Portal do sentimento.
Publicado em 07 de janeiro de 2013 por Edjar Dias de Vasconcelos
Portal do sentimento.
Grandes são os desertos.
Perlustrados.
Os sertões são tão pequenos.
Dissimulam-se o solo.
Como se a alma fosse normal.
A porta do sentimento.
A ocasião da véspera.
Resta apenas uma arrumação.
Adiada.
Ao silêncio do tempo.
A vida é uma coisa.
Não sei se vale apena.
Ser dita.
Melodicamente.
Talvez sua consciência.
Deve ser entendida.
É interessante.
O mecanismo do insignificado.
O obnubilar das palavras não ditas.
O que transcende limita-se.
O fervor do tempo.
Sobrevive minuciosamente.
As pedras ao supremo abismo.
Não é necessário nada.
A obliquidade metafísica.
Nada de ensinamento enfileirado.
Ao bando ao bojo estrugi perfume.
O que devo dizer.
A vossa sapiência.
A vida é só uma.
O resto é replicação.
Fulgura a nossa memória.
Atinge a burguesia.
Objurga-se ao celeste contemplativo.
Diria a inutilidade dele.
Mas todo mundo pensa.
Que é homérico.
O destino fundamentalmente inelidível.
O obsoletismo.
Oblívio.
Vergonhosamente.
O que vou dizer a todos eles.
O romantismo de um passageiro.
Dialético.
Refiro-me ao materialismo histórico.
Oclocracia política.
Palavras socialmente desentendidas.
A condenação da raiz suprimida.
Sem obsedar o desfraldamento.
Entendo então.
Essa ingenuidade permanente.
Como força do destino.
Vejo o cérebro ao tonto.
Quisera com essa lógica a consciência.
A palilogia inexorável.
A destinação pancrácia.
Não tiro os olhos.
E vejo a escuridão.
Da luz do sol durante o dia.
Pífaro ao entendimento da vossa ideologia.
O que me conta a respeito desse alheamento.
Algo estúpido apenas das vossas partes.
A picardia deles.
Insulta a paciência proletária.
O protraimento de uma linguagem incomum.
Pliocênica.
Ser poeta ou não ser.
O que adianta isso.
Impossível fitar o deslumbramento.
Aqui indelevelmente.
A vossa peremptória intuição indutiva.
Quando passar o drama.
Fechar as cortinas.
Entenderás o teatro.
Um sinal despertado tardiamente.
Impossível escutar.
Como então dizer.
O mundo é apenas esse signo.
De estrelas rastejantes aos imaginativos.
Edjar Dias de Vasconcelos.