Faculdade Nossa Cidade - FNC

Curso: Administração de Empresas

Nome: Ariane Caroline Silva Albino

Orientador: Prof º Lawton Benatti

Processo de Benchmarking Como Ferramenta Para Inovação

O termo benchmarking originou-se no Reino Unido na agrimensura e referia-se a determinados marcos de referência cotas de terreno, e passou a ser usado no mundo industrial como “a contínua busca por melhores práticas, dentro e fora das organizações acelerando a aprendizagem e elevando as vantagens competitivas sustentáveis".

O que é benchmarking?

Pode-se definir o termo como um processo contínuo de serviços, atividades e práticas de uma empresa em relação aos concorrentes melhores colocados no mercado, a essência do benchmarking consiste na ideia de que nenhuma empresa é melhor em tudo que faz, e isso nos leva a refletir que sempre tem alguém no mercado que faz algo melhor que nós.

Assim nós ficamos mais centrados nos pontos de referência que queremos medir, sugerindo um processo estruturado de identificação daquilo que queremos melhorar, um processo de melhoria interna e um processo de aprendizagem contínua, uma vez que não se trata de uma aplicação direta à empresa, mas sim de adaptação de melhores práticas do processo à cultura de nossa própria empresa.

Segundo Spendolini (1993, p. 10) benchmarking é “um processo contínuo e sistemático para avaliar produtos, serviços e processos de trabalho de organizações que são reconhecidas como representantes das melhores práticas, com a finalidade de melhoria organizacional.” É tido como processo contínuo por ser gerencial e de auto aperfeiçoamento, precisando ser contínuo para ser eficaz, uma vez que as práticas da indústria mudam constantemente.

O estudo obedece a um método que analisa e compara as práticas internas e externas e, até mesmo documenta uma declaração de diferenças significativas, ou seja, uma declaração verbal de medição das melhores práticas da indústria que devem ser implementadas para se atingir superioridade e embora seja de natureza qualitativa, descreve a oportunidade de adição de melhores práticas.

De acordo com Waqued (2002), “as práticas podem ser quantificadas para mostrar uma medição analítica da diferença entre as práticas. Esta quantifica o tamanho da oportunidade. Esta métrica constitui com frequência a medição franca desejada pela maioria dos gerentes”. Porém, o benchmarking não é apenas uma investigação de medidas da função empresarial externa, mas uma investigação para determinar que práticas estão sendo usadas para assegurar eficácia e superioridade e quais delas atingem as medidas necessárias. Ele também não é apenas um estudo da concorrência, mas um processo de determinação da eficácia dos líderes da indústria através da medição dos seus resultados.

O Benchmarking pode ser realizado em produtos, serviços nos processos que entram na fabricação desses produtos. E pode também ser aplicado a todas as práticas e métodos de processos de apoio para se levar de forma eficaz esses produtos e serviços aos clientes e satisfazer suas necessidades. Assim, fazer benchmarking não é difícil. No entanto, ele requer uma quantidade suficiente de planejamento do projeto, instrução no processo, tempo da qualidade, suporte à equipe e fundos.

De todos os requisitos, o tempo da qualidade é o mais crucial. No final, o benchmarking torna-se uma maneira de se fazer negócios, uma vez que ele força uma visão externa para assegurar a precisão da fixação de objetivos. É uma forma de abordagem gerencial.

Ele obriga testar constantemente as ações internas em relação aos padrões externos das práticas da indústria. Promovendo o trabalho em equipe e dirigindo a atenção para práticas empresariais que visam a manutenção da competitividade, ele consegue remover a subjetividade da tomada de decisões.

Podemos dizer também que há uma ligação do planejamento estratégico com o benchmarking. Pois, elaborar estratégias empresariais implica no reconhecimento do ambiente no qual a organização se encontra, e o benchmarking como uma prática que subsidia a gestão facilita o fluxo contínuo de novas informações para uma empresa.

“Benchmarking é um processo de medida sistemático e contínuo”. Nesta afirmação, Robert C. Camp (1993, p.8) propôs uma descrição simplificada de benchmarking, caracterizando-o como um processo positivo e proativo por meio do qual uma empresa examina como outra realiza uma função específica a fim

de melhorar como realizar a mesma ou uma função semelhante. Sendo assim, o benchmarking busca dois tipos de informações: medir a excelência do processo e as atividades capacitadas que produziram resultados.

Benchmarking é uma simples comparação do desempenho de uma empresa em determinadas áreas com performance de outras firmas no mesmo setor ou com empresas classificadas como competidores de classe mundial em funções especificas e operações. Assim ajudando outras empresas nas suas inovações com outras palavras um aprendizado com outras pessoas (organizações).

 Princípios Fundamentais do Benchmarking

1. Reciprocidade

O Benchmarking é uma prática baseada em relações recíprocas, na qual todos os participantes beneficiam da partilha de informação.

2. Analogia

Consideram-se processos semelhantes ou análogos, quando há uma transferência de conhecimentos entre os parceiros do estudo.

3. Medição

O Benchmarking é uma comparação de desempenho entre empresas, que passa pela compreensão das razões que explicam os melhores efeitos e diferenças em relação às empresas líderes. Os sistemas de avaliação e as ferramentas utilizadas nessa análise, está sujeito aos indicadores selecionados.

4. Validade

A fiabilidade dos estudos pode ser regularizada por procedimentos estatísticos. Os participantes não devem ter confiança na sua intuição ou em hipóteses que poderão pôr jogo as causas das conclusões do Benchmarking.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS

Administração de produção e operação: manufatura e serviços : uma abordagem estratégica / Henrique L. Corrêa, Carlos A. Corrêa. - 2. ed. - 5. reimpr. - São Paulo : Atlas, 2010.

SPENDOLINI, M. J. Benchmarking. São Paulo: Makron Books, 1994.

CAMP, Robert C. Benchmarking: o caminho da qualidade total. 3. ed. São Paulo: Pioneira, 1998.