Preservação Ambiental desta forma?

 

Por mais que muitos movimentos tenham se levantado em defesa ao meio ambiente, eles ainda parecem mínimos diante de tal agressão causada pela ação descontrolada do homem.

O caos a que se encontra a natureza é gritante. Dessa forma, torna-se excepcional tratar esta questão com consciência e determinação, não se pode pensar mais em realizar algo que remedeie, o remédio, se é que existe, é a consciência aguçada, caso contrário, o ser humano morrerá as mínguas.

Os noticiários publicaram recentemente, apavorados, demonstrando os dados culpando o Brasil por não conseguir atingir a meta proposta na diminuição dos poluentes. Diante desta realidade, pergunta-se: Quem polui mais no mundo? Os Estados Unidos sendo uns dos maiores emissores de poluentes no ar mundial negam-se assinar qualquer tratado, no entanto, se acha no direito de cobrar dos demais países. Este país está de acordo em se comprometer na diminuição dos gazes poluentes? Com muito custo e se sentindo, creio eu, envergonhados, assinaram na última reunião do G8 se comprometendo em rever a emissão dos poluentes.

Por outro lado, percebe-se que a consciência começa a despertar. E ai de quem não despertar! O que deixaremos para as gerações futuras?

Torna-se primordial cuidar da natureza, mais do que nunca. Tudo grita, tudo clama por uma atenção mais sublime.  Neste sentido, a terra que é nossa mãe, chora a todo o momento para que seja possível um pouco mais de cuidado. Quem nos gerou, quem nos sempre deu amor, vida e alimento sem cobrar nada em troca. Claro, apenas o respeito que deveríamos retribuir um gesto de benevolência.

A mãe terra nos dá a fonte da vida, deixa nós nascermos livremente e ela nos dá tudo o que precisamos para viver, árvores que nos dão sombra agradável, além de nos oferecer pássaros que nos alegram para começarmos o dia feliz. Se andarmos à noite desfrutaremos da lua e as estrelas para iluminas e dar um ar romântico.

A coisa que mais causa alegria a nossa Mãe é ver as pessoas desfrutando de si e saírem restabelecidas para enfrentarem o dia a dia, mas  não é só isso, o que mais a terra nos proporciona? Tudo aquilo que está ao nosso redor é que faz com  que vivamos com nossas famílias.

Até quando este clamor tem de ecoar para que tomemos consciência da grandiosidade da vida, e que dependemos de uma mãe para que possamos estar vivos?

Objetivando a continuidade da vida terrena é que  um amplo trabalho sobre o tema O Destino das Pilhas,  coordenado por mim,  professor Lairton Dal Santo, do Colégio Estadual Dr. Liberato Salzano Vieira da Cunha e da Escola Municipal de Ensino Fundamental Duarte da Costa de Liberato Salzano. Tendo como justificativa principal: a grande concentração do desmatamento, destruição das margens dos rios, grande quantidade de lixo jogado a céu aberto, extinção de muitas espécies de animais. Viu-se, então, a necessidade de apresentar algumas alternativas para reparar os problemas e resolvê-los.

Com isso, almejou-se despertar à conscientização dos estudantes, dedicando uma semana para discutir o assunto. E que, dessa maneira, pretendo elevar este clamor a todos os jovens, crianças e cada ser humano do Brasil para que tenhamos a certeza de uma continuação futura. O projeto foi incorporado por outros professores e professoras que viram nisso uma forma segura e eficaz de trabalhar o tema, então eles juntaram-se  a idéia.

Para se trabalhar a conscientização para com o meio ambiente é preciso mais do que nunca despertar um sentimento de sensibilidade e compromisso  com a continuidade da vida terrena. FREIRE, 1989 já dizia: “Os conteúdos são importantes, mas nós precisamos ensinar as pessoas a serem gente”. Essa idéia vem de encontro com o que foi pensado em desenvolver neste brilhante trabalho. Ser gente é fazer exatamente isso, é cuidar do nosso meio, é ter, sobretudo, perspectiva de vida.

Dessa forma, Eu, professor  Lairton e os demais professores estamos deslumbrados pelo bom resultado que o projeto teve. Emocionante é ver as produções em forma de poesia e no dia que foi programado para visualizarmos os trabalhos na área coberta foi de arrepiar. Portanto acreditar num mundo melhor vale a pena, ainda mais quando bem pensado e bem trabalhado com as crianças e os jovens. Parabéns a nós  educadores!  Pois, acreditamos numa continuidade da vida e das futuras gerações.

Em se falando de sensibilização ambiental, dos trabalhos realizados na escola, dos professores e alunos instigados na busca do “novo”, devemos enfocar também, a indignação da “Classe” educadora sobre seus “vencimentos”. É, não devemos esquecer disso, pois, a cobrança de bom trabalho, de ter seu material em dia, ser crítico no desenvolvimento das aulas, de preencher  cadernetas de chamada, a mão: sem erros, nem borrões. De dar aula mesmo com problemas de saúde, pois, é a única Classe que tem que repor o dia em caso de ausência no trabalho. Além disso, sem contar que trabalhamos com muitos alunos que não querem nada com nada, são apenas pessoas presentes,  esperando um pequeno deslize de alguém para motivo de gozação.

Não gosto de fazer comparações, mas no meu tempo de 4ª Série do Ensino Fundamental, nas aulas havia respeito, amor pelo estudo, só faltávamos à aula em extrema urgência. A maioria das aulas eram “chatas” só na lousa, e sabíamos ler, escrever e fazer contas com fluência. E, se não soubéssemos não iríamos para a 5ª Série.

Hoje, os professores dão aula na lousa, levam filmes, trabalham com tecnologia, trazem livros de literatura infantil, pois, temos até o momento de leitura semanal na escola (o que às vezes resulta em uma revolução na sala de aula), levamos alunos na biblioteca e a outros locais educativos. E, mesmo assim, a indisciplina está presente, nada está bom. Além disso, esses mesmos professores que muitas vezes são chamados de “incapazes”, elaboram atividades escolares como provas, planejamentos, correções nos finais de semana, sem remuneração.

O momento é dos professores se rebelarem contra as acusações que lhes são impostas. Problemas da sociedade deverão ser resolvidos pela sociedade e não somente pela escola.

Passou da hora de todos abrirem os olhos e fazerem algo para evitar uma calamidade no país, que já está em andamento. Os professores não são culpados de uma sociedade incivilizada e de banditismo, e finalmente, se os professores até agora não responderam a todas as acusações de serem despreparados e “incapazes” de prender a atenção do aluno com atividades inovadoras (como a realização de projetos citado acima), é porque não estamos tendo mais tempo.

Vamos nos dar as mãos e formar uma corrente que pelo menos dê aos professores um respaldo legal, quando um aluno xinga, agride...  pois, NÃO somos uma classe que devemos passar a mão por cima. Chega de salário baixo, todas as profissões e pessoas passam por professores, deve ser a carreira mais bem paga do país. Vamos priorizar a educação, a lei existe o que falta é competência.

Lairton Dal Santo

Professor de Matemática na E. M. E. F. Duarte da Costa, de

Química, Física, e Ciências no Colégio E. Dr. Liberato Salzano Vieira da Cunha.

Graduado em Licenciatura Plena na UNIJUI