PRINCÍPIO METODOLÓGICO ANALÍTICO-SINTÉTICO: LIMITES E POSSIBILIDADES NA INICIAÇÃO ESPORTIVA

Diego Ciquelero



Resumo: O presente artigo buscou por meio de uma pesquisa bibliográfica, elucidar algumas dúvidas sobre o princípio metodológico analítico-sintético, seus limites e suas possibilidades na iniciação esportiva. No principio analítico-sintético, apresentam exercícios que partem de elementos especiais (Técnico, Táticos ou Condicionais), em primeiro plano o aluno conhece, os componentes técnicos do jogo através da repetição de exercícios de cada fundamento técnico, acoplados a series de exercícios, cada vez mais complexos e mais difíceis. Á medida que o aluno passa a dominar melhor cada exercício passa-se a praticar uma nova seqüência a ele apropriada. Desta forma, o método analítico-sintético pode limitar o desenvolvimento da criatividade destes alunos, pois deixa uma formula pronta para cada problema de jogo, onde às vezes nem sempre é a melhor saída para tal problema, portanto quando este jogador formado entra em uma fase que o coloca em situações reais de jogo, ele deixa a desejar, pois não encontra saídas para tais problemas e erros que por ventura venha a ter. Consideramos que os professores da iniciação esportiva em geral devem ter conhecimento básico dos princípios metodológicos a serem proporcionados em suas aulas/treinos, na escola bem como em escolinhas de iniciação esportiva, pois estes têm uma relação com o aprendizado do aluno, com a seleção das atividades motoras a serem propostas, com as diretrizes pedagógicas, com a idéia que se tem da formação do aluno/atleta.

Palavras-Chave: Principio Analítico-Sintético, Limites, Possibilidades


1 INTRODUÇÃO

Neste artigo encontraremos com a magia, esta magia sendo a mais fabulosa e encantadora procurada entre todas as dimensões deste meio, proporciona a uma grande parcela da população mundial a alegria, entre outros sentimentos inexplicáveis. Estes nos trazem para o inicio dos movimentos no esporte. Desta maneira buscando mostrar os principais mecanismos usados pelos professores/treinadores, para que seus atletas tenham uma maior coordenação motora, e que o esporte neste caso na iniciação esportiva, ganhe uma maior mobilidade/desenvoltura.
A escolha que um professor faz, por um determinado método de ensino na Iniciação Esportiva é de grande importância para o sucesso do praticante no processo de ensino-aprendizagem-treinamento. O método escolhido deverá facilitar o ensino-aprendizagem, bem como preparar o iniciante para o processo de treinamento, sem torná-lo maçante ou desmotivante. Deve ainda proporcionar situações-problemas ou oferecer tarefas a executar que estejam adequadas à capacidade do aluno, propiciando-lhe, momento de prazer e alegria (GRECO, 1998).
Conforme DIETRICH et al., citado por Greco (1998), alguns princípios norteiam a metodologia de ensino dos jogos esportivos, que são:

A expressão de diferentes teorias e objetivos pedagógicos e psicológicos que os transformam em fundamentos de organização para se chegar aos métodos de ensino-aprendizagem- treinamento. Na discussão da metodologia do jogo, dois procedimentos pedagógicos, apoiados em diferentes teorias psicológicas fundamentalmente divergentes, comprovaram-se relativamente resistentes e expressivas: o principio analítico-sintético e o principio global-funcional.

No principio analítico-sintético, apresentam exercícios que partem de elementos especiais (Técnico, Táticos ou Condicionais), em primeiro plano o aluno conhece, os componentes técnicos do jogo através da repetição de exercícios de cada fundamento técnico, acoplados a series de exercícios, cada vez mais complexos e mais difíceis. Á medida que o aluno passa a dominar melhor cada exercício passa-se a praticar uma nova seqüência a ele apropriada.
O presente trabalho visa diminuir as dúvidas dos amantes do esporte dentro deste contexto queremos problematizar quais os principais limites e possibilidades encontrados no treinamento de iniciação esportiva com a utilização do método Analítico-Sintético.

