Eleições 2014

 

Acompanhando o pleito de 2014, algumas questões afloram. Fica latente que a maturidade política é algo almejado, porém ao meu ver ainda distante já o processo eleitoral brasileiro está anos luz a frente dos que acompanho pelos noticiários, salvo o americano, que embora complexo para nós é mais justo e representativo, estando correlatos divergem, em um debate pobre, cheio de estratégias pouco interessantes e de gosto duvidoso e como bem colocou Delfim Neto, propaganda para vender sabonete o debate principal ficou adiado.

Coloco em voga situações corriqueiras que o país enfrenta e gostaria de ouvir, de verdade propostas, no mínimo de caminhos a percorrer.

Lembro que o sucesso de todas as eleições não se dá pelos eleitores, nem pela justiça eleitoral, ou pelo sistema moderno de urnas eletrônicas e criptografia ou mesmo pelo controle rigoroso do policiamento, se dá pelo milhares de brasileiros que, durante oito horas doam seu precioso tempo para garantir a soberania do país, guardando o sigilo a ordem e o rigor do direito, contraditoriamente obrigatório do voto, pouco lembrados quando um ou outro vence, o mesário é que verdadeiramente garante a credibilidade da eleição, ele que acorda cedo, confere e dá credibilidade ao processo, ao mesários de todo o país fica a singela homenagem e o relato de um que por 16 anos colabora com o processo e podendo acompanhar a evolução descobri, no decorrer desses anos o que descrevi, o que garante que esses números divulgados pelo TSE só são reais devido a esses indivíduos que de fato, em sua maioria são cidadãos e não citadinos, isso dito volto ao tema central.

O que fazer com o país? Antonino Pinto Mascarenhas, tinha uma teoria sobre os seres humanos, no que tange a produção de bens e serviços que era quanto ao viáveis e os inviáveis que a Lady Tacher resumiu em uma frase, que se me lembro dizia que para cada pessoa que recebe sem trabalhar, uma outra tem que trabalhar para que ela receba, logo, quando transferimos renda sem que haja contrapartida, por tempo demasiado, sem planejamento de repositório para o sistema previdenciário, no longo prazo o problema se agrava, sobretudo no país que perde sua juventude para o tráfico e para mortes no trânsito cada vez mais jovens e torna a população economicamente ativa do país cada vez mais velha e com menor propabilidade de contribuir para os que virão a se aposentar por um determinado espaço de tempo a questão é, se essa gestão ou governo não criar uma estratégia real de compensação do seu tão importante, é fato, programa de transferência de renda, que gere recuperação de valores monetariamente para o sistema previdenciário estaremos fadados a quebradeira de fato do instituto de previdência.

O país sofre com aproximadamente 6% da população vivendo abaixo do nível da pobreza, esse dado é alarmante dado que isso ocorre a mais de 20 anos, ou seja, mesmo com todo alarde em torno do progresso social a pobreza absoluta não diminui ou seja a eficiência e questionável ou o modo de buscar esse beneficiário e ineficaz.

Lembrei Lady Tacher propositadamente, dado que a mesma acumulou inimigos, sobretudo entre os trabalhistas, dado o rigor que lidava com greves, esse mérito o governo da Dona Dilma tem, nas manifestações ela agiu de maneira coerente com o passado militante e acatou, embora pouca solução tenha visto, as exigências por assim dizer da massa.

O fenômeno social mundial vivido com o avanço das redes sociais que tem trazido a luz da contemporanedade a primavera islâmica e processos revolucionários mundo afora também traz a tona uma situação interessante que é o debate aberto, o confronto de idéias, mas o cerceamento de divulgação de dados e a tentativa de tolhir a liberdade de imprensa em qualquer aspecto e ditatorial e retrogrado e um prescedente perigoso para uma nação que a pouco era governada por uma junta militar.

O processo de renovação do país passa por rever as politicas públicas e saber que quem gera renda na economia real são as famílias e seu consumo e trabalho retroalimentando o sistema logo se inibirmos o investimento das empresas na geração de renda e remuneração das famílias na economia, corremos o risco de em determinado espaço de tempo estrangularmos a economia como um todo, criando um processo de recessão com desemprego de capacidade produtiva, assim os indivíduos verão como consequencia o desemprego, diminuição do poder de compra salário e inflamação do diminuição de oferta dado a diminuição da capacidade de produção gerando um ciclo vicioso e agravado pela conjuntura recessiva externa.

O país deve se ocupar de desvendar os mistérios que separam o nosso povo tão capaz de uma educação adequada, e afastar nossa juventude desse mundo pérfido, consumista e demasiado erotisado que rouba a nossa infancia cada vez mais cedo, e proibi nosso jovens de trabalhar e não dá condição real de estudo.

Ando saudosista dos cursos profisionalizantes da então Escola Estadual Padre Augusto Horta que tanto contribuiram para a formação do caráter e da capacidade de paraopebenses de várias gerações e da disciplina que advinha de nosso queridos mestres de outros tempos, em especial, e para não ser injusto, citarei a saudosa professora Célia Barbosa, que sempre elegante e com seu ar aristocrático e professoral cansou de citar o dicionário Lelo da língua portuguesa e de riscar, invariavelmente em vermelho meus textos primários, pretenciosos de fato, o que obviamente me deixava fulo, mas que hoje já maduro, entendo o esforço em especial a tentativa frustrada é verdade, de melhorar a minha letra com seu presente de primeiro semestre da sétima série do antigo primário, um belo caderno de caligrafia que até pouco tempo ainda tinha, como bom rebelde silencios,o guardado como recordação com todas as páginas em branco oxidado pelo tempo.

Boa sorte ao novo velho governo e lembrando algumas máximas sobre política de alguns pensadores antigos, que peço ao leitor incauto e revoltado com minha ousadia que identifiquem seus autores e colaborem com minha memória prejudicada por problemas de saúde.

1 - o preço de não se envolver nos processos políticos e o de ser governado por alguém menso capacitado do que você;

2 – dá para enganar todo mundo parte do tempo, alguns o tempo todo, mas não dá para enganar todo mundo o tempo todo;

3 – políticos são como fraldas, de tempo em tempo temos que troca-los pelo mesmo motivo;