RESUMO
OBJETIVO: Descrever a prevalência de infecção do trato urinário em gestantes atendidas em um hospital no agreste de Pernambuco, verificando a relação entre ITU com sinais e sintomas, patologias associadas, paridade e período gestacional. MÉTODOS: Realizou-se um estudo descritivo transversal utilizando registros de informações dos prontuários de gestantes internadas em uma maternidade do interior de Pernambuco, no período de um ano. Os dados foram processados e analisados no Programa Microsoft Excel® versão 2010 e transferidos eletronicamente para o Programa Epi-Info versão 3.5.2, aplicando-se o teste de Qui-quadrado, considerando uma significância de p<0,05. RESULTADOS: A prevalência de infecção do trato urinário em gestantes foi de 2.8 %, a faixa etária variou de 14 a 35 anos, tendo uma média de 21,1 ± 5,07 anos de idade. Observou-se uma maior frequência em gestantes brancas (57,4%), solteiras (88,9%) e cuja procedência foi a sua própria residência (70,4%). A maior prevalência de ITU ocorreu no 2º trimestre de gestação (46,3%). Destacaram-se dentre os principais sinais e sintomas a dor lombar (77,8%), ardência/dor na micção (38,9%) e febre (38,9%). Houve associação estatisticamente significativa entre náuseas e vômito no 1º trimestre (p = 0,0151) e odor e coloração alterada no 2º trimestre (p = 0,0234). A presença de sintomas urinários irritativos ocorreu com maior frequência em nulíparas (57,4%). As patologias associadas a ITU que mais se destacaram foram hidronefrose, cálculo renal e ameaça de aborto. Dentre as gestantes estudadas, 92,6% realizavam pré-natal e apenas 7,4% apresentaram diagnóstico de ITU recorrente. CONCLUSÃO: Sugere-se que a realização do pré-natal efetivo possa reduzir os índices de internamentos de gestantes por infecção do trato urinário através do cuidado profilático impedindo assim o avanço da infecção e consequentemente reduzindo a taxa morbimortalidade materno fetal.
Palavras-chave: Infecções urinárias, gestação, complicações infecciosas na gravidez, sinais e sintomas, prevalência.

Introdução
As Infecções do trato urinário (ITU) estão entre as infecções mais frequentes e oportunas do ciclo gravídico, com uma média de 17 a 20% das gestações podendo esta ser o fator causador de complicações materno fetais como: rotura prematura de membranas ovulares, parto prematuro, corioamnionite, hipertermia puerperal, e até mesmo sepse materna e infecções para o feto, considerando-se assim um fator de risco gestacional¹.
A replicação de bactérias no trato urinário provoca danos aos tecidos do sistema urinário podendo ainda causar riscos potenciais de complicações na gestação². Contribuindo com o que diz Hörner et al.³, quando define ITU como sendo a invasão e multiplicação de microrganismos nos tecidos do trato urinário, desde a uretra até os rins.
A gestante apresenta mais chances de desenvolver um quadro de infecção urinária sintomática no decorrer do período gestacional e essa alteração se dá em decorrência de mudanças fisiológicas e anatômicas que ocorrem no trato urinário4. Os rins diminuem sua capacidade máxima de concentrar a urina durante a gravidez reduzindo assim a atividade antibacteriana, passando a excretar quantidades menores de potássio e maiores de glicose e aminoácidos, criando um meio favorável para a proliferação bacteriana².
As alterações hormonais, principalmente o efeito da progesterona são responsáveis pela dilatação da pelve renal e estreitamento do segmento inferior dos ureteres, o que explica o retardo do débito urinário, além desse fator a pressão mecânica do útero sobre os ureteres contra a orla da pelve resulta em estase urinária e maior risco de infecção5.