2 PRINCIPIOS METODOLÓGICOS CLÁSSICOS

Como salienta GALATTI, L. R e PAE, R.R (2007).

As primeiras tentativas de sistematização de métodos para ensino de modalidades esportivas coletivas se deram por volta da década de 1960 e foram inspirados nos métodos já estruturados de modalidades esportivas individuais, sobretudo do atletismo. Tais propostas provinham de uma visão fragmentada do processo de ensino do esporte: se no atletismo cada parte do movimento da corrida de um atleta era ensinado separadamente, no esporte coletivo passou-se a ensinar e treinar cada fundamento do jogo de forma isolada, considerando que a partir das partes o aluno ou atleta aprenderia ou refinaria o todo.

Entretanto, o fato de um jogador saber executar os movimentos e fundamentos do jogo de forma isolada não garantia condições de responder aos problemas apresentados pelo jogo, sobretudo aqueles de ordem tática, que permeiam todas as ações do jogo, inclusive as técnicas. Desta forma, para GALATTI, L. R e PAE, R.R (2007) a partir do final da década 1970 e início da década de 1980, surgem autores como Bayer (1976) na França, Bento, Garganta (1993) em Portugal, os autores do Teaching Game for Understanding (década de 1990) nos Estados Unidos e Thorpe, na Inglaterra, que propõem novos olhares sobre o processo de ensino e aprendizagem dos jogos esportivos coletivos, que acarretaram em novos métodos de ensino.
Já para Balbino (2005), citado pelo mesmo. Os princípios metodológicos representam estrutura primária na organização do ensino e servem para melhorar a escolha e a prática dos métodos utilizados, sendo que estes princípios vão determinar a escolha consciente das atividades.
A partir dos dois princípios metodológicos clássicos, o princípio sintético e o global-funcional, resultam métodos de ensino que se tornam tradicionais e muito utilizados no processo de ensino-aprendizagem-treinamento nos esportes coletivos; (1) o método de confrontação; (2) o método global; (3) o método parcial (DIETRICH ET a., 1984).
Dos três métodos citados acima, o método de confrontação e o método global são fundamentados no princípio metodológico global-funcional, assim sendo o método parcial no princípio analítico-sintético.
Para GRECO (1998). A função de toda metodologia de ensino-aprendizagem-treinamento é proporcionar ao indivíduo (que não consegue "desenvolver" uma determinada ação) os meios, caminhos e ferramentas que facilitem e tornem possível a obtenção de um novo nível de rendimento. A escolha do método de ensino-aprendizagem-treinamento adequado é um dos mais importantes suportes pedagógicos que o docente pode oferecer aos seus alunos.
Exatamente por, na opinião dos professores e treinadores, a busca de resultados rápidos em pouco tempo e prestígio social, o modelo de treinamento tradicionalmente adotado no meio esportivo tanto na iniciação esportiva quanto no aperfeiçoamento da técnica é o analítico-sintético, de certa forma imposta pela tendência de se espelhar no modelo praticado no esporte de alto nível.

