Um dos maiores desejos do ser humano, além de ter boas condições de vida, como, saúde e bem estar, é estruturar/formar uma família. A família conhecida como alicerce para o desenvolvimento da educação, princípios da ética e moral ao longo dos anos vem sofrendo mudanças. Na antiguidade, a família altamente ligada à religião, vivia em função do respeito nas relações entre si, mas a submissão do gênero feminino era algo marcante dessa convivência. O culto pelos antepassados, como presentes na vida de todos, ampliava os limites desta instituição social.
O pai e a mãe configuravam em entidades com valor de segurança, mantenedores das boas condutas e que asseguravam aos seus descedentes, subsistência e estudo, quando possível.
A herediariedade, somatório de todas as características dos pais era tido apenas como característica única do pai, afinal na época acreditava-se que os homens eram os únicos capazes de conseguir levar adiante a perpetuância e a qualidade da família.
Com a inserção de novas perspectivas para as mulheres no mercado de trabalho e na vida social, as famílias começam a traçar novos caminhos, onde os direitos e deveres das mulheres tendem a equiparar-se aos dos homens. Nesse período, a reprodução ganha maior atenção da sociedade. Os cuidados voltados à gestante - principal responsável pela geração da família, passa a se intensificar, com o surgimento de preocupações dos profissionais, com a saúde dessa futura mãe e de seu filho.
Vê-se então a importância do pré-natal para o acompanhamento e avaliação de possíveis intercorrências obstétricas nessa fase. O pré-natal irá acolher essa mulher e seu companheiro de modo a fazê-los co-responsáveis pelo bom desenvolvimento gestacional. A rapidez para iniciar o pré-natal pode garantir bons resultados no parto e puerpério - período pós parto, em que as complicações como, por exemplo, infecções, hemorragias, distúrbios relacionados a pressão arterial, disfunções metabólicas e questões hormonais podem levar a morte materna.
O pré-natal se inicia logo quando há descoberta da gravidez, e é composto por consultas mensais até o nono mês, nessas consultas todas as dúvidas da gestante e do cônjuge são esclarecidas, momento privilegiado para o profissional estreitar seu relacionamento com a cliente.
Existirão circunstâncias que fará essa gestante procurar o serviço de saúde além do que estabelecido pelo profissional, oportunidade valiosa para a identificação de anormalidades e para tratamento imediato. O excesso de consultas é normal em mulheres na primeira gestação, pelo próprio desconhecimento das situações e transformações, porém dificilmente ultrapassará duas consultas mensais. Como, muitas dessas alterações no corpo da gestante são esperadas, pode ser solucionado de maneira simples pelo profissional não tendo a necessidade de uma internação hospitalar, quando atendidas em tempo.
Uma gestante saudável é aquela que cuida de si como se fosse duas pessoas, sabe a hora de comer, de dormir, de realizar atividades físicas, de se proteger, enfim que se cuida e só o pré-natal irá fornecer todos esses conhecimentos e essa assistência qualificada.