Pré-Natal: o nascer de uma família
Publicado em 15 de janeiro de 2011 por Vagner Ferreira do Nascimento
Um dos maiores desejos do ser humano, além de ter boas condições de vida, como, saúde e bem estar, é estruturar/formar uma família. A família conhecida como alicerce para o desenvolvimento da educação, princípios da ética e moral ao longo dos anos vem sofrendo mudanças. Na antiguidade, a família altamente ligada à religião, vivia em função do respeito nas relações entre si, mas a submissão do gênero feminino era algo marcante dessa convivência. O culto pelos antepassados, como presentes na vida de todos, ampliava os limites desta instituição social.
O pai e a mãe configuravam em entidades com valor de segurança, mantenedores das boas condutas e que asseguravam aos seus descedentes, subsistência e estudo, quando possível.
A herediariedade, somatório de todas as características dos pais era tido apenas como característica única do pai, afinal na época acreditava-se que os homens eram os únicos capazes de conseguir levar adiante a perpetuância e a qualidade da família.
Com a inserção de novas perspectivas para as mulheres no mercado de trabalho e na vida social, as famílias começam a traçar novos caminhos, onde os direitos e deveres das mulheres tendem a equiparar-se aos dos homens. Nesse período, a reprodução ganha maior atenção da sociedade. Os cuidados voltados à gestante - principal responsável pela geração da família, passa a se intensificar, com o surgimento de preocupações dos profissionais, com a saúde dessa futura mãe e de seu filho.
Vê-se então a importância do pré-natal para o acompanhamento e avaliação de possíveis intercorrências obstétricas nessa fase. O pré-natal irá acolher essa mulher e seu companheiro de modo a fazê-los co-responsáveis pelo bom desenvolvimento gestacional. A rapidez para iniciar o pré-natal pode garantir bons resultados no parto e puerpério - período pós parto, em que as complicações como, por exemplo, infecções, hemorragias, distúrbios relacionados a pressão arterial, disfunções metabólicas e questões hormonais podem levar a morte materna.
O pré-natal se inicia logo quando há descoberta da gravidez, e é composto por consultas mensais até o nono mês, nessas consultas todas as dúvidas da gestante e do cônjuge são esclarecidas, momento privilegiado para o profissional estreitar seu relacionamento com a cliente.
Existirão circunstâncias que fará essa gestante procurar o serviço de saúde além do que estabelecido pelo profissional, oportunidade valiosa para a identificação de anormalidades e para tratamento imediato. O excesso de consultas é normal em mulheres na primeira gestação, pelo próprio desconhecimento das situações e transformações, porém dificilmente ultrapassará duas consultas mensais. Como, muitas dessas alterações no corpo da gestante são esperadas, pode ser solucionado de maneira simples pelo profissional não tendo a necessidade de uma internação hospitalar, quando atendidas em tempo.
Uma gestante saudável é aquela que cuida de si como se fosse duas pessoas, sabe a hora de comer, de dormir, de realizar atividades físicas, de se proteger, enfim que se cuida e só o pré-natal irá fornecer todos esses conhecimentos e essa assistência qualificada.