Práticas de leitura e escrita

 

Colman, Rosângela Triburtino                                                               

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Virgulino, Carina Silvana Gonçalves

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Wentz, Leda Maria Lago

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Eixo temático:

   Resumo

Este artigo traz como tema prática de leitura escrita, tendo como objetivo levantar dados de pesquisa que permite discutir sobre principais teses que estão na base das mudanças das políticas públicas na área da alfabetização. Pode se compreender que os dados coletados revisão prática de leitura escrita entre crianças de diversas idades. O pressuposto básico que norteiam as novas concessões de alfabetização e o que essas crianças deveriam ter atingindo os níveis de conceitualização necessária à construção da escrita e da leitura na escola. Os estudos recentes na área da história cultural e da sociolinguísticas vem questionando  as teses  da universalidade da forma de apropriação da língua escrita num sistema alfabético. A importância do processo de alfabetização, isto é, do ensino e da aprendizagem da língua escrita envolve processo sociais que se adoção da leitura e da escrita que se faz dela certos usos, que define seus modos de ensino e seus processos de aprendizagem.

Palavras-chave: Leitura – escrita – alfabetização – aprendizagem- educando.

[1]Especialista em licenciatura; Graduada em pedagogia pela Universidade Luterana do Brasil ULBRA.

2 Especialista em Licenciatura Plena em Educação Infantil; Graduada em pedagogia pela Universidade Federativa do Mato Grosso UFMT.

3 Especialista em licenciatura; Graduada em pedagogia pela Universidade Luterana do Brasil ULBRA.

 

          1- Introdução

 O tema apresentado práticas de leitura e escrita, foi desenvolvido com o procedimento mitológico qualitativo e descritivo com educadores da 2º série da Escola Municipal Daniel Titton, que fica na Avenida Gaspar Dultra s/n, Cláudia-MT. A fim de comprovar que as diferente metodologias são capazes de levar os educados a ler e escrever para saber dialogar, exercitar e ampliar sua percepção ler é ser motivado a observação de aspectos da vida que antes lhes passavam despercebidos.         Ensinar a ler e escrever continua sendo uma das tarefas mais especificamente escolares. Ainda existe um número muito significativo de crianças que fracassam já nos primeiros passos da alfabetização.             Trabalhando e acompanhado educados da 2ª série do Ensino fundamental, percebemos que existem distinções no trabalho com leitura escrita, com esse pensamento desenvolvemos um trabalho de investigação respeitando a política educacional do município, da estrutura da escola e seus recursos didáticos no trabalho com leitura e escrita.              Vivemos numa sociedade na qual a leitura e a escrita são pré   requisitos para que a criança passa interpretar a realidade, confrontando, interferindo, registrando, enfim, resgatando seus valores e conceitos. Muitos estudiosos têm destacado a importância de introduzir a leitura no dia-a-dia da criança. Para fazer com que a criança tenha sistematicamente uma experiência positiva com a linguagem estaremos promovendo seu desenvolvimento como ser humano.

               Como sabemos a aprendizagem da leitura e da escrita é condição básica para que a criança continua no processo de escolarização, onde este processo deve estar interligado com a realidade do aluno, estimulando-o a prosseguir sua vida escolar. Porém ocorrem problemas tanto no inicio, como durante o período escolar em situações diferentes para cada um. Isso implica um trabalho amplo do educador para verificar se a metodologia aplicada esta correta a esse educando. O objetivo desse trabalho foi investigar como se da a produção de textos nas séries iniciais, principalmente se existe coesões coerência nos textos produzidos pelos educando, a fim de verificar quais as práticas e princípios pedagógicos implícitos no processo de construção da escrita, período este mágico na vida de uma criança e que todos os educadores tem o dever de proporcionar,  de facilitar de orientar essa magia entre a criança e o conhecimento.

 

2-REVISÃO E DISCUSSÃO DA LITERATURA

               O presente trabalho propôs investigar como ocorre o processo da produção da escrita na aprendizagem dos alunos da 2ª série, a turma com 20 alunos sendo 11 meninos e 9 meninas, a faixa etária entre 8 a 13 anos.

