. A hanseníase foi durante muito tempo incurável e mutiladora, forçando o isolamento dos pacientes por ser altamente contagiosa, porém hoje já se sabe que tem tratamento e cura. A ausência da busca de informação em relação a esta doença ainda é muito grande, pois as pessoas vêem-na com descaso e preconceito, uma vez que esta está relacionada à lepra causando de certa forma “um pânico” em descobrir-se contaminado.

 E é diante da ausência desta busca de informação por parte das pessoas acerca da doença que se vê necessária uma busca intensa e um aprofundamento neste assunto que ainda hoje com tantas informações, é vista como um “tabu”, o que prejudica em muito a profilaxia e o tratamento.

Visando cumprir determinações da instituição Superior de Ensino e a Legislação que rege o Ensino Superior à lei, LDB 9394/96, para o Estágio Supervisionado do Curso de ciências biológicas e com o cronograma de atividades propostas pela pasta de estágio foi elaborado um projeto de intervenção, o qual foi desenvolvido neste âmbito escolar, por sua vez composto por alunos cursando o ensino médio e as estagiarias: Fátima, Jaqueline e Graziella acadêmicas do curso de ciências biológicas Unimontes/Unaí . O projeto vem de encontro a uma necessidade básica, relacionada á saúde publica e ao contexto social de nossa cidade, pois se sabe que ainda na atualidade somos alvo de muitos casos de hanseníase, para que alunos, por intermédio deste projeto possam desenvolver da melhor forma possível o seu papel enquanto cidadão crítico e consciente no meio em que estão inseridos sendo melhores preparados para as futuras dificuldades que serão encontradas por estes, onde intervirão positivamente na realidade que vivenciam.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Projeto de Intervenção: Despertando a consciência cidadã para a doença de Han (Hanseníase).

 

 

Atendendo as determinações da instituição Superior de Ensino e a Legislação que rege o Ensino Superior à lei, LDB 9394/96, para o Estágio Supervisionado do Curso de ciências biológicas realizamos o mesmo na Escola Estadual Delvito Alves da Silva, contando com a orientação da professora Angelita Aparecida Ferreira e supervisão da professora Carla Henrique da Silva. Após realizarmos a primeira etapa do estagio supervisionado nos deparamos com uma nova realidade familiarizada em relação ao contexto escolar ao qual estamos inseridas, diferentemente da primeira etapa realizada.

Refletindo na necessidade de fazer entender melhor esse papel pedagógico, nesse sentido, deve se realçar a importância da troca de experiências entre pares, por meio de relatos de experiência, de oficinas, de grupos, havendo assim uma soma de conhecimentos. Por sua vez quando compartilhamos conteúdos estruturados fora do contexto social do educando podemos considerar um depósito de informações emergente do saber popular. Portanto, é ai que se evidencia a importância da troca de experiência, conhecendo o aluno, enquanto indivíduo inserido num contexto social.

 

“No passado, o ensino como solução de problemas foi

 muito estimulado, principalmente como uma metodologia

 para desenvolver criatividade. Então importava

 a complexidade e a novidade da situação para a realização

 do trabalho. O conteúdo deveria ser atraente para envolver

 o aluno na solução. (CANDAU, VERA MARIA)

 

E partindo deste ponto de vista desenvolvemos o projeto de intervenção onde nosso publico alvo foram alunos do ensino médio com o intuito de tornar interessante conscientizar a comunidade a partir dos relatos de experiências vivenciadas pelos docentes da referida escola, através da realização de palestras, argumentações, depoimentos, exposições de cartazes dentre outros recursos para a divulgação a respeito do bacilo de Hansen o Mycobacterium leprae. O processo educativo transcorre de forma tranqüila quando se domina bem o conteúdo a ser trabalhado, uma vez que se faz necessário esclarecer dúvidas que possivelmente surjam à medida que o assunto vai sendo exposto no decorrer dos trabalhos. E no caso em questão surgiram dúvidas como: se a doença tem cura, a forma de contagio e o tratamento.

 A hanseníase tem cura, o tratamento é simples e relativamente rápido, não interrompendo as atividades cotidianas e os medicamentos são obtidos gratuitamente nos hospitais públicos espalhados por todo o país. Mesmo assim, observam-se, alguns dados relevantes da Organização Mundial da Saúde (OMS), divulgados em 2003, destacando o Brasil num desagradável ranking.

 

CONTÁGIO:

 

Quanto às formas de contágio a transmissão se dá no contato íntimo e freqüente com o doente, mas a maioria das pessoas é resistente à bactéria e as medidas tratamento.

“O coordenador do Instituto Lauro de Souza Lima, Diltor Vladimir Opromolla, informa que as condições sócio-econômicas, a alimentação e os hábitos pessoais interferem na contaminação. "Quanto maior o número de pessoas vivendo aglomeradas, como em favelas, maior o risco de contaminação", explica. O Instituto desenvolve pesquisas com hanseníase desde 1989. Antes disso, funcionava como asilo aos portadores da doença”.(SCIELO )

 

TRATAMENTO:

 

A falta de informação contribui para que as pessoas não procurem ou abandonem o tratamento, pois é uma doença como outra qualquer, a diferença é o preconceito. O primeiro sintoma é o surgimento de manchas dormentes, esbranquiçadas ou avermelhadas, sem sensibilidade ao calor e à dor. Sem o tratamento adequado, a bactéria atinge o sistema nervoso periférico, o que resulta em lesões motoras e deformidades irreversíveis que podem levar a amputação de extremidades. O tratamento pode durar de seis meses a um ano.

Durante a apresentação de cada etapa relacionada à doença, seja na forma de contágio quanto nas formas de tratamento os alunos se demonstraram bastante interessados em conhecer esta que é uma doença silenciosa e perigosa.

 

 

 

 

 

 

 CONSIDERAÇÕES FINAIS

 

O Estágio Supervisionado do Curso de ciências biológicas foi realizado na Escola Estadual Delvito Alves da Silva, sendo o mesmo seguido pelas normas da Universidade Estadual de Montes Claros, seguido de atividades propostas segundo está descrito no Desenvolvimento acima. A professora regente Carla Henrique da Silva, juntamente com a professora Angelita Aparecida Ferreira, orientou-me, acompanhou-me e avaliou-me. Enfim o processo ensino aprendizagem deve ser conciliado conhecimento empírico x científico obtendo um resultado significativo para o projeto de vida de ambos, para que seja um processo verdadeiramente educativo afinal “só aprendemos quando aquilo que aprendemos é significativo”. (PIAGET)

 

 

 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

 

CANDAU, Vera Maria. A didática em questão. 24. ed. Petrópolis: Vozes, 2004.

 

GADOTTI, Moacir. Boniteza de um sonho: ensinar-e-aprender com sentido. 1. ed. Curitiba: Positivo, 2005.

http://cienciaecultura.bvs.br/scielo.php?pid=S000967252004000100012&script=sci_arttext ) 04/07/2011 21:27