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Este tipo de infecção tem incidência variável em gestantes de 2% a 10% dependendo de algumas variáveis como nível socioeconômico, paridade e presença de infecções genitais6. A prevalência da ITU assintomática é de até 10% na gravidez, podendo estar presentes durante toda a gestação, 25 a 57%, destas infecções não tratadas podem evoluir para infecção sintomática, inclusive pielonefrite devido a alterações fisiológicas próprias da gravidez7.
A detecção precoce da ITU na gestação, quando assintomática, trás benefícios, visto que a infecção é importante fonte de complicações maternas e perinatais 8,9. A ITU durante a gravidez pode estar associada a uma maior incidência de trabalho de parto prematuro, prematuridade, baixo peso e mortalidade perinatal, além de maior morbidade materna2,7,10,11. Uma das principais condições perinatais que podem estar associadas com o risco de sepse neonatal é a ITU durante a gestação12.
Diante de tais fatos a ITU representa uma relevante complicação do período gestacional, agravando tanto o prognóstico materno quanto o perinatal sendo uma preocupação adicional para os profissionais responsáveis pela atenção pré-natal, uma vez que seu diagnóstico precoce, por meio de exames laboratoriais rotineiros do pré-natal, pode impedir que a infecção seja disseminada para outros órgãos e possa desenvolver maiores danos, inclusive para o feto.
Neste contexto, o presente estudo tem como objetivo descrever a prevalência de infecção do trato urinário em gestantes atendidas em um hospital no agreste de Pernambuco, verificando a relação entre ITU e sinais e sintomas e entre as patologias associadas e paridade.
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Métodos
Realizou-se um estudo epidemiológico do tipo transversal com dados secundários de prontuários de gestantes atendidas em um hospital no agreste pernambucano, no município de Caruaru, denominado Hospital Municipal de Caruaru Casa de Saúde Bom Jesus (CSBJ). Este considerado de médio porte, com capacidade instalada para 81 leitos, caracterizando-se como hospital geral atendendo no período da pesquisa a clínicas médica, cirúrgica e pediátrica, referência para atendimento em obstetrícia e serviço de ginecologia para população residente no município, sendo um dos principais serviços públicos nesta especialidade.
A obtenção dos dados foi feita mediante a utilização de um formulário estruturado contendo quatorze questões que abordaram dados sóciodemográficos e variáveis como: paridade, período gestacional, queixa principal, sinais e sintomas, entre outros. Os dados foram coletados no Serviço de Arquivo Médico e Estatístico (SAME) por meio da folha de admissão, evolução clínica/enfermagem e informações existentes nos campos de diagnóstico principal e/ou secundário da Autorização de Internamento Hospitalar (AIH).
Foram selecionados 1.930 prontuários de gestantes atendidas, no período de 10 de janeiro de 2010 a 10 de janeiro de 2011, destes 54 (n=54) foram incluídas nos critérios por apresentar diagnóstico de ITU confirmado, associado ou não a existência de outras patologias e coincidência entre evolução clínica e diagnóstica da AIH preenchida pelo obstetra que realizou o internamento. Sendo excluídos os internamentos das gestantes cujo diagnóstico principal e/ou secundário fosse duvidoso, prontuários com letras ilegíveis ou de caráter dúbio, como também prontuários com dados de evolução clínica e de enfermagem incompletos, foram excluídos da pesquisa 5 prontuários por não se enquadrarem nos critérios de inclusão.
Os dados contidos no instrumento foram digitados e tabulados no Programa Microsoft Excel® versão 2010 e transferidos eletronicamente para o Programa Epi-Info versão 3.5.2, aplicando-se o teste do Qui-quadrado, considerando uma significância de p<0,05.
Este estudo foi submetido e aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Hospital Agamenon Magalhães, sob o protocolo 0192.0.236.000-11, atendendo ao que preconiza a Resolução Nº 196/96 do Conselho Nacional de Saúde (CNS).

