PROFESSORES VS ALUNO
Bendito seja aquele educador que executa sua arte e seu dom, na plenitude de sua importantíssima função. Elogiado seja aquele aluno que honrou e respeitou seu mestre e assimilou o máximo de informações adquiridas. Salvas essas exceções resta o desconforto do nosso pífio rendimento, muitas vezes, causadas por falta de investimentos ou por uso de métodos comprovadamente fracassados. Na verdade, nem todo professor que reprova é aprovado como bom educador. O bom mestre parece ter o dom, exerce liderança sobre turmas numerosas, consegue respeito por demonstrar educação, já que ele é responsável por educar. O bom aluno é uma parte de um todo, um funcionário de uma equipe e um liderado que respeita seu momento hierárquico, na esperança de um dia ser postulante, com condição de ser líder e ter o que e a quem ensinar. As ditas inocentes reguadas, beliscões, puxões de orelhas e ofensas morais de alguns professores contra seus alunos criaram verdadeiros monstros, que se sentindo desafiados, organizaram grupos e porque não dizer bandos, para agredirem e humilharem seus mestres, quase como uma desforra. Toda autoridade precisa ter vigília de controle sobre o poder e todo comandado precisa ter respeito e disciplina frente a seu mestre. Não é possível que a intolerância ocorra justamente onde se prega a educação como regra de conduta. Embora alguns professores tenham excedido sua autoridade e alguns alunos com má orientação tenham sido verdadeiros marginais no exercício de suas funções, carregando armas em suas mochilas e vendendo drogas nas instituições educadoras, não se pode generalizar e nem mesmo desestimular os filhos por medo da violência, muito menos os mestres com uma péssima remuneração. Somente a educação pode mostrar como não ser aliciado por mentes doentias. Não se podem criar professores VS alunos. Sem aluno não existe para quem ensinar e se ninguém aprender não se formará novos educadores, e quem pelo amor de Deus vai ensinar a mudar alguns vícios de nossa cultura? Tomara que o aluno acredite sempre que está sendo educado pelo melhor mestre e que o mestre acredite sempre que está educando um possível gênio, um possível notável, um provável vencedor, um grande homem ou apenas um dedicado aluno, graças à boa educação que ambos conduziram em equipe. Nunca fui um aluno brilhante, mesmo tendo testemunhado a competência dos meus educadores, que outrora eu não valorizava tal qual o estado hoje faz, mas vendo hoje alguns alunos percebo que consegui não ter sido tão ruim e ainda que fosse, teria exclusividade da culpa por não ter feito a minha parte, que era me doar e me predispor aprender.