Introdução

O presente trabalho de pesquisa é referente a cadeira de Didáctica de Geografia I (DGI), que visa fundamentalmente analisar aspectos ligados com programas e manuais de Ensino do nível básico da disciplina de Geografia, bem como a contribuição do Pestallozzi no PEA.

O desenvolvimento do presente trabalho abordar-se-ão aspectos em alusão envolvido no tema em estudo que é “análise dos programas e manuais de ensino de Geografia” de abordagem geral nos factores que facilita a compreensão dos mesmos descrevendo-se em sua diferentes formas.

De salientar que, para elaboração do trabalho, o grupo recorreu a metodologia de consulta de algumas obras bibliográficas que versam sobre os temas nelas inclinadas e que tais obras estão referenciadas na lista bibliográfica. Como se não bastasse, tratando-se dum trabalho científico, importa salientar que, o trabalho está organizado textualmente da seguinte maneira: Dentro do trabalho abordou-se casos concretos sobre o tema em estudo e sua estrutura. Para tal o trabalho encontra-se dividido em três partes nomeadamente: a introdução, desenvolvimento e conclusão. na introdução, onde constam os objectivos e conteúdos do trabalho, no desenvolvimento, onde irão se abordar os conteúdos referidos na introdução e por último a conclusão, aqui onde constarão os desfechos dos conteúdos abordados no desenvolvimento.

 

 

 

 

 

 

 

 

1. Programa de ensino básico do primeiro ciclo

1.1. Programas de ensino da 10a classe

O modelo de estrutura do programa de ensino da 10a classe é Espiral, pelo facto de, neste, verificar-se a repetição dos conteúdos das classes anteriores, porém com abordagens diferentes. Por exemplo, na 8ª classe aborda-se aspectos relacionados com o clima mas, numa perspectiva geral. Nesta unidade apresenta-se os factores de clima numa visão genérica, sem ter em conta as regiões por onde esses factores actuam, de acordo com a sua localização geográfica.

Para o caso da 9ª classe, aborda-se, por exemplo, a unidade da população e, nesta, faz-se referência às características gerais, movimentos populacionais, movimentos migratórios, estrutura da população, sua distribuição, factores dessa distribuição, entre outros aspectos.

Para 10ª classe, as abordagens dos conteúdos são feitas duma forma específica e regionalizada. Neste contexto, os principais factores climáticos que actuam na região geográfica moçambicana são: a Latitude, Altitude, continentalidade, corrente quente do canal de Moçambique. Os dois últimos factores podem não se verificar noutros pontos do globo, sobretudo nos países localizados no interior. Quanto a unidade da população, ela é abordada de acordo com o contexto moçambicano, tendo em conta os factores físico-naturais e humanos que se manifestaram e, ou se manifestam nesta região. Segundo a abordagem dos conteúdos, o programa de ensino da 10ª classe é Regional pelo facto de abordar questões relacionadas a Moçambique. Por outro lado, é virada aos objectivos na medida em que os conteúdos programáticos cumprem com os objectivos estabelecidos. A título de exemplo, na Biogeografia de Moçambique sugere-se o estudo da fitogeografia (vegetação), suas características e distribuição geográfica. Pretende-se, com este conteúdo, que os alunos sejam capazes de caracterizar os tipos de vegetação do nosso país.Se partirmos do principio de que os elementos do conteúdo de ensino são: conhecimento sistematizados que referem aos factos geográficos, conceitos, teorias e correlações; habilidades que fazem parte das actividades práticas, hábitos, valores, atitudes, convicções; estrutura pedagógica que são os conteúdos que requerem uma sequência lógica e coerência interna, então, os conteúdos de ensino da 10ª classe reúnem esses elementos, senão vejamos: o estudo dos solos moçambicanos constitui um conhecimento sistematizado, pois que, nele, podemos encontrar o conceito de solo, a sua especificidade regional, tendo em conta os factores que o condicionam.O aluno, a partir desses conhecimentos, desenvolverá suas habilidades na medida em que será capaz de identificar um tipo de solo no qual se adequa uma determinada cultura. A partir daqui, o aluno ganhará hábitos, atitudes e convicções que permitirão melhorar a produção e produtividade da sua comunidade, contribuindo assim para o desenvolvimento sócio – económico e cultural.