               Proporcionamos diversas atividades de leitura e escrita a fim de despertar o interesse pela mesma. Ao iniciarmos os trabalhos em sala de aula após apresentação pessoal para interação com os alunos, solicitando que cada educando escrevesse sobre si próprio contando um pouco de sua história.

               De acordo com Emilia Ferreira o professor deve conhecer e investigar a vida do aluno anterior a escola seria uma maneira de não conduzir a criança ao fracasso.

               A leitura da vida do aluno relatada em histórias para os colegas, é um momento muito importante. O educador precisa conhecer as características culturais do educando, pois é através da mesma que aprende a valorizar a pluralidade e a potencialidade de cada individuo, pois sabendo que a compreensão do aprender esta na interação de um com o outro e com o meio que esta inserido. Escrever é um ato que exige desempenho e esta relacionado a leitura, ler não ensina só a ler mas também a escrever, portanto favorecer o contato intenso com as diferentes possibilidade do uso da linguagem com diferentes gêneros. Durante a pesquisa realizada podemos observar que um ambiente escolar, é possível vivencia muitas situações de comunicação pela escrita, por exemplo, instrução de regras de jogos, noticia de jornal, convites indicando dia hora e locais da festa usam de bilhetes e recados etc. muitas atividades que o professor realiza fora da sala de aula como: bilhetes para os pais, convites, cartas etc. poderiam ser feitos juntos com os alunos, permitindo que eles percebam o conteúdo e a interação da escrita e da leitura do texto.

 Na visão de Paulo Freire, a leitura da palavra escrita implica a fala, a oralidade. A capacidade de falar por sua vez demanda antes ou transformar a realidade (FREIRE apud BARRETO, pg 78)

              Ao propor atividades em grupo notamos que o trabalho  da escrita e da reescrita em dupla ou grupo favorece a criação de textos e ainda evita que os educando se sintam melindrados na hora da correção ou reescrita na lousa.

              Ler é questionar algo escrito como tal a partir de uma expectativa real, ler escritos reais que vão desde um nome de rua numa placa até um livro, passando por um cartaz, um jornal, um panfleto, por isso que lendo de verdade desde o inicio que se torna um leitor de verdade.

O texto é uma forma material concreta do discurso que produzimos ao falar e estudando sua base lingüística podemos perceber seu funcionamento da lingüística pois é um objetivo simbólica que traz diferentes possibilidade de leitura, o texto é o enlace de sentidos onde se trabalha a linguagem, o funcionamento do discurso e a interpretação, então o analista deve compreender os sentidos que se apresentam no texto e a forma com que ele pode ser lido. (ORLANDI, 2001, pg. 78).

               Proporcionamos momentos de leitura da literatura infantil e constatamos que as crianças que tiveram contatos com livros infantis anterior a escola apreciaram e se envolveram prazerosamente. A literatura infantil desenvolve não só a imaginação das crianças como também permite que elas se coloquem como personagens das idéias. A literatura possibilita que as criança consigam desenvolver sua criatividade, pois o ato de ler e de escrever estão intimamente ligados. Nesse sentido; “ A literatura infantil é, leitura antes de tudo, leitura ou melhor, é arte, fenômeno de criatividade que representa o mundo, o homem, a vida, através da palavra. Funde os sonhos e a vida pratica, o imaginário e o real, as idéias e sua possível/ impossível realidade.” (COELHO, 2000 pg. 27).

                 O bom leitor não se faz por acaso muitos são formados na infância, em famílias que podem lhe oferecer contados com a literatura infantil e em escolas que proporcionam experiências positivas no inicio da alfabetização, na organização da sala de aula para os momentos de leitura é importante criar um ambiente rico, estimulador e agradável para os educandos.

                A pesquisa realizada nos permitiu verificar um dos problemas no aprendizado do educando, é a ausência da família, a falta de dedicação dos pais aos filhos. Os pais até que demonstram interesse as necessidades de estarem atentos à aprendizagem de seus filhos. No entanto acabam se organizando em função do tempo, que não foi consumido pelo trabalho de cada um. É esses tempo que restará aos filhos.

