Cristiano Gress

Objetivo: Analisar a prevalência dos aspectos qualitativos de uma avaliação sobre os quantitativos no processo de ensino e aprendizagem no primeiro ano do Ensino Médio, por meio de levantamentos literários, A FIM DE CARACTERIZAR A APRENDIZAGEM COMO UM PROCESSO DE SIGNIFICAÇÃO

Objetivo específico: comparar o processo de ensino e aprendizagem tecnicista / behaviorista com a perspectiva sociointeracionista / behaviorista

Numa perspectiva Freiriana, poder-se-ia parafrasear o Educador dizendo que a educação não tem o poder transformar a sociedade, sem ela tampouco a sociedade mudaria. Para ele e muitos dos educadores hodiernos, educar é um processo de uma constante troca por meio do diálogo. E nessa parceria e relação entre o docente e o discente aprendem um com o outro, há uma rica e contínua troca de aprendizado de valores e conhecimentos.

Conforme Freire, o processo de ensinar e aprender entre educador e educando não é mero ato de retransmissão de conceitos onde o professor é detentor absoluto de todo saber, mas ambos são pessoas com trajetórias e histórias subjetivas, onde cada um deve ser reconhecido como tendo um emaranhado complexo de individualidades, à partir de sua história, seus aspectos biológicos, sociais, da sua cultura, do modo como sente e se relaciona com o seu entorno, sua forma de se comunicar e se expressar e ser gente, afinal.

Assim, esse processo envolve uma constante comunicação entre o conteúdo do currículo, que é mais formal e que já vem proposto por cada rede de ensino e os saberes individuais, informais e únicos de cada sujeito da educação: professor e o estudante.

Segundo Freire, 1996, a partir da prerrogativa de que todos têm direto ao acesso e permanência nos espaços de educação, pode-se dizer que, o ensino é um processo que demanda estudo, pesquisa, valorização dos saberes dos alunos, aceitação dos diferentes tipos de saberes, dos aspectos culturais, históricos e sociais. É saudável, portanto, que se tenha boas doses de tolerância, razoabilidade, despojamento e a idéia de que é possível mudar, compreendendo que é preciso de envolvimento, segurança, profissionalismo, doação de si e a concepção de que a educação é uma maneira de modificar o meio.

É pela educação, dessa forma, que se consegue mudar e melhorar o lugar onde se vive. Haja vista que estamos vivendo uma época de crise e mudança em todos os níveis e ambiente. É necessário intervir, portanto, nesse meio enfatizando os múltiplos saberes e capacidades, a fim de procurar desenvolvê-los.

 

A hodierna sociedade onde a maioria das pessoas sofre influência nas novas tecnologias e da rede mundial de computadores requer uma atenção especial, principalmente no que tange a prática da educação. Pois o acesso à informação não caracteriza necessariamente a apropriação de conhecimento. Mas, o que muitas vezes ocorre é que se fica numa noção superficial do que se recebe de informação. E a figura do professor é central nesse processo pedagógico onde ele se torna o mediador e orientador na busca pela significação de conhecimento e é protagonista no desenvolvimento dos educandos como seres pensantes, sempre levando em conta o contexto sociocultural e cognitivo. É preciso que o educador ensine de um modo inovador, partindo dos interesses e das noções que o aluno já tem.

Conforme Becker apud Hoffmann, 2009, no lugar de um professor simplesmente que repassa informações e de um aluno que só recebe passivamente o que se lhe infere e que acredita ter aprendido, a educação problematizadora propõe uma inversão pontual de papeis, onde o educando tema possibilidade de oralizar o que pesquisou ou sabe. Como diz Blaise Pascal, não há ninguém tão sábio que não tenha algo pra aprender e nem tão tolo que não tenha algo pra ensinar. Nasce daí a compreensão dialética da educação problematizadora.

 Assim, educação é um montante de ações, processos, influências e mecanismos que interferem no pleno desenvolver do indivíduo e do meio social em que se contextualiza.  Esses são os processos de formações que são objeto de estudo da Pedagogia e das Ciências da Educação. A área da educação é muito vasta porque acontece em família, no convívio social, no trabalho, nas relações políticas e via meios de comunicação, como afirma Nivagara, 2011.

A aprendizagem como caminho pelo qual o sujeito absorve conhecimentos de conforme a situação propõe o que pode ocasionar uma alteração de comportamento. Considerando o ponto de vista de Vygostsky, é importante que o indivíduo coexista com a cultura em que se insere, já que a mesma pode proporcionar a ampliação de competências e habilidades que antes não existiam no mesmo quando nasceu fazendo com que sua aprendizagem se torne mais fácil.

Coadunando com Campos, 2004 a assimilação de conhecimentos pode ser um artifício pelo qual uma atividade começa ou muda conforme a situação, contanto que as peculiares dessa modificação das ações não sejam reflexas de condições temporárias do organismo, causadas, por exemplo, por cansaço, medicamentos, drogas, entre outros.