Desde que o mundo é mundo se enfrenta problemas ambientais, o homem por si só já poluía alterando o meio ambiente a sua volta visando seus interesses. E como não tinha recursos para desenvolver métodos de análises desses problemas, não podia mensurar o quanto sua interferência impactava no meio ambiente, e em sua saúde, diferentemente de hoje que dispomos desses recursos, mas estamos ainda pesquisando como aplicá-los para minimizar esses impactos.

A proposta dessa atividade, muito interessante por sinal, é de analisar os problemas ambientais enfrentados por todos nós, até os dias atuais, em virtude das atividades econômicas.

Analisaremos, também, se realmente é prejudicial e se a preservação do meio ambiente pode-se conciliar com os desenvolvimentos tecnológicos, e, tantas outras atividades econômicas.

As atividades empresariais são grandes responsáveis pela degradação do meio ambiente, em especial as indústrias. Prova disso, já podemos perceber quando vemos na história da Revolução Industrial.

É no período que decorre entre os anos de 1800 e 1920, que a economia se torna na primeira ciência social a atingir a sofisticação quantitativa, até então limitada às ciências naturais. Notadamente, é partir desse período que acontece uma série de transformações, dentre tantas podemos destacar algumas e seus impactos, como:

  • Continuadas melhorias nos meios de transporte e comunicação – desenvolvimento do caminho-de-ferro; o telégrafo, o serviço postal cada vez mais rápido, e o telefone facilitavam as comunicações de curta e longa distância;
  • As melhorias nos processos de produção promoviam a produção em grandes quantidades e com melhor qualidade;
  • O desenvolvimento das embalagens determinou a evolução da prática habitual do embalamento;
  • A crescente industrialização e novos hábitos urbanos ajudaram a criar um novo tipo de consumidor que o afastou do antigo consumidor/produtor dos próprios artigos que satisfaziam as suas necessidades na época;

Todos esses processos de "melhorias", assim vistos na época, vindas dessa revolução, sem analisar como afetaria o meio ambiente e a sociedade, só gerou seu desgaste e degradação. Todo esse processo era motivado pela alta concorrência em produzir mais e melhor. E na época, ainda não existia a preocupação com nenhum tipo de poluição ou devastação.

Cada empresa tem potencial diferente de impactos, são as atividades que exercem e o seu tamanho, assim como a intensidade é que determinam a proporção de poluição liberadas no meio ambiente e, até mesmo dentro das organizações.

A indústria é a empresa de maior potencial poluidor. (Apostila FGV Online). Isso porque, além da produção e descartes de materiais tóxicos nas proximidades da fábrica e, em comunidades vizinhas, assim como, a emissão de gases pelas máquinas que são altamente prejudiciais à saúde, poluindo assim as águas, o solo e a camada de Ozônio.

Grandes são os impactos de toda essa revolução até os dias de hoje. Há uma errônea mentalidade de que, a natureza é infinita, acreditando-se que é eternamente renovável. Vários estudos têm alertado que tanto a população da Terra quanto seus níveis de consumo crescem mais rapidamente do que a capacidade de regeneração dos sistemas naturais.

A população, em conseqüência dos avanços tecnológicos, seja, na medicina, ou na produção de alimentos e outras áreas, cresceu em altas taxas. E simultaneamente, a produção de mercadorias descartáveis fez com que o lixo, produzido por essa população, virasse um problema, inclusive como é nos dias de hoje, assim vemos nos aterros sanitários e a falta de fiscalizações no tratamento desses.

Os impactos ambientais tornaram-se globais e chega a um patamar que poderá comprometer a sobrevivência da espécie humana. Viu-se, então, um desafio estratégico para as nações no novo milênio.

Como são muitos os problemas gerados pelas interferências das atividades humanas no meio ambiente, gerando prejuízo ao ecossistema, é necessária uma mudança de hábitos e valores. Com isso têm surgido ONGs para disseminar essa consciência de preservação, e buscar soluções plausíveis para melhorar e restaurar o planeta para gerações futuras.

Algumas ONGs tiveram contribuições importantes por meio de movimentos ambientalistas nesse contexto, e temos verificado, embora ainda seja pouco, um grande crescimento da preocupação ecológica em vários setores da economia e da sociedade, norteados pelas conferências mundiais a respeito do meio ambiente e que refletem, ao longo do tempo, a evolução da consciência ambiental no mundo moderno discutidos por diversas nações, como aconteceram em:

ü1902 - Convenção Européia para Proteção aos Pássaros Úteis à Agricultura;

ü1949- Conferência das Nações Unidas – Conservação e utilização de recursos naturais;

ü1954 - Conferência das Nações Unidas – População;

ü1960 - Convenção sobre a responsabilidade civil no domínio da energia nuclear;

ü1972 - Conferência de Estocolmo;

ü1988 - Criação do IPCC – Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas;

ü1992 - Rio-92;

ü-1997 - Conferencia das Partes de Quioto;

ü2002 - Rio+10;

ü2009 - COP 15 - Conferência de Copenhague;

üE já está prevista uma nova conferência no México, em Dezembro de 2010.

