PROFESSORINHA
Publicado em 23 de agosto de 2010 por Alessandra Marques
Este texto é uma manifestação de indignação a respeito do título que algumas pessoas dão aos profissionais da educação. Pra quem não sabe sou professora do Ensino Básico e, mesmo não querendo, referem-se a mim como "tia". TIA ainda vai, mas PROFESSORINHA...! Por que não se fala também em medicozinho ou advogadozinho?
Assim como a enfermeira, o jornalista e o engenheiro, o professor também deve ter uma formação de nível superior, quer dizer, cursar a licenciatura para estar habilitado à prática da docência. É justamente o fato de ser uma licenciatura ? o curso abastardo da universidade, o que não se mistura com os cursos da elite ? que torna a docência uma profissão qualquer, ou a profissãozinha. A própria forma da palavra, grafada no diminutivo, enfatiza a inferioridade atribuída ao ofício de ensinar.
Antigamente os professores eram chamados de mestres. Tempos depois ficou o titulo de professor. E finalmente a nomenclatura mais falada e mais odiada: TIA!
Parece que a sociedade ainda tem uma visão estereotipada desse profissional. Quer ver? Fale o nome da profissão e peça, em seguida, para alguém descrever a imagem que criou em sua mente. Ah, aposto que a descrição foi de uma senhorita, de óculos, que carrega seus livros pra lá e pra cá e atende a seus alunos com carinho e atenção. Também ela deve escrever parabéns nos cadernos e deixar de castigo em um canto da sala os mais imperativos.
O problema não se concentra na intitulação, mas na conotação e preconceito que a palavra carrega. Preconceito que passa por uma questão importante, de muito debate, porém de pouca prática: a valorização do professor.
Valorizar-se deve ser a primeira exigência para que as pessoas adotem uma nova postura perante a figura do professor. E o que seria a auto-valorização? É pensar sobre sua prática diária na sala de aula. Pensar em formas de aprimoramento da formação profissional e pessoal. É também valorizar a pesquisa, os cursos de formação e pós-formação. Isso representa o primeiro passo para se tentar reverter a imagem deplorável das professoras, professores e "professorinhas" do nosso Brasil.
Assim como a enfermeira, o jornalista e o engenheiro, o professor também deve ter uma formação de nível superior, quer dizer, cursar a licenciatura para estar habilitado à prática da docência. É justamente o fato de ser uma licenciatura ? o curso abastardo da universidade, o que não se mistura com os cursos da elite ? que torna a docência uma profissão qualquer, ou a profissãozinha. A própria forma da palavra, grafada no diminutivo, enfatiza a inferioridade atribuída ao ofício de ensinar.
Antigamente os professores eram chamados de mestres. Tempos depois ficou o titulo de professor. E finalmente a nomenclatura mais falada e mais odiada: TIA!
Parece que a sociedade ainda tem uma visão estereotipada desse profissional. Quer ver? Fale o nome da profissão e peça, em seguida, para alguém descrever a imagem que criou em sua mente. Ah, aposto que a descrição foi de uma senhorita, de óculos, que carrega seus livros pra lá e pra cá e atende a seus alunos com carinho e atenção. Também ela deve escrever parabéns nos cadernos e deixar de castigo em um canto da sala os mais imperativos.
O problema não se concentra na intitulação, mas na conotação e preconceito que a palavra carrega. Preconceito que passa por uma questão importante, de muito debate, porém de pouca prática: a valorização do professor.
Valorizar-se deve ser a primeira exigência para que as pessoas adotem uma nova postura perante a figura do professor. E o que seria a auto-valorização? É pensar sobre sua prática diária na sala de aula. Pensar em formas de aprimoramento da formação profissional e pessoal. É também valorizar a pesquisa, os cursos de formação e pós-formação. Isso representa o primeiro passo para se tentar reverter a imagem deplorável das professoras, professores e "professorinhas" do nosso Brasil.