 Segundo (MARTURANDO, apud FUNAYAMA, 2000). As crianças que apresentam algum tipo de dificuldade escolar recebem menos atenção de seus pais, uma vez que as próprias dificuldades ocasionam certo desgaste na relação afetiva, sendo assim, os pais se voltam para esse filho, quase que exclusivamente para tentar contornar as dificuldades escolares apresentadas na relação com eles.

               Embora as dificuldade de aprendizagem estejam ligadas aos múltiplos fatores, elas são sobre-maneiras sustentadas pelo meio, familiar e social e a forma como estes sistemas em especial a família definem essas dificuldades terão papel decisivo na evolução e resolução do problema, pois as dificuldades de aprendizagem expressam uma personificação dos conflitos familiares e emocionais que não foram manifestados explicitamente permanecendo muitas vezes no inconsciente da criança, de forma velada. (PILITY, 2001).

              Em nosso trabalho observamos que a participação da família na vida escolar da criança é de grande importância, a criança passa a ver o ambiente escolar como uma extensão de seu lar, ela será uma segunda casa que promove a aproximação entre as pessoas que se importam com seu desenvolvimento, com o seu aprendizado, e com despertar de seu talento e habilidades.

             Propiciar a criança o interesse, o entusiasmo, estimalo a leitura depende de um lar com estrutura familiar, com direitos, afeto, alimentação, segurança, saúde, educação para que possam desenvolver suas potencialidades. Em certas famílias, a leitura e a escrita estão presentes em seu cotidiano jornais e cartas são lidas e comentadas, listas de compras e bilhetes são escritos, cheques são preenchidos etc. na maioria das famílias menos favorecidos, porem o ato da leitura e da escrita são raros ou mesmo inexistentes, seja porque suas condições de vida e de trabalho não exigem uso da leitura e da escrita.

 Para as crianças de classe media, a alfabetização constitui o primeiro passo de uma longa carreira escolar que provavelmente terminara em uma universidade, esse tipo de aluno usara freqüentemente a leitura também como uma forma de lazer e instrumento de comunicação pessoal. Já os adultos analfabetos encaram alfabetização  como um meio para atender afim  imediato; conseguir um emprego modesto, orientar-se na cidade grande, er e assinar documentos. As modificações das pessoas são diferente, e a engana quando supõe que a leitura e a escrita tem o mesmo sentido para todos. (CARVALHO, 2004).

               Em nosso trabalho observamos     que quando as crianças chegam à escola para aprender a ler já viram varias coisa escritas os cartazes e placas de rua, nos jornais nas embalagens de alimentos e de remédios. Provavelmente sabem  que a escrita quer dizer alguma coisa, embora não percebam exatamente de que maneira os sinais escritos no papel funcionam para transmitir mensagens.

                A leitura é parte essencial, do empenho, da perseverança, da dedicação em aprender. Além das habilidades do domínio de linguagem da atenção, e da concentração, o ponto fundamental também é  o hábito de ler, no entanto nos deparamos diante de educandos de varias idades, crianças, pré adolescentes e outros aspectos da realidade, nem todos adquiriram habilidade necessária à leitura e nem todos incorporam o habito de ler. É então nesse momento que devemos recorrer a estímulos e,              entre eles se encontra as dinâmicas de leitura que são leituras em grupos, leituras passa e repassa, leitura por sorteio, leitura dramatizada, leitura livre, leitura de música com dança, leitura de poesia, poemas, versos, contos, visitas a bibliotecas etc. Todos essas atividades envolve as crianças e faz com que elas adquirem gostos pela leitura e escrita.

               O aluno deve mergulhar em seu próprio conhecimento, a fim de caracterizar a leitura como situação cotidiana e interacinal, LEOMAR KIECKHOEFEL (apud PEREIRA, 2001). Em nossa pesquisa constatamos que a experiência com textos variados e diferentes gêneros é fundamental para a constituição do ambiente alfabetizador. A seleção do material escrito deve ser feito pela necessidade de oportunizar as crianças ao acesso a diversos textos e de facilitar as diferentes funções e características das praticas sociais de leitura escrita.