3 PRINCÍPIO ANALÍTICO-SINTÉTICO OU PARCIAL

O modelo analítico-sintético está centrado no desenvolvimento das habilidades técnicas. A partir da análise da performance esportiva dos jogadores considerados experts, constrói-se um modelo ideal das habilidades a serem aprendidas pelos iniciantes. Porém, em função do grau de complexidade e do nível de dificuldade, as habilidades precisam ser divididas em fundamentos técnicos (no futebol, por exemplo, temos: chute, passe, drible), que devem ser aprendidos, inicialmente, fora do contexto de jogo, para, depois, serem progressivamente aplicados às situações reais de jogo. Na medida em que amplia o domínio das habilidades técnicas, os jogadores, em tese, dispõem de melhores recursos para enfrentar as situações-problema de caráter tático presentes no jogo (Greco,1998).
Até meados da década de 1990 a literatura sobre os jogos coletivos esportivizados (esportes coletivos) era baseada no princípio analítico-sintético que apresentava como seu principal método de ensino dos esportes coletivos o método parcial. Este surgiu das experiências positivas dos treinamentos de esportes individuais como o atletismo e a natação. (Baldy, 2006).
Baseando-se no princípio analítico-sintético os autores e estudiosos da área passaram a descrever como deveria ser o ensino dos esportes coletivos. A lógica da proposta partiu da fragmentação dos gestos técnicos do jogo, dividindo-os em partes (fundamentos) e cada um deles subdivido em movimentos mais simples, desta forma um passe no futebol (por exemplo) deve ser ensinado após o domínio da bola e observando o movimento/posicionamento correto dos membros superiores e inferiores, no momento de execução do mesmo. Para que o aluno atingisse o desempenho sugeriu-se um aprendizado por partes e etapas. Nessa época foi à principal proposta de ensino dos jogos coletivos e individuais na busca das melhorias do desporto.
Segundo (Greco, 1998, p. 41), com exercícios que apresentam uma divisão dos gestos técnicos, das técnicas, da ação motora em seus mínimos componentes. O aluno conhece, em primeiro lugar, os componentes técnicos do jogo através da repetição de exercícios de cada fundamento técnico, os quais são logo acoplados a séries de exercícios, cada vez mais complexos e mais difíceis; à medida que a ajuda e a facilitação diminuem, gradativamente aumenta a complexidade e a dificuldade das ações. À medida que o aluno passa a dominar melhor cada exercício, passa-se a praticar uma nova seqüência. Estes movimentos já dominados passam a ser integrados em um contexto maior, que logo permitirão o domínio dos componentes básicos da técnica inerente ao jogo esportivo, na sua situação do modelo ideal, orientado ao gesto do campeão, realizando-se, desta forma, o processo de ensino-aprendizagem-treinamento do esporte, com bases no princípio metodológico analítico-sintético.
Para (PAES, 2005). As características do princípio metodológico Analítico Sintético são:







Para contribuir na justificativa da técnica, o modelo analítico-sintético se fundamenta em princípios sobre a organização das atividades, que preconizam um aprendizado que vai segundo (Greco, 1998). a) do conhecido ao desconhecido; b) das partes (divisão do movimento em unidades funcionais) ao todo; c) do simples para o complexo (aproximação gradativa); d) do fácil ao difícil (diminuição progressiva da ajuda); e) da percepção geral à percepção específica. A aprendizagem se dá pela repetição, conduzindo ao aperfeiçoamento progressivo e, conseqüentemente, à automatização dos movimentos básicos existentes em cada fundamento.
Observando o princípio analítico-sintético na visão de, (DIETRICH et AL,. 1984).

[...] se se caracteriza por apresentar cursos de exercícios ou, esporadicamente, jogos, os quais partem de elementos especiais (técnicos, táticos ou condicionais) dos jogos, reunindo-os, pouco a pouco em conexões maiores (síntese), recolhendo, posteriormente as partes, em conjuntos lógicos.








Vários autores apontam indicadores para uma aula no sentido do princípio metodológico analítico-sintético na iniciação do desporto, contudo algumas idéias se contradizem alguns autores vêem maior número de limites de que possibilidades na utilização deste método na iniciação esportiva. Porém grande maioria enfatiza um propósito com o mesmo direcionamento metodológico/sistemático, onde preferem a utilização de outros mecanismos para o auxilio do princípio metodológico.

3.1 LIMITES E POSSIBILIDADES

Fica evidente que se por um lado a organização das atividades em seqüências pedagógicas, com uma dosagem progressiva do nível de dificuldade da tarefa, favorece a aquisição de habilidades motoras, na crítica ao modelo analítico-sintético de ensino de habilidades esportivas, afirma-se que por outro lado, a aplicação tática dessas habilidades à complexidade das situações de jogo fica menosprezada. O contexto de jogo requer do jogador tanto o refinamento no controle de aspectos de habilidades motoras, como a utilização de componentes cognitivos que categorizem as ações apropriadas ao jogo, de acordo com a situação, construindo uma associação entre certos movimentos e local a ser imposto no momento do jogo.
No entanto, como consta Garganta (2006), citado por TEIXEIRA, J. F. (2009),