Resultados
Das 1.930 gestantes que buscaram atendimento no Hospital Municipal de Caruaru (CSBJ) no período de estudo, 54 (2,8%) apresentaram diagnóstico de ITU compatível com a clínica de infecção do trato urinário. Dentre estas a faixa etária variou de 14 a 35 anos, tendo uma média de 21,1 ± 5,07 anos. Com relação à etnia, houve uma prevalência de gestantes brancas (57,4%). No momento do internamento 87,0% eram solteiras e 70,4% apresentaram como procedência sua residência (Tabela I).
Com relação aos principais sinais e sintomas relativos à ITU, destacam-se dor lombar (77,8%) seguida pela ardência/dor na micção (38,9%) e febre (38,9%), conforme dados apresentados na Figura I.
Quanto à paridade, as gestantes foram divididas em três grupos: nulíparas, 57,4%, seguidas das, secundíparas com 25,9% e multíparas 16,7%. As nulíparas apresentaram maior incidência de dor lombar (80,6%) e febre (41,9%). Dentre as secundíparas (83,3% e 57,1%) e multíparas (81,8% e 45,5%) foi elevada a prevalência dos sintomas de dor lombar e ardência/ dor na micção, respectivamente (Tabela II). O estudo da associação entre a presença de sintomas urinários irritativos e a paridade não evidenciou diferença estatisticamente significativa (p<0,05).
Quando se estudou a relação de ITU com o período gestacional, observou-se uma maior prevalência das gestantes no 2º trimestre 46,3%, seguida do 3º trimestre 42,6% e 1º trimestre 11,1%.
Segundo a Figura II os sintomas de ardência/dor na micção apresentam um maior percentual no 3º trimestre de gestação 43,5%. Dor lombar 83,3, odor/coloração alterada 16,7% e calafrios 16,7% foram referidos com maior frequência no 1º trimestre de gestação, assim como, febre 48,0% e náuseas/vômitos 20,0% no 2º trimestre. O estudo da associação entre a presença de sinais e sintomas e o trimestre, identificou associação estatisticamente
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significativa entre náuseas e vômito no 1º trimestre (p = 0,0151) e odor e coloração alterada no 2º trimestre (p = 0,0234).
A presença de patologia associada foi identificada em 16,7% gestantes, sendo que a hironefrone, o cálculo renal e ameaça de aborto representaram 22,2% cada uma destas, enquanto que úlcera péptica, virose e hiperêmese gravídica 11,1% cada. Dentre as gestantes estudadas, quase sua totalidade 92,6% realizou acompanhamento pré-natal. Quanto à recorrência da infecção ressalta-se que, em 92,6% dos casos, não foi encontrado nenhum antecedente de ITU.

Discussão
O presente estudo evidenciou uma prevalência baixa de infecção do trato urinário diante dos dados evidenciados por outros estudos13,14, contudo cabe aqui considerar que o local de estudo é um hospital para emergências obstétricas e não para atendimento clínico. É ainda provável que tal diferença possa estar relacionada a não procura da gestante ao serviço de saúde por ausência dos sintomas.
Segundo Ramos, Pizzolitto e Pizzolitto15 a prevalência da infecção assintomática pode ser observada durante toda a gestação, sendo possível detectá-las apenas pela realização de exames laboratoriais, comprometendo desta forma a função renal das gestantes quando não tratadas previamente. Alguns autores14, 16 ressaltam que a bacteriúria assintomática aumenta o risco de parto prematuro e baixo peso ao nascer, devendo esta ser detectada por cultura de urina em função da ineficácia de outros métodos.
Ressalta-se que a urocultura é um exame laboratorial altamente eficaz para o diagnóstico clínico da infecção, contudo alguns sistemas de assistência pré-natal não preconizam a sua realização, retendo-se somente ao exame de urina simples que por vezes torna-se falho17.
