POR QUE AS PESSOAS CORREM DA FELICIDADE?

Paz, alegria, felicidade, anseios inatos, três tesouros que a gente procura a vida inteira, sofregadamente.

Paz, alegria, felicidade, anseios inatos, três tesouros que a gente procura a vida inteira, sofregadamente.

O próprio Deus nos quer alegres, sorridentes, pacíficos, irradiando luz, entusiasmados. Transmitindo simpatia e cordialidade.
Porém tenho observado em meu consultório, que o comportamento das pessoas tem um padrão muito curioso.
Parecem que boicotam sua própria felicidade ou até seus momentos felizes. Vivem enganando a si próprio.

Como assim?
As pessoas acham que não podem ser felizes, ou até mesmo têm medo de ser. Por que será que elas têm medo da felicidade?
Tem uma história que diz que para estas pessoas, felicidade significa mudar uma série de hábitos e perder sua própria identidade.
Muitas vezes nos julgamos indignos das coisas boas que acontecem conosco. Não aceitamos ? porque aceitá-las nos dá a sensação de que estamos devendo alguma coisa a Deus.

Pensamos: "É melhor não provar o cálice da alegria porque, quando este nos faltar, iremos sofrer muito?. Por medo de diminuir, deixamos de crescer, por medo de chorar, deixamos de sorrir.

"A humanidade é infeliz por ter feito do trabalho um sacrifício e do amor um pecado?.
Este é um pensamento de conclusão ou de reflexão?
Se as pessoas correm da felicidade, de quem é a culpa?
Podemos não aceitar ou admitir, mas devemos respeitar.
Pois vivemos voltados apenas para nós, ignorando e olhando para os outros com total desinteresse.
Em um confessionário, um senhor desabafou:

- Padre, moro há dez anos em São Paulo, caminhando pelas ruas, sinto-me sempre um pouco fantasma...
Vejo todo mundo, mas parece que ninguém vê a mim.
Observo tudo, mas não faço parte do nada... De qual lado estamos nessa história?
A conclusão é simples. "Se queremos multiplicar a nossa felicidade, devemos dividi-la?.
Como é fácil ser difícil. Basta ficar longe dos outros e, desta maneira, não vamos sofrer nunca. Não vamos correr os risco do amor, das decepções, dos sonhos frustrados.
Como é fácil ser difícil. Não precisamos nos preocupar com telefonemas que precisam ser dados, com pessoas que pedem nossa ajuda, com a caridade que é necessária fazer.
Como é fácil ser difícil. Basta fingir que estamos numa torre de marfim, que jamais derramaremos uma lágrima.
Basta passar o resto de nossa existência representando um papel.
Como é fácil ser difícil. Basta abrir mão do que existe de melhor na vida.
O amor ... José Ricardo Borrás (Terapeuta Corporal)