[...] nas escolas de Futebol, não raras vezes, assistimos a abordagens ao jogo que pouco se coadunam com as necessidades das crianças para aprendê-la a jogar e jogar. Segundo o mesmo autor, é possível verificar alguns dos erros, mas freqüentes, tais como: (i) o recurso a métodos convencionais para ensinar as técnicas do futebol, em detrimento do ensino do jogo baseado na compreensão; (ii) a repetição exagerada de exercícios analíticos, tornando a aprendizagem monótona e desmotivante; (iii) a carência de correções oportunas e pertinentes, durante a execução dos exercícios, e o débil conhecimento das repercussões adaptativas dos exercícios ministrados; bem como, (iv) a responsabilização excessiva e repressão do erro, desencorajando a tentativa e a descoberta.

Em síntese, uma aula orientada pelo princípio analítico-sintético caracterizar-se-ia: (a) pelo ensino de uma habilidade (ou fundamento técnico) por etapas até a sua automatização e, por fim, a sua aplicabilidade no jogo em si (FONSECA, 1997), (b) por uma seqüência de exercícios dirigidos ao aprendizado da técnica para, no final da aula, se proceder ao jogo (GRECO, 1998) e (c) pela supressão do jogo e da brincadeira (SANTANA, 2004). O método analítico-sintético está centrado no desenvolvimento das habilidades técnicas; através da analise de jogadas e técnicas já existentes, se trabalha de uma forma gradativa até que se chegue ao mais alto nível de técnica.
Um dos limites mais evidentes neste principio metodológico, que o mesmo de fato é segundo PINTO, F.S; SANTANA, W.C(2005) o principio mais utilizado em escolinhas de futsal/futebol, porém um tipo de pedagogia que não capacita a criança a resolver os problemas que se apresentam no jogo.
Graça (1998) citado por LOBO, A. S de R e BORGES, E. L. Assinala que, desde os anos 60, o ensino dos jogos desportivos coletivos está se repousando no ensino da técnica e da repetição, deixando de lado o ensino do jogo propriamente dito. O autor ressalta que esta forma de ensinar deve se constituir uma das vias possíveis no ensino de uma modalidade e não constituir o todo do ensino, pois o principal problema encontrado no ensino dessas modalidades esportivas é o de resolver situações do jogo em si.
Segundo o professor Dr Jürgen Dieckert da edição Brasileira do livro "Os Grandes Jogos, metodologia e prática", em 1984. Ao comentar sobre o método analítico-sintético o autor afirma que "lamentavelmente, é este o tipo de metodologia encontrada de maneira quase exclusiva na bibliografia e na prática em escolas e clubes no Brasil". Para o autor o método parcial não respeita a individualidade biológica da pessoa nem a unidade do fenômeno do jogo.
Pode-se inferir que o cenário não mudou muito depois de 14 anos, pois Greco (1998) afirma que este método é freqüente nas aulas de Educação Física Escolar e nas escolinhas esportivas. Apesar das críticas dos especialistas da área dos esportes coletivos, o método analítico sintético continua sendo predominante nas aulas de iniciação esportiva. Fato que pôde ser observado no estudo de Pinto e Santana (2005), pois ao analisar oito aulas de Futsal em quatro escolas especializadas da cidade de Santa Maria- RS, os autores observaram que o princípio metodológico analítico-sintético foi o único a ser utilizado.
Apesar deste método de ensino aprendizagem-treinamento receber muitas críticas, algumas são as vantagens deste método:
? Possibilita desenvolver a técnica correta das habilidades motoras especificas (esportivas);
? O iniciante tem êxito na vivência, porque o processo de aprendizagem é dividido em pequenas etapas;
? A correção é fácil de ser realizada;
? O controle do processo de aprendizagem é facilmente realizável;
Os especialistas da área dos esportes coletivos afirmam que o método analítico-sintético apresenta vantagens importantes, no entanto, as suas desvantagens permitem Greco (1998) concluir que este método não se mostra adequado para a iniciação esportiva quando utilizado na sua forma pura, pois apresenta limitações que comprometem o aprendizado do iniciante.
As desvantagens mais importantes são listadas a seguir:
? Os elementos do jogo (técnicos, táticos e físicos) são treinados separados para se chegar ao todo e como resultado a relação das partes com o todo que não são claras para o aluno;
? Não possibilita a satisfação do desejo de jogar;
? A complexidade das habilidades esportivas exigidas no jogo ( habilidades abertas) não são prescritas no treinamento, pois neste modelo de ensino predominam a exercitação de habilidades fechadas;
? Oferecimento de movimentos e atitudes parte, quase que exclusivamente do professor;
? O treinamento de equipe é reduzido;