O programa obedece uma estrutura pedagógica visto que os conteúdos obedecem uma sequência lógica e coerência interna na sua maioria.

Quanto a organização dos conteúdos de ensino, o programa apresenta: plano temático por estar dividido em unidades e suas respectivas subunidades. Mas também, apresenta um plano analítico uma vez que os conteúdos estão dispostos duma forma detalhada. Por exemplo:

Na primeira Unidade, a Geografia Física de Moçambique, tem o seguinte detalhamento ou subunidade:

  • Situação geográfica e cósmica;
  • Geologia;
  • Morfologia;
  • Climatologia;
  • Biogeografia;
  • Hidrografia.

    Na segunda Unidade, é a geografia económica de Moçambique com seguintes temas:

  • População;
  • Actividades económicas;
  • Agricultura;
  • Silvicultura;
  • Pecuária;
  • Pesca;
  • Industria;
  • Transporte;
  • Comércio;
  • Turismo.

Na terceira Unidade Moçambique e a SADC que envolve três subunidades:

  • Breve historial da SADC;
  • Países Membros;
  • Áreas de Cooperação.

O programa de ensino da 10ª classe ostenta os seguintes elementos: introdução; objectivos dispostos em geral e específicos; conteúdos programáticos; orientação metodológica; e recomendações sobre a avaliação. Isto confere a este programa de ensino um cunho mais completo ao nível dos elementos dum programa.

 

1.2. Análise crítica do programa de ensino de Moçambique, em relação ao do reino unido e França.

No Reino Unido, o ensino de Geografia parte do ensino secundário, de 7ª a 11ª classes, o primeiro ciclo e, 12ª classe o segundo ciclo. A 13ª classe é preparatória para o ingresso ao nível superior. Em Moçambique, o ensino secundário parte de 8ª à 10ª classes correspondente ao 1º ciclo e, 11ª à 12ª classes, 2º ciclo.

Portanto, nota-se uma diferença nas classes que compõem o 1º e 2º ciclo, entretanto, o programa de ensino de Moçambique não fica em desvantagem dado que o 2º ciclo que corresponde a 11ª e 12ª classes, é designado ensino pré-Universitário que prepara os alunos ao ingresso numa Universidade. Não só, como também existiam algumas instituições de ensino superior ao nível do país que optavam pelo ano propedêutico (ano zero) como forma de preparar e avaliar as capacidades dos candidatos para posterior selecção dos que reúnem os requisitos requeridos.

No reino Unido o ensino de geografia é obrigatório para o 1º ciclo, com duas aulas semanais de 40 minutos cada. Para Moçambique, a obrigatoriedade é a mesma, mas com duas aulas semanais de 45 minutos cada, facto que confere uma certa vantagem ao nosso país. Nota-se, portanto, uma semelhança quanto aos requisitos para o ingresso ao nível básico na cadeira de Geografia, visto que ambos os países têm a história como uma disciplina condicionante. A mesma situação é extensiva no ensino da Geografia na França, onde a Geografia está fortemente relacionada com a história desde a formação de professores até aos programas de ensino.

No Reino Unido, o professor é liberal, isto é, escolhe conteúdos a leccionar. Ao passo que, para Moçambique, o professor obedece o programa oficial estabelecido pelo ministério da Educação e Cultura. Neste contexto, pensa-se que esta Escolha de conteúdos a leccionar seja um aspecto negativo, na medida em que os conteúdos programáticos visam responder as necessidades da sociedade, Por outro lado, a Escolha livre dos conteúdos pode significar a selecção dos conteúdos mais acessíveis, em detrimento dos que não sejam de domínio do docente. A pensar nesses possíveis constrangimentos no processo de ensino e aprendizagem, Moçambique adoptou um programa de ensino oficial, com conteúdos e objectivos propostos nele patentes, no qual os docentes se baseiam nas suas actividades.

