Profissionais do futuro terão que procurar habilidades Éticas

A necessária reflexão a qual iremos prestar traz à tona a prática Ética nas relações pessoais e profissionais. O que nos faz pensar que Ética é a Filosofia prática para acompanhar as evoluções tecnológicas?  Por que a clarividência Ética deve ser o provável alicerce para o futuro das Empresas?

De início, imagine que sua casa é uma empresa. As pessoas que residem nela, gozam dos frutos da Educação e colaboram para seu bom andamento. Em sua residência há vários processos administrativos a serem coordenados mensalmente. Bens materiais a serem cuidados e preservados. Investimentos de anos de labuta. Nos tempos atuais, quem você levaria para dentro de sua casa? A quem você daria liberdade para ter acesso à vida pessoal de sua ‘família empresa?’.

Sem lhes conhecer nobre leitor, sugiro que tu não levarias um ‘indivíduo qualquer’ para ter acesso a tua vida pessoal sem averiguação prévia.

Bem, se é difícil escolher alguém fidedigno para frequentar nossa ‘casa empresa’, que geralmente, por base, moram de 3 a 5 pessoas, imaginem uma Empresa com seus inúmeros ‘mil’ funcionários!

A quem daríamos um cargo de extrema confiança? Quais as regras para escolher um profissional não apenas capaz, mas, Ético? Ainda não inventaram o ‘antivírus’ para a doença da maioria dos atuais profissionais de diversas áreas. Vírus: o suposto excesso de capacidade e a falta de compromisso para com a Ética profissional. Esses são o casal perfeito para confundir os departamentos de recursos humanos.

As faculdades e universidades têm colocado no mercado de trabalho, profissionais mitologicamente ‘aptos’ às Empresas, porém, com pouco conteúdo no que se refere ao Caráter Ético. O que é Ética? Desconhecem. O choque é fatal! Pois, tais, entram e saem imaturos dessas instituições. Qual o problema? Não sabem lidar com a avareza, com a arrogância e ambição em demasia. Não tem espírito de liderança e não dominam os problemas simples, que implica contato pessoal com os próprios funcionários e, principalmente, com os clientes. A capacidade de desenvolver determinadas atividades não necessariamente está vinculada com a índole Ética do indivíduo.

Cito como exemplo atual, a quebra de sigilo das avaliações do processo seletivo do ENEM, (Exame Nacional do Ensino Médio). Que nível de profissional trabalha para aquela empresa? E se uma coisa puxa outra, como fica a imagem dela? E mais, quantas vezes isso aconteceu em vestibulares e concursos públicos sem a população saber? Quantos médicos, juízes, delegados, funcionários públicos etc., já foram ‘privilegiados’ por esta ação antiética?

É preciso que os profissionais do futuro comecem a enxergar a Ética como necessidade de sobrevivência, de evolução Social e Humana. Deixe de achar que inteligente é aquele que consegue mentir sem ninguém perceber. ‘Que o mundo é dos mais espertos’. De humanos assim, a ‘lata de lixo está cheia!’. Temos tido funcionários robôs, ou seja, capazes e eficientes, porém, inconfiáveis. Com vícios de ações individualistas, sem senso coletivo. Fênix?

A Ética é a Filosofia prática para o sucesso das Empresas por necessitar de Humanos. Estes terão que se reeducar, caso contrário, a vida que já tem sido feita de senhas e câmera será também de diplomas inúteis. O conflito começa aí, pois, não vem escrito em diplomas que somos Éticos. Não está identificado em nossa testa que somos Éticos. Não está em nossas roupas da ‘moda’. Não está em nossos documentos. Não está em nossas cortesias. Está em nossa Educação que independe do curso que estudamos. Existe diploma para Honestidade? Infelizmente serão raros os profissionais desse nível! As tecnologias pedem por reeducação dos hábitos o que não quer dizer que teremos que jogar fora nossa Instrução básica de cunho Ético. Se as tecnologias como um todo se desvincular da Ética, viraremos mais animais do que já somos. O desafio dos profissionais do futuro é buscar habilidades Éticas: disciplina, responsabilidade, maturidade, transparência e criatividade. Onde as encontrarão? Nas coisas mais simples que seus pais lhes ensinaram. E muitos deles nem diplomas tinham.