O meio ambiente é um complexo ecossistema onde as formas diversas de vida mutuamente se dependem. O homem tem que viver nesse meio, criar desenvolvimento, mas na responsabilidade e perspectiva de que ele está decidindo por ele e outras formas de existência que, em sua totalidade garantem o equilíbrio e a harmonia do planeta. Não somos autossuficientes e a autonomia de nossas decisões tem que corresponder com as outras formas de vida, que não tiveram esse privilégio que temos: da racionalidade e inteligência. A questão ambiental está conjugada a questão "Saúde" pois um meio ambiente saudável e favorável a saúde daqueles que nele vivem, seja o homem ou a espécie animal. Conclui-se, portanto, que a qualidade de vida da população está associada à qualidade do meio em que esta vive. O homem é um produto do meio assim como o meio é produto do homem. Se nessa relação perpetuar a forma perniciosa, sem um desenvolvimento sustentável, e o perdedor for o meio ambiente, com certeza o perdedor seremos nós, porque será nossa existência que estará em risco. É o que também adverte o CACIQUE SEATLE in (Emilia Amaral et al. 2000, p.520), quando diz: "ensinem as suas crianças: que a terra é nossa mãe. Tudo que acontecer a terra, acontecerá aos filhos da terra. Todas as coisas estão ligadas como o sangue que une uma família. Há uma ligação em tudo. Oque ocorrer com a terra recairá sobre os filho da terra". A questão ambiental é um dos grandes problemas em pleno século XXI, pois se relaciona com a própria existência de toda a forma de vida presente e futura que habita o planeta. Você já parou pra pensar o que significa a palavra "progresso"? pois então pense: estradas, usinas, cidades, máquinas, exploração mineral e muitas outras coisas que ainda estão por vir, principalmente na Amazônia onde 40% do seu território é área pré-cambriana (área onde estão as maiores reservas de ferro conhecidas, manganês, etc., sem mencionar-se ouro, cobre, níquel, pedras preciosas, material de construção, etc. O progresso, da forma como vem sendo feito, tem acabado com o ambiente ou, em outras palavras, é nocivo e degrada o planeta terra e a natureza. O atual modelo de crescimento econômico hoje no mundo gerou enormes desequilíbrios. Se, por um lado, nunca houve tanta riqueza e fartura, por outro lado, a miséria, a degradação ambiental e a poluição aumentam dia-a-dia. Considerada o pulmão do mundo, a maior floresta tropical do planeta está ameaçada de extinção, o que será fatal para a humanidade. Segundo cientistas, o desmatamento e o aquecimento global podem provocar o desaparecimento da Amazônia. Nos últimos 35 anos a Amazônia perdeu quase 17% de sua cobertura e advertem: Se a floresta perder mais de 40% de sua cobertura, o processo de destruição será irreversível, pois a mata, segundo pesquisadores, tem o poder de multiplicar as chuvas. O desmatamento e as queimadas na Amazônia são responsáveis por mais de 75% das emissões de gases de efeito estufa no Brasil. A Amazônia abriga 16% de toda água doce do planeta e 73% de água disponível no Brasil para consumo. Segundo as Nações Unidas, o Brasil possui 52% das florestas da América Latina; e que o país perde anualmente de floretas com o desaparecimento de 3,1 milhões de hectares. A perda anual de florestas em todo o planeta chega a 7,3 milhões de hectares, o equivalente a um país como o Panamá. Diante de tudo isso e similares que ocorre em outros países, o clima da terra assim como fenômenos fora do normal estão dando suas respostas em vários cantos do planeta. A título de exemplo, vale citar a seca em plena Amazônia em 2005, que segundo pesquisadores, foi resultado do possível aquecimento do planeta, que resulta no efeito estufa, consequente das queimadas, emissões de gases lançados à atmosfera, tornados devastadores nos Estados Unidos, tsunami na Ásia, redução de calota de gelo no polo norte consequente da abertura na camada de ozônio, ciclones nos Estados Unidos, pesados terremotos em várias partes do mundo que dizimam milhares de pessoas e a desertificação. Diante desta constatação surge a ideia do desenvolvimento sustentável (DS), buscando conciliar o desenvolvimento econômico como a preservação ambiental, atendendo as necessidades do presente sem comprometer a possibilidade de futuro para as futuras gerações.

