Principais Avanços da Psicologia aplicada ao ensino do adolescente

Destaca-se como fatores essenciais para avanços da Psicologia no ensino de Adolescentes, a correlação aprendizagem e complexidade, mencionada por Nídia Barone (2012), na disciplina Psicologia do Desenvolvimento e da Aprendizagem na Adolescência, voltada à formação de professores na atual conjuntura educacional complexa, que, se verifica, principalmente, no ensino-aprendizagem de adolescentes, em que os mesmos se encontram no quarto estágio de desenvolvimento infantil, no qual coincide a puberdade e adolescência com as etapas da lógica e da abstração.Ressaltaria, no avanço da Psicologia aplicada ao ensino dos adolescentes, as teorias da aprendizagem orgânica e complexa.

Na teoria orgânica, temos um sistema de ensino aberto que admite interferências nos programas e conteúdo. Imprevisibilidade; reconhecem a interferência de variáveis independentes no processo de ensino-aprendizagem; as diferenças existem e são essenciais para a elaboração e reformulação de programas e conteúdos; o ensino-aprendizagem é um processo construído; os modelos são passíveis de mudança e transformação; o conhecimento não se transmite. Ele é gerado; há a valorização do processo de construção do conhecimento e das etapas da aprendizagem; todo programa de ensino-aprendizagem é construído pela análise dos perfis, padrões e características de personalidade dos indivíduos.

A teoria complexa propaga que, na natureza o caos é a regra e a ordem à exceção. Os sistemas evoluem quando se encontram distantes do equilíbrio; princípio da sensibilidade às condições iniciais. Pequenas causas podem provocar grandes efeitos; princípio da incerteza. Os sistemas orgânicos se adaptam e evoluem continuamente; autopoiese. A capacidade de autogerar-se é vivida nos sistemas orgânicos; auto-organização. Momentos críticos são decisivos para evolução e/ ou adaptação espontâneas; princípio hologramático. Todo conhecimento construído traz a marca de toda uma bagagem vivida e aprendida; lógica fuzzy. A aprendizagem é um processo que flui e não há fronteiras rígidas entre etapas; fractais. Os padrões da natureza estão presentes em tudo.

Considero avanços importantíssimos, também, da Psicologia no processo ensino-aprendizagem, as características do ensino figurativo, para a complexidade do mundo atual, em mutação, como bem lembra Barone(2012), “faz-se necessário termos lucidez para definirmos os meios e os métodos mais adequados ao combate à alienação e ao primitivismo”. Portanto, gostaria de dar um enfoque especial às características do ensino figurativo, como essenciais a nós, professores, para sabermos lhe dá com nossas “pérolas”, os alunos adolescentes, que precisam ser carinhosamente bem lapidados porque sem eles não haveriam os mestres. Não é verdade?

Eis as características do ensino figurativo: o importante está no objetivo, que é o alcance efetivo do aprendizado, onde o aproveitamento da criança e do adolescente está na sua interação e se adapta ao que é, muito mais do que se acredita; disciplinas básicas indispensáveis: leitura, escrita, cálculo, informática, história e cultura. Posteriormente, matemática, ciência, filosofia e outras matérias; as crianças e adolescentes devem aprender a pensar por si mesmos. É preciso ajudá-los, sem jamais doutriná-los, para que desenvolvam a lucidez através do ofício da investigação; deve haver muitas atividades experimentais, cuidadosamente escolhidas por educadores e cientistas competentes, pois só assim darão “passos de gigante” e desenvolverão uma forma científica de raciocinar; possibilitar a todas as crianças e a todos os adolescentes que tenham o direito de poder acessar um nível elevado de conhecimentos científicos, qualquer que seja sua origem, seu sexo, ou a diversidade de capacidades; é fundamental que as crianças e jovens disponham do tempo necessário para adquirir um conhecimento profundo de certo número de temas, muito mais do que apenas a acumulação de conhecimentos superficiais e dispersos; educação baseada na flexibilidade para adaptar-se rapidamente às necessidades da sociedade e dos indivíduos; acolher a maior diversidade de origens dos alunos sem, no entanto, perder a heterogeneidade educativa; ensinar, sempre considerando a importância do ritual obrigatório da discussão pública com os alunos sobre o sentido dos experimentos e dos ensinamentos que foram levados a cabo; desenvolver nos alunos o gosto espontâneo pelo descobrimento do mundo e a adquirir conhecimentos mediante a experiência pessoal, através da adaptação dos métodos de ensino desenvolvidos sempre à base de novos estímulos para o ofício da docência.

A Psicologia através destes avanços aplicados ao ensino do adolescente, como teorias de aprendizagem orgânicas, complexas e o ensino figurativo, são de grande valia para o ensino-aprendizagem de nossos alunos, mas, o professor, também, tem que se conscientizar que ensinar não é só transmitir conteúdos e, sim, orientar, educar os alunos, principalmente os adolescentes, da melhor maneira possível para serem futuros cidadãos deste país, para que tenham sucesso profissional como cidadão e como homem consciente de seus direitos e deveres, ainda bem que temos a Psicologia, que sendo bem aplicada ao ensino dos adolescentes,certamente o objetivo será alcançado.

Referências

BARONE, Nídia Maria. Psicologia aplicada ao adolescente e as abordagens avançadas em ensino aprendizagem. In: Psicologia do Desenvolvimento e da Aprendizagem na Adolescência. Disponível em: http://www.solar.virtual.ufc.br. Consultado em: 9 de outubro de 2012.