Preconceito não se resume a sexo, raça e religião, é todo conceito antecipado que se faz a respeito de algo ou alguém.

Uma atitude que parece não se dá a devida atenção, por se considerar inofensiva, é o preconceito musical. Isso mesmo! A música, uma manifestação cultural que deveria unir as pessoas, acaba as separando em grupos isolados, causando inclusive verdadeiras brigas e ofensas, que às vezes resulta até mesmo em violência.

O regueiro é maloqueiro; o rockeiro é drogado; o pagodeiro é sem cultura; o rapper é largado; o forrozeiro é cachaceiro; o funkeiro é depravado; swingueiraé só asneira, quem curte música clássica é ultrapassado.

Não, não é nada disso! A música, em seus mais variados estilos tem o poder de envolver, seja pelo ritmo, pela letra ou pela união desses dois elementos. Não existe o melhor estilo musical, nem aquele que não presta, afinal o que é bom para um pode ser péssimo aos ouvidos de outro.

O pop, o rock, o funk, o pagode, o axé, o samba, o reggae, MPB ... em todos os ritmos encontra-se "música boa" , porém, antes de fazer essa classificação é preciso saber a real intenção de quem ouve: dançar, cantar, refletir, namorar ou simplesmente se divertir ou se movimentar. É preciso entender, antes de sair por aí criticando e taxando o outro disso ou daquilo, que a personalidade, o caráter, o comportamento e o nível cultural de uma pessoa, não podem ser medidos pelo seu gosto musical.