O correspondente jurídico é o profissional que resolve a vida dos grandes escritórios. Acredite, é isso mesmo.

Grandes escritórios, que normalmente se estabelecem nas capitais, prestam serviço jurídico para grandes empresas e, muitas vezes, para instituições financeiras. Principalmente no caso dessa última, há um enorme número de contratos com consumidores de todas as regiões do país e, por isso, as demandas judiciais acontecem em todo o território nacional.

Nesses casos sempre surgirão serviços e diligências que deverão ser efetuados na localidade de trâmite processual, o que demandaria muitas das vezes longas viagens para a realização. Como alguns desses atos não demandarão conhecimento do caso nem do processo, pode ser delegado para terceiros, desde que sejam advogados.

Nessas situações, para evitar maiores despesas, os grandes escritórios buscam correspondentes jurídicos para realizar esses atos por um custo inferior ao que teriam se fossem eles próprios realizarem os atos.

Portanto, correspondente jurídico é o advogado que exerce sua profissão auxiliando grandes escritórios de outras localidades, cumprindo atos processuais e realizando audiências como substabelecidos destes.

O que a desjudicialização tem a ver com isso?

Como é de conhecimento de todos nós, juristas, há um movimento muito novo e persistente da desjudicialização. Esse movimento defende a conciliação, por meio das juntas de conciliação da OAB e do próprio CEJUSC. Com esse movimento, em todos os processos está havendo a chance de conciliação, marcando-se audiência de tentativa de conciliação antes da audiência de instrução, até mesmo nos casos onde vigora a audiência una de instrução e julgamento.

Por isso, os grandes escritórios que promovem ações de execução para instituições financeiras, ações estas que não demandam matéria de fato e por isso não havia audiências, estão buscando advogados correspondentes para realizarem as audiências de conciliação. Isso porque o correspondente gerará um custo inferior ao de se deslocar da capital para o interior realizar a audiência, que na maioria massacrante das vezes será infrutífera.

Correspondentes jurídicos ganhando força

Como já exposto, a necessidade do advogado correspondente vem crescendo a cada dia, também pelo motivo da desjudicialização. Na verdade, não só, mas esse motivo tem ajudado muito.

Outro ponto e, não menos importante, é a visão de “empresa” que os advogados estão tendo para seu escritório. Com essa visão, analisa-se os custos e riscos, e toma-se a decisão menos onerosa.

Em quase todas as vezes, quando se demanda longo deslocamento para cumprimento de determinados atos, contratar um correspondente é a decisão menos onerosa. E essa visão empreendedora da advocacia está ajudando o advogado correspondente.

Em verdade, a advocacia de correspondência foi também muito discriminada pelos outros advogados, que alegavam ser uma forma promíscua de exercer a atividade. Essa visão foi mudando com o tempo e hoje já quase não mais existe. Isso porque os advogados que a discriminavam viram sua importância e, mais do que isso, sentiram sua necessidade.

A própria Ordem dos Advogados do Brasil se moveu há pouco a favor da correspondência jurídica, dando força e a apoiando em seus objetivos. Em alguns Estados da Federação se criou, inclusive, uma tabela de honorários própria para a advocacia correspondente. Isso profissionalizou ainda mais a atividade e deu segurança para os novatos cobrarem valores justos pelos seus serviços.

Juntando a necessidade do advogado correspondente à visão empreendedora da nova advocacia que, visando lucro, estreita seus laços de parceria e busca sempre a decisão mais onerosa e o fortalecimento dessa área pela Ordem dos Advogados do Brasil – OAB, o advogado correspondente vem ganhando lugar no mercado e a cada dia crescendo e criando força.

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