No que se refere à média de idade das gestantes acometidas por ITU observa-se que no presente estudo esta se encontra um pouco abaixo dos resultados encontrados por Tugrul et al.18, em gestantes de um ambulatório de pré-natal, onde a média de idade foi de 29,8 anos. Todavia, Duarte19 encontrou resultados semelhantes ao do presente estudo, apontando uma média de 21,8 anos em gestantes de alto risco. Segundo Tugrul et al.18 existe uma relação entre a maior incidência da infecção e o avanço da idade.
Quanto à etnia, os achados do presente estudo divergem dos resultados de Schieve et al.20, que encontraram as maiores freqüências de ITU em gestantes negras (30,1%) de 14 hospitais da cidade de Chicago, nos Estados Unidos.

Grande parte das gestantes estudadas, não possuíam a presença masculina, no que se refere à atenção matrimonial, colaborando com o que diz Turiani10 quando afirma que a atenção do companheiro no cenário da assistência a saúde da mulher vem apresentando um crescente aumento, mas que contudo não constitui uma realidade efetiva no Brasil. O Ministério da Saúde em seu Manual técnico de pré-natal e puerpério6 destaca a situação conjugal insegura como sendo um fator de risco gestacional, sendo assim possível haver certa colaboração da instabilidade conjugal ao aparecimento da infecção.
A maioria das gestantes buscou por conta própria o hospital, o que leva a refletir sobre a atuação da atenção primária, no que diz respeito ao diagnóstico da ITU e encaminhamento destas gestantes ao serviço hospitalar, considerando o fato de que quase a totalidade destas estavam sendo assistidas no pré-natal, concordando com o estudo realizado por Gois, Cravo e Mendes21.
A assistência ao pré-natal é considerada um momento importante no que diz respeito ao atendimento das mulheres, especificamente no Brasil em razão da precariedade da assistência médica, a detecção das condições de saúde das gestantes e o adequado atendimento de suas necessidades tornam-se essenciais para uma gestação sem complicações futuras10.
Quanto ao período gestacional os resultados aqui descritos corroboram com os resultados dos estudos realizados por Kehinde et al.22, na Nigéria, e por Nogueira e Moreira23, no Ceará, nos quais a maioria das infecções foi detectada no 2º trimestre gestacional. A frequência maior da infecção durante este período pode estar relacionada às mudanças anatômicas e fisiológicas que ocorrem após o primeiro trimestre. Segundo Reis24 o crescimento uterino, nesse período comprime as estruturas urinárias, contribuindo para a dilatação do sistema coletor e consequente estase urinária. E diferem dos achados encontrados
por Varisco25, em gestantes atendidas em uma unidade básica de saúde no Rio Grande do Sul, onde a maior prevalência ocorreu durante o 1º trimestre gestacional.
A nuliparidade foi um dos fatores que aumentou o risco de ITU nas gestantes estudadas, corroborando com os achados de Gois, Cravo e Mendes21, porém, divergem dos dados do Projeto Diretrizes da Associação Médica Brasileira e Conselho Federal de Medicina26, que consideram a multiparidade como um dos fatores que aumentam o risco de ITU durante a gestação
Em relação aos sinais e sintomas se observam resultados divergentes quando comparados ao estudo de Feitosa17, o qual verificou que em São Paulo em diferentes serviços de saúde os principais sinais e sintomas encontrados em 230 gestantes foram: a percepção de urina escura (42,2%) seguida pela urgência miccional (40,9%). Contudo Rios27 ao realizar um estudo de caso a nível hospitalar identificou como sintomas mais prevalentes a dor lombar e febre caracterizando quadro de pielonefrite diagnosticado, estando de acordo com os resultados neste apresentado. Todavia, ressalta-se que são poucos os estudos que abordam os sinais e sintomas da ITU com o trimestre gestacional.
Cabe salientar que o Ministério da Saúde1 enfatiza a dor lombar como sendo um dos principais sintomas apresentados por gestantes acometidas por pielonefrite, sendo necessário o internamento destas, o que provavelmente explica os resultados apresentados no referido estudo, visto que todas as pacientes estudadas encontravam-se internadas para o tratamento da infecção, o que leva a crer que a pielonefrite tenha sido a forma da infecção mais frequente dentre as gestantes estudadas.