Além de todas as críticas já citadas, o que se vê na prática é uma utilização inadequada do método, ampliando suas desvantagens (limitações). Sobre este fato, Rezende (2008) citado por Pinto e Santana (2005), observou em seus estudos que os professores/treinadores: a) não usam a lógica do modelo analítico-sintético, ou seja, a progressão do simples para o complexo, deixando de evoluir o grau de dificuldade dos exercícios ao longo do treinamento; b) não criam oportunidades suficientes de repetição que contribuam para a automatização dos movimentos; c) não realização de forma adequada a correção dos erros de aprendizagem, permitindo que os jogadores desenvolvam vícios técnicos.
Um rendimento satisfatório no jogo formal apenas se torna possível com o domínio da técnica e que deve ser dado ênfase ao seu aprendizado, afirma Hartmann citado em Dietrich et al (1984, p.17), um dos autores favoráveis ao método analítico-sintético. Por esta prevalência do ensino da técnica no método analítico-sintético, este método também é conhecido como "atividades centradas na técnica", conforme afirmam Pinto e Santana (2005).
O método analítico-sintético apóia-se na crença de que com o domínio da técnica o aluno terá rendimento superior nos esportes coletivos. Com tudo ainda ocupa grande espaço na iniciação esportiva.
O método Analítico-sintético é conhecido como série de exercícios, formando uma cadeia de técnicas combinadas. Uma aula neste método caracteriza-se pela seqüência de exercícios dirigidos ao aprendizado da técnica, através de exercícios já existentes e coordenados, inicia-se com movimentos considerados fáceis ao aprendizado do aluno, em seguida coloca-se certo grau de dificuldade, assim respeitando a dificuldade do aprendizado do mesmo, após um aquecimento para, no final da aula, se proceder ao jogo.
Mesmo com todas as críticas e desvantagens apresentadas do método analítico-sintético, segundo Dietrich et al (1984), este método deixou claro que o caminho para o ensino dos Esportes Coletivos deve ser percorrido em pequenos passos, conforme as contribuições das teorias da psicologia da aprendizagem.
Segundo (PAES, 2005). Existem algumas possibilidades da iniciação do jogo e iniciação esportiva a serem otimizadas pelos professores/técnicos que são:

 Estabelecer metáforas com a vida
 Estimular interesse pelo esporte
 Ampliar o repertório motor
 Compreender a lógica de jogos de equipe
 Otimizar a compreensão da técnica-tática ao contexto do jogo
 Favorecer a tomada de decisão, auto-estema e autoconfiança
 Propiciar ambiente propício para relações interpessoais
 Contribuir a construção de princípios e valores