Essas metas pré-determinadas nos acordos feitos nas conferências, já têm surtido efeito em alguns países, como na Alemanha, onde pesquisadores, cientistas e empresas já elaboram juntamente experimentos que possibilitam utilizar, por exemplo, o hidrogênio como energia para substituir os motores tradicionais dos automóveis e que não agrida ao meio ambiente, pois, não emitirá gases poluentes. E isso, já é não somente um experimento, mas já se planeja vender os carros a hidrogênio a partir de 2015.

E como tecnologia gera tecnologia, há concomitantemente um desenvolvimento de infra-estruturas, com bombas de gás hidrogênio nos postos de abastecimento sendo criado na Alemanha e 13 companhias de petróleo e gás no Japão já anunciaram planos semelhantes. Dessa forma, os veículos a gás hidrogênio não poluirão o ar como os demais combustíveis existentes hoje.

Outra preocupação, que destaco, são os serviços no setor de saúde, pois produzem lixo e esgoto contaminado, gerando contaminação para as comunidades vizinhas, sendo todos esses dejetos despejados sem qualquer fiscalização ou punição, interferindo assim na qualidade de vida de todos ao redor.

Para que tenhamos, efetivamente, a melhoria nas práticas e na conscientização da população é preciso que os governantes coloquem em prática as metas estabelecidas e assinadas nas conferências mundiais, senão, de que adiantará?

Para que haja efetivamente solução, ou o mais próximo disso, seria fazer valer as leis existentes hoje com as devidas fiscalizações por órgãos competentes, através de aplicações de penalidades às empresas e a veiculação de uma campanha deconscientização das comunidades, tanto para preservares, quanto para denunciarem qualquer irregularidade, assim como fizeram com as normativas de recolhimento de tributações federais, por exemplo, o Pis e Cofins.

Vou destacar aqui em alguns tópicos, algumas possíveis soluções:

ØNo caso das indústrias – que são as maiores poluidoras, seria incentivo em pesquisas ou convênios com centros de pesquisas em desenvolvimento tecnológico para tratar seus resíduos tóxicos. Um exemplo, seria a utilização da mais nova tecnologia em Autoclave – máquina que utiliza o ozônio para esterilizar qualquer material e em menor tempo-, seria redução de custos com energia e processo reduzido em horas de trabalho, o que em um processo comum de esterilização é feito por dois à três aparelhos diferentes. Este aparelho foi criado pela empresa Brasil Ozônio está, ainda, em processo de registro pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para liberação.

ØAinda no caso de fábricas de papel – utilizar outros recursos naturais que, possivelmente, seriam descartados no lixo, para fabricar papéis, como no caso de papéis feitos com açaí e peixe. Seriam o pó do couro do peixe e os pelos do caroço do açaí esse tipo de pesquisa foi utilizada por pesquisadores do Instituto Nacional de Pesquisa da Amazônia (Inpa). E, com isso inibiria os desmatamentos, quiçá extinguiria.

ØBuscar alternativas, através de muita pesquisa, para se chegar num resultado que beneficie á todos. Como, por exemplo, a descoberta do biogás para iluminação e funcionamento de motores, pelo Centro de Nacional de Referência em Biomassa (Cenbio) da USP, que utiliza o gás metano produzido pela decomposição do lixo nos aterros sanitários na cidade de São Paulo. Isso trará um menor gasto de águas, podendo futuramente equilibrar o que hoje vemos como escassez e impacta todo o mundo. (Revista FAPESP, pág. 81)

Bem, vimos que é possível e, entendemos que essa conscientização deve ser total, ou seja, cada indivíduo, cada empresa ou governo deve assumir sua parcela de responsabilidade e fazer vale cada dia em busca de soluções para um planeta melhor.


Ainda há esperança, onde existe inteligência, há esperança. Basta usá-la.

Não há razões para ficar de braços cruzados esperando a natureza se revoltar, pelo contrário, é preciso repensar os hábitos, valores, e ir em busca de soluções, cobrar das autoridades envolvidasprincipalmente nessas conferências mundiais, onde tanto se discute e pouco se tem visto realizar em prol de uma vida mais saudável para todos, não somente para alguns, que na verdade não existe para alguns, e sim, para todos, pois toda ação gera uma reação, e vem para todos.

Uma vez que, o planeta sofre agressões, toda a humanidade paga por isso. Prova disso podemos perceber nas mudanças de climas que afetam a todos, com tantas viroses novas no ar, e em todo lugar.

Pesquisas provam, por A mais B, que é possível substituirmos as formas existentes hoje de exploração da natureza por uma alternativa que beneficiará á todos, o meio ambiente principalmente.



Referências Bibliográficas:

  • FGV Online (Brasil). Graduação Tecnológica em Processos Gerenciais. Administração do Meio Ambiente: Módulo 1 - 2010.
  • Finitude da Humanidade. FGV Online,2009.
  • Ciência e Tecnologia no Brasil Disponível em http://revistapesquisa.fapesp.br/?art=3995&bd=1&pg=1&lgAcesso em 10 Março 2010.