Um aspecto positivo do programa de ensino da França, reside no facto de o professor passar por um longo processo de obtenção de experiências nos vários campos educacionais após ter concluído a formação básica. Portanto, ele passa a trabalhar numa escola primária e, depois na inspecção e, finalmente, vai leccionar como formador do segundo ciclo do ensino primário de 6ª classe a 7ª classe classes. Este facto não é evidente em Moçambique visto que logo após a formação básica, os professores são imediatamente destacados para leccionar ou, para desempenhar outras funções no ramo educacional, como uma necessidade pela exiguidade de recursos humanos numa determinada área.

 O programa de ensino do reino unido apresenta duas unidades que constituem novidade para Moçambique, a saber: o desenvolvimento regional e; o meio ambiente. Pensa-se que estas duas unidades são importantes na medida em que põe os alunos a par dos processos de desenvolvimentos da região em que se encontram e, também o conhecimento do meio ambiente em idade ainda escolar, vai condicionar que os alunos saibam da necessidade de adequar o desenvolvimento sustentável à preservação dos recursos existentes, bem como do meio ambiente. Isto fará com que os alunos cresçam ecologicamente informados, o que reduzirá sobremaneira os problemas ambientais que hoje se verificam e constituem

Enquanto para o programa da 10ª classe de ensino de Moçambique composto por três unidades, a saber:

Constata-se, no entanto, uma diferença quanto as unidades temáticas nos programas dos dois países. A outra diferença reside no teor dos conteúdos no tempo para leccionação.

 

1.3. Relação existente entre a sequência dos conteúdos de programas e manuais de ensino

Os livros dos professores elaborados como complemento do livro de geografia do aluno para a 8ª,9ª e 10ª classe. Tendo por base o respectivo programa de ensino. Incluindo o programa de geografia para o nível básico.

Os programas de geografia para o ensino básico do 1º ciclo incluem no manual do professor por nos parecer que é um material que deve estar sempre á mão para poder ser consultado a qualquer momento pelo professor.

Neste trabalho apresentou-se de forma resumida alguns aspectos da 8ª classe relativo aos princípios da ciência geográfica, aos princípios especiais do ensino de geografia, aos métodos do ensino da geografia por serem aspectos bastante importantes e a ter em conta, tanto na preparação e na elaboração da aula.

Os manuais dos professores apresentam algumas sugestões sobro como tratar os conteúdos do programa de ensino e indicamos algumas propostas de respostas para o exercício que contem do livro do aluno enquanto o manual do aluno constata-se variáveis perguntas direita cujo objectivos. Algumas questões propostas não têm resposta. Que podem ser encontrados directamente no texto, neste caso pretende-se que após a leitura e as devidas explorações em sala de aula, o aluno se capaz de localizar e sistematizar com suas próprias palavras o tema desenvolvido.

As fotos, ilustrações e mapas utilizados no manual do aluno foram cuidados somente escolhido no para facilitar a compressão e promover uma ligação direita como texto.

As fotos, ilustrações e mapa devem ser observados tanto no momento da leitura como durante o trabalho com exercício no manual do aluno no fim aparece a cartografia de apoio.

No final surge um conjunto de grelha de registo do professor e a certa bibliografia que serviu de apoio de elaboração do trabalho.

 

1.4. Objectos gerais do ciclo (ensino básico)

Depois da frequência do ciclo o aluno deve ter uma crescente consciencialização acerca de oportunidades e constrangimentos que afectam os povos sob diferentes condições, naturais, económicas, sociais e politicas em cada lugar;

Desenvolver um vasto leque de capacidades e competências necessárias aplicáveis noutros contextos;

Desenvolver uma melhor compreensão da natureza das sociedades multi-culturais e multi- raciais contra quaisquer formas de preconceitos;

Compreender os processos que deram origem a diversidade dos padrões espaciais da superfície terrestre e o modo como estes influenciam o desenvolvimento das sociedades.