O que acontecerá com a continuação do desmatamento Amazônico? Vale também o alerta da LBA (Biosfera Amazônica de Larga Escala, sigla em inglês), maior estudo científico sobre ecossistemas tropicais já realizado no planeta, que envolve 500 pesquisadores de 100 instituições internacionais que advertem: "Se o desmatamento da Amazônia continuar no ritmo atual, em 100 anos algumas regiões da floresta tropical podem se tornar uma árida savana". Todos os anos, a proliferação da iniciativa agropecuária e a exploração ilegal de madeira põem abaixo quase 20 mil quilômetros quadrados de mata. Da floresta que se estende por seis milhões de quilômetros quadrados, 600 mil já foram destruídos, o que representa uma área do tamanho da Bélgica. "É possível que haja um aumento na temperatura e uma diminuição no volume de chuvas, o que transformaria as áreas sul, leste e norte da Amazônia em savanas no prazo de um século", avalia Carlos Nobre, coordenador científico do LBA e do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o representante brasileiro do projeto.

As savanas são o correspondente ao cerrado e têm clima semelhante ao de Brasília. São regiões muito áridas, onde as chuvas se concentram num único período do ano. O desequilíbrio provocado pelo efeito estufa poderá ser o mais catastrófico da história humana se não buscarmos alternativas e solução ao problema. As empresas não podem operar em um vácuo político, precisam de liderança firme dos governos e incentivos. Veja o que disse príncipe Charles, herdeiro do trono britânico, em junho de 2008: "(...) milhares de pessoas que moram na região da floresta amazônica "vivem com uma renda muito baixa. Elas precisam de maneiras para garantir que o esforço de não destruir as florestas valha a pena. Seria preciso criar algum tipo de pacote em forma de incentivos para que essas pessoas não degradem as florestas. Não podemos esperar por novas tecnologias. Não há tempo para isso. Se o desmatamento não diminuir rapidamente, haverá mais seca e fome em grande escala". E a previsão, segundo cientistas, é que, em décadas não muito longe, se perdurar os problemas sem busca concreta de solução, haverá 150 milhões de refugiados em todo mundo. O aumento da pecuária na região que transforma a floresta em pastos é responsável por uma grande parte do desmatamento somado às queimadas.

E cita mais: "Os governos, grandes empresas e consumidores devem se unir em um esforço conjunto para pôr fim à devastação florestal". Nos Estados Unidos, 95% das áreas florestais já foram destruídas, e na cobiça da Amazônia brasileira, este e outros países jogam na mídia internacional "notícias" tendenciosas colocando em xeque a soberania brasileira e de países amazônicos sobre a região. "A União Europeia só tem 0,3% de sua mata original". (Lula, em entrevista coletiva em Roma). De quem é a Amazônia, afinal?', diz 'New Times' O Jornal Americano "New York Times" publicou em 18 de maio de 2008, uma reportagem com o título "De quem é a Amazônia afinal", colocando em xeque a soberania brasileira sobre a floresta. Três dias antes do New York Times, o diário inglês " The Independent" escreveu: "... essa parte (a Amazônia) é muito importante para ser deixada com os brasileiros". Dias depois, o Jornal espanhol El País deixou claro quais são as intenções: "o mundo tem os olhos postos nas riquezas da floresta". Não é por outro motivo, pois a mídia anuncia que algumas escolas dos EUA já apresentam o mapa do Brasil sem a Amazônia e o pantanal. A Amazônia Legal com seus nove ocupam 61% do território brasileiro, o que equivale a metade da Europa.