Desta forma observando diferentes autores, foi de grande concordância que um método perfeito para a iniciação esportiva coletiva e individual, ainda esta distante da perfeição. Porém a utilização de mais de um método diferente em uma mesma aula de iniciação esportiva é de suma importância ao bom entendimento e aperfeiçoamento do aluno/atleta em suas descobertas esportivas com o jogo em si.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Consideramos que os professores da iniciação esportiva em geral devem ter conhecimento básico dos princípios metodológicos a serem proporcionados em suas aulas/treinos, na escola bem como em escolinhas de iniciação esportiva, pois estes têm uma relação com o aprendizado do aluno, com a seleção das atividades motoras a serem propostas, com as diretrizes pedagógicas, com a idéia que se tem da formação do aluno/atleta. Desta forma, o principio metodológico analítico-sintético deixa de desenvolver a criatividade destes alunos, pois deixa uma formula pronta para cada problema de jogo, onde às vezes nem sempre é a melhor saída para o problema, assim sendo quando este jogador formado entra em uma fase que o coloca em situações reais de jogo, ele deixa a desejar, pois não encontra saídas para tais problemas e erros que por ventura venha a ter.
Como escolher um princípio metodológico, é de grande importância conhecê-lo, procurou-se neste artigo, por um lado, clarificar os aportes teóricos do princípio analítico-sintético e como estará se objetivando para o aprendizado dos alunos, assim enfatizando o objetivo final da pesquisa, para com que os alunos, pais, responsáveis e a sociedade em geral possam ter uma maior visão e compreensão das atividades praticadas e oferecidas na escola e em locais de iniciação do processo de ensino/aprendizagem/treinamento. Quais os principais limites e algumas das possibilidades do método analítico-sintético na iniciação esportiva.
Esperamos que outros estudos possam ser realizados em nossa sociedade a fim de que se possa conhecer, em outros cenários e faixas etárias, como os professores/treinadores proporcionam o ensino da iniciação esportiva em nossa sociedade, visto que os esportes são praticados e queridos pelas crianças brasileiras.

REFERÊNCIAS
BALDY, Heloisa Helena dos Reis. O ensino do handebol utilizando-se do método parcial Disponível em http://www.efdeportes.com/ Revista Digital - Buenos Aires - Año 10 - N° 93 - Febrero de 2006. Acesso em 02 de junho de 2010.
DIETRICH, Knut. DÜRRWÄCHTER, Gerhard e SCHALEER, Hans-Jürgen. Os Grande Jogos: Metodologia e Pratica. Rio de Janeiro: Ao Livro Técnico, 1988.p.01-21,cap 4
GALATTI, Larissa Rafaela e PAES, Roberto Rodrigues. PEDAGOGIA DO ESPORTE E A APLICAÇÃO DAS TEORIAS ACERCA DOS JOGOS ESPORTIVOS COLETIVOS EM ESCOLAS DE ESPORTES: O CASO DE UM CLUBE PRIVADO DE CAMPINAS ? SP. Revista da Faculdade de Educação Física da UNICAMP, Campinas, v. 5, n. 2, p. 31-44, jul./dez. 2007. Disponível emhttp://polaris. bc.unicamp.br/seer/fef/include/getdoc.php?id=1407&article=257&mode=pdf. Acesso em 06 de junho de 2010
GRECO, Pablo Juan. Iniciação Esportiva Uiversal. 2º ed. Belo Horizonte, UFMG 1998.
LOBO, Antônio Severino de Rezende e BORGES, Emanuela Leonor. METODOLOGIA USADA NO ENSINO DO HANDEBOL NAS ESCOLAS MUNICIPAIS DE CONSELHEIRO LAFAEITE. Disponível em http://www.ligahand.com.br/brasilhandebol/downloads/metodologia.doc. Acesso em 25 de maio de 2010.
PAES, Roberto Rodrigues. BALBINO, Hermes Fereira. Pedagogia do Esporte: Contextos e Perspectivas. Rio de Janeiro: Koogan, 2005.
PERFEITO, Paulo José Carneiro. Métodologia de Treinamento no Futebol e Futsal: discussão da tomada de decisão na Iniciação Esportiva. Dissertação para mestrado, Brasília 2009. Disponível em http://repositorio.bce.unb.br. Acesso em 06 de junho de 2010.
SOARES PINTO, Fabiano e SANTANA Wilton Carlos. Iniciação ao futsal: as crianças jogam para aprender ou aprendem para jogar? Diponível em http://www.efdeportes.com/ Revista Digital - Buenos Aires - Año 10 - N° 85 - Junio de 2005. Acesso em 25 de maio de 2010.
TEIXEIRA, João Fernandes. O ENSINO E APRENDIZAGEM DO JOGO NAS ESCOLAS DE FUTEBOL. Em busca de entendimento. (Dissertação de Mestrado). Disponível em http://repositorio.up.pt/. Acesso em 02 de junho de 2010.