 

1.5. Programa da 8ª classe

O programa da 8ªclasse visa a formação integral dos jovens fornecendo instrumentos relevante para que se continue aprender ao longo da sua vida. Constatamos que o novo programa do ensino secundário geral, responde os desafios da educação, a segurando uma formação integral do indivíduo que se assenta em quatro pilares:

  • Saber ser;
  • Saber conhecer;
  • Saber fazer;
  • Saber viver junto com os outros;

Portanto respondem as ideias de Pestallozzi.

 

1.5.1. As unidades da 8ªclasse

1.5.1.1. Unidade I: A terra no universo.

Esta unidade está subdividida em quatro (4) conteúdos:

  • A evolução do universo;
  • Sistema solar;
  • Terra e os seus movimentos e
  • A importância do estudo do universo. 

 

1.5.1.2. Unidade II: terra e suas esferas. Também esta dividida em quatro (4) conteúdos. Sendo:

  • Introdução ao estudo da esfera;
  • A atmosfera e a biosfera;
  • A hidrosfera e
  • A litosfera

Na análise do programa e manual de ensino na primeira unidade constatamos que estuda a natureza e as leis que regem o seu desenvolvimento; a uma concordância do programa e o manual e as competências a desenvolver.

Verificamos que a carga horária é reduzida para esta unidade; sugeríamos que fosse o tempo nesta unidade.

As sugestões metodológicas fazendo análise do programa são úteis para orientar o professor na planificação e melhoria do PEA.

Os objectivos constantes dos programas constituem metas a serem alcançados pelos alunos com ajuda do professor ao longo de ensino de aprendizagem tendo em vista a mudança de atitudes, desenvolvimento de habilidade e competência para a vida. Assim para comprimento dos objectivos desta disciplina é importante que o professor planifique as aulas, tendo em conta o ambiente, a experiencia e a realidade concreta do aluno, bem como as condições reais da escola.

Sugere-se que na abordagem dos conteúdos que si tome os princípios didácticos gerais, como por exemplo: do simples ao complexo do conhecido ao desconhecido, da teoria e a prática.

 

1.6. Análise do programa e manuais da 9ª classe

No programa da 9ª classe, os conteúdos trata da componente humana do planeta do modo como o ser humano como está organizado como interagem com o suporte natural da terra como faz uso como tira proveito e si a própria dos elementos da natureza.

Seguidamente apresentarmos as unidades e os conteúdos tratados na 9ªclasse.

                   I.                       Unidade: Geografia humana e sua importância;

                II.                       Unidade: Agricultura e pecuária;

             III.                       Unidade: Indústria e comércio;

             IV.                       Unidade: Turismo;

                V.                       Unidade: Transportes e comunicação;

             VI.                       Unidade: Cidades.

A enumeração dos conteúdos na primeira unidade no ponto 1.2, A população e ambiente a numeração seria 1.8.2 como aparece no manual do aluno.

 

1.7. Contribuição de Pestalozzi no processo de Ensino e Aprendizagem

Johane Heinrich Pestallozzi, (1746-1827), ’’Elaborou sua proposta pedagógica retomando’’.

Pertenceu ao ambiente intelectual, e vivenciou momentos significativos da história do pensamento alemão particularmente, a formação em 1915 ’’Da confederação Germânica’’, tendo participado de movimentos de reformas políticas social.

Pestallozzi chamou atenção do mundo por sua acção como mestre, director e fundador das escolas, e suas obras são:

  • Leonardo e Gertrudes” (1781);
  • Como Gertrudes instrui seus filhos” (1801).

Suas ideias demarcaram uma vertente da pedagogia tradicional, denominada pedagogia intuitiva, cuja característica básica é oferecer dados sensíveis a percepção e observação dos alunos. Essa pedagogia fundamentava-se na psicologia sensualista, em que os representantes afirmavam que toda vida mental se estruturava baseando-se nos dados dos sentidos, tal como Roseau, Pestallozzi concebia a educação como processo que deve seguir a natureza e os princípios da liberdade, da bondade inata do ser e da personalidade individual da criança.

Concebia a criança como um organismo que se desenvolve de acordo com leis definidas e ordenadas, contendo em se todas as capacidades da natureza humana reveladas na unidade entre mente, coração e mãos.

