Eu me pergunto  que sou quando esquisito.

Sei que vim do mais misterioso da incabível força do crer.

Da mentira onde sou apenas arma e criação.

Como posso ser ficção, se vivo; se respiro o ar?

Em que distância vê meu âmago faminto...

E nas anginas do pecado da terra...

Como par vou esculpir inocente meu desejo.

De mim sou o fardo do meu pensar intranquilo em desalinho.

Sou que desconheço inteligente vim ocupar.

Não ando porque não tenho passos...

Deslizo na concepção onde a dor das mãos só me perderem.

Tocar depois, pois sou parte carne, parte espírito...

Unidos aos sonhos a vida traça.

 

 

EWALD KOCH