POR CAUSA DO PRECONCEITO.

 

Por causa do preconceito

Eu perdi o direito de me deleitar

De deitar e rolar

De desfrutar da fruta

De entrar na luta.

Por causa do preconceito

Eu perdi o direito de compartilhar

De vivenciar momentos plenos

Excitantes e serenos

Traguei o veneno

Deixei-me envenenar

E perdi a coragem de arriscar.

Por causa do preconceito

O meu direito acabou e o seu começou

Porque você não me deu o direito de tentar

E isso é um direito seu

Já que a questão em jogo é você.

Por causa do preconceito

Eu perdi um pouco o entusiasmo de viver.

Por causa do preconceito

Eu já nem sei direito

Se paro ou continuo tentando

Já que o direito que eu lhe dei de tentar

Você perdeu, deixou pra lá ou jogou fora

E agora eu sinto um aperto no peito

Por causa do preconceito.