De acordo com PESTALLOZZI, (1946) defende que “a educação não repressiva, o ensino como meio desenvolvimento de capacidades humanas, o cultivo do sentimento, da mente e do carácter. O seu propósito era de descobrir leis que propiciassem o desenvolvimento integral da criança. E para isso concebeu uma educação com três dimensões tais como: Intelectual, profissional e moral, estreitamente ligadas entre-se Educação intelectual resultante da organização das impressões sensoriais obtidas, na relação homem-natureza transforma as representações confusas em conceitos precisos e claros. O meio essencial da educação intelectual é a intuição, mais para Pestallozzi a intuição não se limitava à mera visão passiva dos objectos, a compilação das coisas, e se inclui a actividade intelectual por meio da qual eram criados os objectos.”

Educação Profissional por sua vez refere-se ao aprender trabalhando, fazendo, relacionando conhecimentos e actividades práticas, da mesma forma que actividade intelectual requer o exercício especial da mente, o desenvolvimento de habilidades exteriores, requer o exercício dos sentidos e dos membros.

Educação Moral ou Religiosa - considerada pelo autor a de maior significado, na formação do ser humano, em que consiste na formação de valores e de modos de agir coerente, sendo que sem fim, “ não é outro que o aperfeiçoamento o enobrecimento intelectual, autonomia moral”. (Pestallozzi, 1946:16).

Portanto o desenvolvimento humano deve estar articulada para isso, ele formulou seu método de ensino com alguns princípios tais como:

  • Partir do conhecido ao desconhecido;
  • Do concreto ao abstracto;
  • Do particular ao geral;
  • Da visão intuitiva à geral, cujo a base de este método foi a ideia de percepção sensorial.

Segundo PESTALLOZZI, (1946:63) afirma que “…a intuição da natureza é único fundamento próprio e verdadeiro da expressão humana porque é o único alicerce, do conhecimento humano”.

Por isso, o mais importante não é ensinar determinados conhecimentos, mais desenvolver a capacidade de percepção e observação dos alunos. Esse principio não era novo mais Pestallozzi acrescentou-lhe método pratico didáctico, recomendando que nas primeiras experiências de aprendizagem os objectos devem proceder as gravuras, e estas devem vir posteriormente auxiliando a criança na transição para o desenho, a escrita e a leitura, isto quer dizer que a partir dos objectos, das impressões pode se chegar a uma determinada ideia ou pensamento.

Os sentidos devem entrar em contacto direito com os objectos, depois o conteúdo do objecto observado se expressa em palavras permitindo actividade mental. Na crítica do método Pestallozziano, colocou em questão sua insuficiente fundamentação teórica e o memorismo do seu método.

Herbart apontou a necessidade de o professor ter uma teoria pedagógica para que sua prática não seja baseada somente na experiência pois esta embora importante, é insuficiente para promover o ensino eficaz (Gomes, 2003).

A pedagogia tradicional nas vertentes, Pestallozzianas introduziu na cena pedagógica a necessidade da sistematização do ensino, organização didáctica da aula visando conferir a sistematização e fundamentação ao trabalho do professor. Uma versão degradada da pedagogia tradicional, tem servido a um tipo de educação mecânica unilateral centrada na figura do professor e no conteúdo com o aluno ser passivo.

A tendência progressista colocou no centro da cena o aluno, todavia servindo a uma concepção liberal de educação reduzia a finalidade da educação aos interesses individuais promovendo a adaptação social.

  • Finalidade de educação: cultivo da mente, do sentimento e do carácter; formar o cidadão do futuro;
  • Centro: professor;
  • Ensino: promoção da percepção das coisas, objectos naturais por meio de contacto directo da e da intuição; pré-determinado, generalização, é retrospectiva visa ilustrar o conteúdo, o novo é novo apenas para o aluno não distingue o conhecimento e formação;
  • Conhecimento: organização das percepções sensoriais obtidas na relação com as coisas;
  • Aprender: processo espontâneo, actividade livre, o mundo e a natureza devem ser concebidas e deste modo conhecidas, desvendar a verdade, conceptualizar, definir e esclarecer.

