POSTURA FÍSICA E COMPORTAMENTAL: DANÇANDO NO RITMO DA MENSAGEM

            Saber se posicionar é uma virtude. Quando alguém está em evidência, como é o caso do orador, do professor, do pregador, e até do guarda de trânsito, ainda que fora do contexto da palavra falada, mas bem dentro do contexto da comunicação por gestos, deve saber estar posicionado e, mais que isso, deve saber se movimentar de acordo com o contexto em que está envolvido. A movimentação correta diante de um ato comunicativo é uma arte e, diante desta necessidade, precisamos identificar o que significa para o receptor cada passo, gesto ou movimento que damos quando em uma situação de comunicação.

            A postura é a maneira como o emissor se posiciona diante do seu público e pode ser analisada sob dois aspectos: físico e comportamental. A postura comportamental diz respeito às suas atitudes em relação ao domínio do conteúdo, domínio de si mesmo e da relação com o seu público.

            Em relação ao conteúdo, o emissor deve ter pleno conhecimento do assunto abordado, evitando o risco do vexame de estar falando do que não entende, haja vista a gama de informações a que o público de hoje tem irrestrito acesso através das muitas fontes por meio da tecnologia.

            Em relação a si mesmo, deve dominar-se a fim de que as suas sensações e emoções não atrapalhem o seu raciocínio e o desenvolvimento lógico da mensagem. O público deve assistir a um emissor seguro de si, confiante e emocionalmente equilibrado.

            Em relação ao seu público, o comportamento de quem fala deve ser amigável, sincero no que diz, sem ser descortês quando interpelado. Deve também ser conhecedor das necessidades do seu ouvinte, sabendo respeitar as diferenças e dificuldades, sendo um facilitador da aquisição do conhecimento, humilde e não um déspota detentor de todo conhecimento do mundo. Deve ser empático, simpático e alegre, porém evitar o risco de se tornar um animador de circo. Essas posturas comportamentais são ferramentas importantes que ajudarão a trazer credibilidade para a sua mensagem.

            Da mesma maneira que a postura comportamental, o emissor deve trabalhar para ter uma postura física impecável, ou o mais próximo disto. Para quem não te conhece, a primeira impressão deixa marcas muito fortes, por isso devemos manter a nossa aparência bem apresentável diante de qualquer público. Para tanto algumas dicas são importantes com as que apresentamos a seguir:

            A postura ereta indica sobriedade e deve ser mantida durante a apresentação ou discurso, porém devemos evitar o engessamento, não correndo o risco de parecer arrogante, é preciso manter a postura, mas relaxadamente. Nossa cabeça deve estar erguida e funcionando como um farol: atenta a todos os ouvintes, podendo assim ler as reações de cada um em relação ao assunto, o que nos permitirá mudar o ritmo, se preciso for, para despertar a atenção do receptor.

            Quando alguém da platéia estiver com a oportunidade de falar, não devemos andar ou virar as costas, o que demonstra desrespeito ou desatenção. Também não devemos andar em direção a quem fala, o que poderia parecer um gesto de intimidação.

            Andar demasiadamente ou no momento inoportuno pode ser identificado como nervosismo pelo público; quando nos posicionamos de costas ao falar, damos a impressão de não querer participação ou interação com os ouvintes, criando assim uma barreira na comunicação.

            Essas orientações devem ser praticadas e analisadas em cada um dos nossos discursos. Se possível, podemos gravar as nossas apresentações para analisá-las em outra oportunidade a fim de corrigir os erros de postura e posicionamento que cometemos. Esse tipo de prática em conjunto com outras técnicas certamente fará de nós melhores comunicadores.