               Segundo MELO (2003, PG. 03) “cada época e cada grupo social tem seu repertório de formas de discurso que funcionam como um espelho que conhece que reflete e retrata o cotidiano. A palavra é a revelação de um espaço no qual os valores fundamentais de uma dada sociedade se explicitam e se confrontam”.

               Concluímos em nosso trabalho que na pratica pedagógica cotidiano é muito importante a interação com os alunos, o sentir, o tocar, acompanhar a evolução do seu conhecimento respeitando as fases em que cada educando se encontra, o professor deve selecionar textos de acordo com o gosto e o interesse das crianças levando em consideração a faixa etária, procurando leituras que viabilizam o contar, recontar, encenar, recriar, desenhar e que possibilita a criança interagir com a leitura.

              De acordo com Cardoso (2003) a linguagem como interação tem maior possibilidade de fundamentar uma pratica pedagógica que visa encontrar formas de garantir o aprendizado da leitura e da escrita.

              Ensinar a ler vai muito além de ensinar a decodificar palavras em um texto significa ensinar estratégias de leitura na busca da construção dos significados de um text0, abservando, interpretando o que os rodeia. A leitura é um dos requisitos fundamentais da atividade pedagógica ela consiste em fazer com que a criança consiga a ler e tenha acesso em todas as informações  disponíveis e em meios escritos como imprensa, livros etc. A leitura aproxima a criança da imagem gráfica apresentada em qualquer tipo de suporte.

3-Considerações finais

             Na reflexão que temos enfatizamos que o trabalho desenvolvido em sala de aula quanto ao ensino da leitura e escrita, devemos privilegiar as técnicas discursivas por que faz sentido o que se escreve valendo história.             Podemos constatar que a linguagem é a forma pela qual através das palavras e frases, as pessoas comunicam-se umas com as outras, seus pensamentos e emoções. Trabalho através de uma concepção metodológica flexível que valoriza os saberes já construídos pelos educados. Para formar educando leitor deve-se admitir que a escrita é uma conseqüência da leitura, e que o nível do educando se eleva, tornando- o mais criativo, critico e participativo,  demonstrando através das produções de textos. Apesar de todas as dificuldades encontradas ao se trabalhar com a leitura escrita podemos enfatizar que aprender a olhar a leitura e a produção de textos é algo bonito, desafiante e gratificante para o educador. Podemos afirmar que os educados aprendem a ler e a escrever com praticas diferenciadas, até mesmo porque todas as pessoas não são homogêneas, por isso vem à importância de diferentes técnicas e praticas em sala de aula. Os objetivos de cada educador serão alcançados por meio do incentivo à leitura e a escrita, levando os educados a reflexão e ao desenvolvimento da capacidade de interpretar o mundo. Acreditamos que a transformação do ser humano é sempre possível e estamos certos de que é pela educação que podemos mudar a realidade social e formar cidadões consciente e críticos.               

 4 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

AGUAR Vera Teixeira de. Literatura: A formação do leitor. 2.ed. Porto Alegre: Mercado Aberto, 1993.

BARRETO, Vera. Paulo Freire para educados. São Paulo: Arte é Ciência, 1998.

CAGLIARI, Carlos. Alfabetização e linguistica. São Paulo: Secione, 1997.

CARDOSO, Silvia Barbi. Discurso e Ensino. 2. Ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2003.

FREIRE, Paulo, Pedagogia do aprimido. 3 ed. São Paulo: Paz e terra, 1997.

GODOTTI, M. Boniteza de um sonho: Ensinar e aprender com sentido. São Paulo: Cortez, 2002.

KLEIMAN, A. (org) Os significados do letramente. Campinas – SP: Mercado de letras, 1995.

MELO, Maria Tais de. Uma nova cultura docente. IFCE, 2003.

ORLANDI, Eni puccinelli. A Linguagem e seu funcionamento: as formas do discurso. São Paulo: Brasiliense, 1983.

TVEBRASIL, Boletis.