O despeito das terias educacionais criticas, em opção a essas correntes, seu legado encontra-se ainda corporificado ainda as praticas pedagógicas escolares ao nosso meio, sobre tudo do ponto de vista didáctico, com variação na acentuação por parte dos professores e diversos elementos dessa teoria e do seu método. Sua investigação e compreensão contextualizada ainda é a tarefa importante para impulsionar mudanças didácticas na actividade docente que seja fundamental nas correntes críticas.

Essa tendência representou um progresso em relação as concepções e praticas educativas predominantes no fim do século XIX e principio do século XX ao defender o aluno como sujeito do PEA considerou suas individualidades e particularidades psicológicas, suas necessidades e interesses.

Toda via é criticada por visar a adaptação social reduzida a fins sociais, pragmáticos, o método de ensino a passos similares ao método investigativo positivista, o professor o mero investigador de experiencias os procedimentos de ensino a acções expontaneistas em função apenas do interesse dos alunos, tudo isto, põe o risco de uma forma esvaziada de conteúdos científicos assim como de sentido social crítico.

 

 

 

 

 

 

 

Conclusão

Feito o trabalho referente a análise dos programas e manuais de ensino da 8a, 9a e 10a classes, do ensino geral do SNE no que tange a cerca da contribuição de Pestallozzi no PEA. Os programas obedecem uma estrutura pedagógica visto que os conteúdos obedecem uma sequência lógica e coerência interna na sua maioria, e Quanto a organização dos conteúdos de ensino, o programa apresenta: um plano temático por estar dividido em unidades e suas respectivas subunidades. Mas também, apresenta um plano analítico uma vez que os conteúdos estão dispostos duma forma detalhada. Na análise do programa e manual de ensino na primeira unidade constatamos que estuda a natureza e as leis que regem o seu desenvolvimento; a uma concordância do programa e o manual e as competências a desenvolver.

Verificou-se, que a carga horária é reduzida para as unidades da 8a classe; sugeríamos que fosse o tempo nesta unidade.

As sugestões metodológicas fazendo análise do programa são úteis para orientar o professor na planificação e melhoria do PEA.

Os objectivos constantes dos programas constituem metas a serem alcançadas pelos alunos com ajuda do professor ao longo de ensino de aprendizagem tendo em vista a mudança de atitudes no desenvolvimento de habilidade e competência para a vida. Assim para comprimento dos objectivos desta disciplina é importante que o professor planifique as aulas, tendo em conta o ambiente, a experiência e a realidade concreta do aluno, bem como as condições reais da escola.

No que concerne aos conteúdos e programas de ensino, existe uma boa correlação, portanto, verificou-se uma divergência na organização de conteúdos no manual do aluno e o programa do ensino da 9a classe.

Bibliografia

CAMBI, Franco. História da Pedagogia. São Paulo, Editorial-Unesp, 1999.

EDY, Frederich, História da Educação Moderna, Porto׃ Globo, 1962.

GOMES, J.F. in׃ HERBART, F. J. Pedagogia Geral, ׃ Fundação Caloste Gulben Kian, Lisboa, 2003.

HERBART, F. J. Pedagogia Geral: Derivada Del fin de la Educacion, Barcelona׃ Editorial Humanitas, 1983.

MINED – MOÇAMBIQUE. Regulamento Geral da Escola do Ensino Básica. Maputo

DNE. 2003

Ministério de Educação e Cultura, Programas de ensino básico 8, 9 10 classe, 2008.

PESTALLOZZI, J. H. Antologia de Pestallozzi: Trad Lourenzo Lusoriaga. Buenos Aires׃ Editorial Lousada. S.A, 1946.

SILVA, Jose Juliao. Geografia-Livro do Aluno & Manual do professor 8ªclasse, editora plural porto-portugal, 2009.

Ibdem. Geografia-livro do Aluno & Manual do professor 9ªclasse, editora plural Porto-Portugal, 2009.

SILVA, José Julião. Geografia-Livro do Aluno & Manual do professor 10ªclasse, editora plural porto-portugal, 2011.