PROBLEMAS DO DIA A DIA.

O termo problema já traz em si a sua própria definição, ou seja, uma dificuldade que exige uma solução.

Vários são os problemas com os quais nos deparamos e que nos exigem soluções que por vezes teimam em não aparecer.

Todo problema é grande, especialmente para quem o têm e, nele envolvido, não consegue enxergar a um palmo do nariz.

Por isto mesmo, quando temos um problema devemos, se possível, buscar um ombro amigo para fazer um desabafo, para amenizá-lo, como diz naquela, música “encoste sua cabecinha no meu ombro...e conte todas as suas mágoas ....”.

Roberto Carlos diz em uma de suas canções, “Tenho às vezes vontade de ser novamente um menino e na hora do meu desespero chamar por você, te pedir que me abrace e me leve de volta pra casa...”

Feliz é aquele que têm um ombro amigo para, nele recostado, desabafar suas mágoas e minimizar os problemas que insistem em permanecer com a gente.

Filosofias à parte, problemas existem para serem enfrentados, pois todas as vezes que damos de ombros eles voltam com o tamanho dobrado na próxima vez em que reaparecem.

Assim já que enfrentá-los se faz necessário vamos fazer uma metáfora deles com um passatempo de números chamado sudoku.

Tentemos resolver um sudoku difícil ou muito difícil e logo seremos levados a abandoná-lo, tamanhas são as dificuldades em solucioná-lo.

Assim, imaginando se tratar de um problema real, vamos tentar solucioná-lo, imaginando onde poderemos inserir um número, nos vários quadrados que estão em branco, para serem preenchidos.

Como na vida real, a solução de um sudoku demanda um planejamento de enfrentamento onde devemos medir as consequencias e o efeito dominó que uma solução inadequada ou mal pensada pode nos trazer no futuro.

Não devemos procurar ver, antecipadamente o resultado do sudoku, como nao podemos fazê-lo na vida real.

Às vezes quebramos a cabeça tentando resolver um problema e não conseguimos visualizar uma possível solução, mas não devemos desistir de continuar buscando uma solução.

Podemos e devemos, conforme o tamanho do problema deixá-lo de lado por algum tempo, mas devemos voltar sempre decididos a enfrentá-lo, pensar nas várias soluções que se possam apresentar para resolvê-lo.

Como no sudoku, as vezes temos duas ou mais soluções possíveis para um problema e, neste caso, temos que imaginar os desdobramentos que a solução adotada poderá nos trazer no próximo problema a ser resolvido, tentando dentro de todas as formas possíveis resolver um problema, sem criar outros no futuro, como no preenchimento dos espaços em branco do sudoku.

Quando antevermos um problema futuro devemos tomar todas as medidas possíveis a nosso alcance para evitar que ele venha a ocorrer e, se ele vir a acontecer, deveremos, como num sudoku, enfrentá-lo com determinação e jamais desistir de tentar resolvê-lo.

O importante é que na soma final das soluções adotadas o número de acertos sejam sempre maiores que os erros cometidos.

E se nos depararmos com uma situação em que, apesar de todos os esforços não encontremos uma solução, que nos lembremos da história daquele sitiante que ganhou de um amigo três cachorros e que os amarrou ao seu carro de bois para levá-los para sua propriedade.

Um dos cachorros relutava em ir, mas ia arrastado, e bastante machucado, acabou chegando lá. Já o outro ia andando, não opondo muita resistência, mas mesmo assim chegou lá muito cansado e o outro, vendo que tinha que ir ate lá, pulou na carroça e, como os outros também chegou lá, porém sem muito sofrimento.

Por outra também não devemos reclamar demasiadamente dos nossos problemas.

Paulo Coelho nos conta uma historia de um monge que procurado por uma multidão, cada um preocupado com uma solução seus problemas determinou que todos escrevessem seus problemas em um pedaço de papel e fossem colocando estes papeis em enormes cestos e assim no dia seguinte voltaria para solucioná-los.

Quando voltou disse que cada pessoa deveria remexer os papeis e pegar um problema e se este fosse maior que o problema que a pessoa tinha, que o colocasse de volta no cesto e voltasse para sua casa e, rapidamente todos voltaram para casa conformados com os seus problemas que eram bem menores que o problema dos outros.