Nos resultados do presente estudo não foram constatadas associações estatísticas significativas quando se relacionou o aparecimento da ITU com a presença de outras patologias em gestantes, o que difere do estudo realizado por Lajos28, o qual detectou associações significantes entre a prematuridade e a colonização endocervical bacteriana com a presença de ITU.
No que se refere à recorrência da patologia pode-se observar um pequeno percentual de infecções recorrentes, embora Hörner³ afirme que cerca de 80% das mulheres com ITU tratadas, apresentem a repetição da infecção posteriormente.


Em conclusão, o conjunto dos achados encontrados neste estudo coloca em evidência a infecção do trato urinário como sendo causa de importantes complicações no ciclo gravídico-puerperal na população estudada. Sugerindo a necessidade de realização de estudos que enfoquem o rastreio da infecção nos serviços de pré-natal, visto que no presente estudo apesar de grande parte das gestantes realizarem pré-natal a infecção não foi detectada precocemente, existindo a necessidade de implantação de um protocolo na atenção primária capaz de prevenir a infecção, detectar e tratá-la a fim de que a patologia não evolua e cause maiores danos.
Assim como outros autores2,4, acreditamos que as internações a nível hospitalar podem ser evitadas, através de um pré-natal bem realizado, utilizando-se da urocultura como medida para diagnosticar o mais precocemente possível a infecção assintomática, visto que o exame de urina simples nem sempre é capaz de detectar a infecção, evitando assim o agravamento para a pielonefrite, ou seja, forma mais grave da infecção que requer atenção hospitalar e consequentemente diminuir a morbimortalidade causada por essa patologia.


Agradecimentos
À equipe do Serviço de Arquivo Médico e Estatístico (SAME) do Hospital Municipal de Caruaru Casa de Saúde Bom Jesus, pelo auxílio na coleta de dados desta pesquisa.
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Referências
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18
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19
Tabela I - Distribuição das características sócio-demográficas das gestantes estudadas (n=54).
Características
n
%
Etnia
Branca
31
57,4
Parda
21
38,9
Negra
2
3,7
Estado Civil
Casada
6
11,1
Solteira
47
87,0
União Consensual
1
1,9
Procedência
Domicílio
38
70,4
Unidade de Saúde da Família (USF)
4
7,4
Hospital Jesus Nazareno (HJN)
7
13,0
Serviço Atendimento Móvel de Urgência (SAMU)
2
3,7
Policlínicas
3
5,6
20
Tabela II - Distribuição percentual dos principais sinais/sintomas de ITU nas gestantes segundo a paridade. Caruaru, 2011 (n=54).
Principais Sinais/Sintomas
Nulíparas
Secundíparas
Multíparas
n
%
n
%
n
%
Ardência/Dor micção
9
29,0
8
57,1
5
45,5
Dor lombar
25
80,6
5
83,3
9
81,8
Febre
13
41,9
6
42,9
4
36,4
Hematúria
1
3,2
0
0
1
9,1
Naúseas/Vômito
5
16,1
2
14,3
3
27,3
Odor/coloração alterada
1
3,2
2
14,3
1
9,1
Calafrios
3
9,7
0
0
0
0
Poliúria
1
3,2
0
0
0
0
Dados múltiplos de 54 prontuários
21
77,8
38,9 38,9
18,5
7,4 5,6 3,7 1,9
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
%
Figura 1 - Prevalência dos sinais e sintomas mais freqüentes nas gestantes com ITU. Caruaru, 2011 (n=54).
22
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
1ª trimestre 2º trimestre 3º trimestre
Figura 2 – Prevalência dos sinais e sintomas mais freqüentes nas gestantes com ITU, segundo o período gestacional. Caruaru, 2011 (n=54).