Faculdade Mario Schenberg

Curso: Tecnólogo em Marketing

Aluno: Carlos André dos Santos Cavalcante

Professor Orientador: Lawton Benatti

  Produtos e consumidores de produtos de luxo no Brasil

O setor de luxo no Brasil vem crescendo e se expandindo continuamente, de forma a alavancar o mercado, devemos isso ao aumento na renda dos brasileiros e medidas do governo para facilitar a entrada de produtos importados.

STREHLAU (2008, p.1) Há Alguns anos, o mercado de luxo brasileiro se expandindo e ganhando notoriedade, com um crescimento estimado entre 30 e 35% ao ano desde 2000 e movimente cerca de US$3,9 bilhões.

Grandes empresas e marcas internacionais dominam esse mercado, investimentos grandiosos em divulgação e em linhas de produtos te esbanjam sofisticação e exclusividade.

STREHLAU (2008, p.1) Grupo Richemont, Swatch que possui diversas marcas, como Breguet, Longines, Omega e Clavin Klein, Armani e o Grupo Louis Vuitton Moet Hennessy são considerados altamente rentáveis e importantes.

Encontramos diversas outras marcas que se destacam em meio ao glamour e fama. Uma importante questão que diferencia o mercado de luxo brasileiro e seu crescimento constante e as forma de vendas que diferem de outros mercados internacionais, outros países não tem um costume comum usado aqui no Brasil, a compra parcelada ou a prazo.

Albuquerque, (2003) apud STREHLAU (2008, p.2) o mercado Brasileiro tem suas peculiaridades, uma delas é que quase 100% das vendas são parceladas, forma que não existe em outras partes do mundo.

Isso faz com que o número de pessoas que compram produtos relativamente “caro” para seu nível social cresça em sua maioria, com comprar parceladas a classe media alta com poder aquisitivo menor, pode usufruir de pequenos e caros objetos do desejo de todos.

  O Luxo

Como podemos definir o que é LUXO.

“luxo” vem do Latim LUXUS, “excesso, extravagância, magnificência”

Muitos acham que luxo é esbanjar dinheiro em coisas caras e sem valor real, que é um mercado consumidor formado por pessoas sem caráter ou escrúpulos pelo simples fato de que tem dinheiro e gastam sem pensar.

Porem, podemos definir luxo de varias outras forma e conceitua-lo sem que nenhuma ideia esteja totalmente correta ou errada as opiniões se divergem a respeito, segundo PASSARELLI (2010, p. 21) A resposta não é simples, porque não existe fórmula matemática estabelecendo as proporções dos diversos elementos que constituem o luxo.

Podemos analisar a questão do valor percebido pelo público consumidor de luxo e como ele registras essas informações, saber como esse valor é definido o que o motiva a consumir, segundo VASCONCELOS (2009, p. 42) O comportamento geral de decisão de consumo inicia-se com a percepção da necessidade.

Temos então, necessidade e desejos, não podemos tratar o consumo como apenas uma maneira de ficarmos satisfeitos com nossas necessidades, onde fica os desejos, esses que as vezes superam necessidades primarias. De acordo a pirâmide de Maslow que veremos a seguir, todos os seres humanos possuem necessidades, fisiológicas, de segurança, afeto, status e Eu.

                                       

Figura: 1 Pirâmide. Criada por Abraham Harold Maslow[1]

O que podemos destacar que mais se encaixa no consumidor de luxo é o Status uma idealização do que ele quer ser ou mostrar para a sociedade, segundo VASCONCELOS (2009, p. 47) Status – Aponta para a necessidade de afirmação e prospecção de imagem própria diante da sociedade. Os elementos que geram status podem variar de acordo com o grupo social.

Auto realização, é a necessidade que se destaca no ponto mais alto da pirâmide, vai além do que a sociedade tem a dizer sobre a pessoa, mas como ela pensa a respeito dela mesma. Segundo VASCONCELOS (2009, p. 47) Eu – o topo da pirâmide representa a auto realização, o que vai além da aparência do status. Sentir-se realizado é uma necessidade maior ao fim de uma longa caminhada de luta: trabalho, família, prestígio profissional etc.

Contudo podemos mensurar o luxo como, algo maleável que muda com o passar do tempo, depende da percepção individual do ser humano e de cada individuo e como ele se relaciona com o ambiente ou época seus grupo social e cultura.

Aspectos de marcas de luxo

Para que uma marca seja considerada de luxo não é só o valor alto de um produto que vai determinar seu status, muitos outros referenciais devem e serão levados em conta. Segundo STREHLAU (2008, p.42) O produto de luxo não é somente um objeto, reflete uma referência de gosto e, em geral, está obrigado sobre uma marca bem estabelecida.

Marca

Definindo marca, segundo a American Marketing Association (A.M.A) define marca como um nome, signo, símbolo, design ou a combinação destes com a intenção de identificar bens e serviços de um vendedor ou um grupo e diferencia-los da concorrência KELLER, (1998) apud STREHLAU (2008, p.42).

Para podermos elevar o nome de uma marca ao topo temos que fazer um ótimo marketing e divulgar a marca corretamente, diferenciar a marca dos demais concorrente e torna-la indispensável, inconfundível, de fácil conhecimento ao ser visualizado, com características próprias que a faça única, tem que ser mais que um produto vendido deve demonstrar que o consumidor o público-alvo e sua percepção de valor são diferentes dos demais.

Segundo STREHLAU (2008, p.49) A marca funciona como um indicador de atributos que poderão ser avaliados somente durante o uso, ou até mesmo após o consumo.

Não podemos definir como cada consumidor de luxo vai reagir e perceber o valor agregado na escolha que fez sobre a marca, como sua percepção pode não levar em conta a questão da aparência e sim da qualidade ou o seu uso e atributos, cada uma vai ter uma definição diferente e agir para suprir seus desejos.

 O mercado de luxo paralelo

O mercado da copias e imitações também faz parte do cotidiano Brasileiro. Todos com certeza ouviram falar da Rua 25 de Março ou Galeria Page, os centros de vendas de produtos paralelos “copia e falsificação”.

Segundo STREHLAU (2008, p.49) a prática da falsificação é um fenômeno antigo, porém assumiu características como um setor da economia somente nas ultimas décadas do século XX.

Um mercado lucrativo que movimentas bilhões e vem crescendo e se modernizando, hoje encontramos centenas de itens falsificados no mundo, dos mais simples, como camisetas, bermudas, bonés e roupas em geral até eletrônicos como notebook, celulares.

O produto com maior índice de falsificação no Brasil é o óculo com cerca de 40 % do mercado e são 10 milhões de unidade apreendidas por ano.

Segundo STREHLAU (2008, p.101) com base em dados da Interpol a falsificação é o crime mais lucrativo do mundo e movimenta anualmente cerca de US$ 522 Bilhões, supera o tráfico de entorpecentes.

Por que o Brasileiro consome tantos produtos “piratas”, será o preço atrativo dos produtos que chegam a custar metade do valor do produto original e dessa forma o consumidor obtém o item tão desejado e sonhado, que por outros meios não poderia comprar. 

Segundo STREHLAU (2008, p.110) a particularidade no mercado de luxo é que sua compra não gera desapontamento, porque os consumidores recebem dicas, como preço e local de venda, que lhes dão certeza que o produto não é original.

Levando em conta esse pensamento que compra produtos de luxo, pode querer esbanjar ou simplesmente ter o melhor e tão desejado item, levando em conta a marca ou design exclusivo dos produtos que não são todos que podem ostentar.

Observando o lado do desejo do consumidor de luxo de produtos “Falsificados” vemos que, ele leva em conta a marca e o status que ela vai proporcionar.  Segundo STREHLAU (2008, p.113):

O papel da marca de luxo em falsificação é muito interessante, pois, geralmente, o consumidor escolhe a marca antes do produto. A marca é um sinalizador do conteúdo Fashion, e se um consumidor compra uma marca falsificada, é porque ela representa, embora em graus diferentes, a que está sendo copiada.

  Considerações finais

Como podemos verificar em alguns aspectos dos produtos e consumidores de luxo, podemos mensurar a quantidade de dinheiro gasto nesse mercado, que cresce e toma mais espaço. Diante de tantos produtos elegante e extravagante ofertados, a necessidade de status, auto realização e desejos dos consumidores aumenta a passos largos, mais e mais, rapidamente o luxo abrange uma fatia maior de mercado a cada ano.

E para aqueles que querem, mas não podem acompanhar o “preço” do que é exclusivo e luxuoso, resta enganar-se com pequenas contentações de produtos que carregam a tão sonhada marca, um mero nome ou símbolo que parecer ser tão melhor do que realmente tudo que tem de bom para oferecer, trocar verdades por um pouco de fantasia e ostentar algo que no fundo, lá no fundo do seu interior você sabe que está se enganando.  

Todos sabem que enquanto tivermos consumidores para um determinado produto, seja ele, correto ou incorreto, original ou falsificado o mercado só tende a crescer e se fortificar, mesmo que tenha que ser escondido, encobertados nos fundo de uma loja, esparramado nas calçadas ou mesmo nas lojas nobres em bairros ricos ele não vai sumir ou enfraquecer. Como podemos modificar a forma de pensar e o consumismo que atinge a população, um vicio que aumenta e a medida que o tempo passa não acaba só se transforma e sofre mutação para outro tipo de “Droga de Luxo”.

Referências Bibliográficas

STREHLAU, Suzane. Marketing do luxo. ed1º. São Paulo: Cengage Learning, 2008.

PASSARELLI, Silvio. O universo do luxo. ed 1º. São Paulo: Manole,2010.

VASCONCELOS, Luciene Ricciotti. Planejamento de comunicação integrada.ed1º. São Paulo: Summus, 2009.

                           



[1] Figura: 1 Criada por Abraham Harold Maslow, imagem retirado do artigo elaborado por  Daniel Portillo Serrano, acessado dia 05/10/2013 20h55min.

Fonte online: http://www.portaldomarketing.com.br/Artigos/maslow.htm