Um fenômeno interessante se dá com certas minorias comportamentais. Formam suas tribos, alheias ao tecido social macro, criando, assim, sociedades alternativas. Até aí tudo bem, desde que não haja invasão do espaço de ninguém.

O caso mais comum e também mais polêmico é o dos que adotam o comportamento homossexual. Não se trata de aldeias geográficas, mas de comportamento, como disse. Contrários aos valores tradicionalmente aceitos pelo senso comum, vivem suas idiossincrasias em nome da liberdade. Se agir assim lhes apraz, tudo bem, que o façam. O problema começa quando não satisfeitos de serem como são, pleiteiam o abono da sociedade. Quando buscam, violentando consciências, estabelecer como normal algo que se fosse, nem careceria pleito algum. Invocam até mesmo Deus e a Bíblia, dizendo que Ele é amor, e aceita todos.

Acontece que conceitos verdadeiros divorciados do contexto, podem se tornar falsos; "Uma coisa boa não é boa fora do seu lugar." Advertia Spurgeon. Sabemos que Deus é amor, também que aceita a todos; porém, em quais condições? "Deixe o ímpio o seu caminho, e o homem maligno os seus pensamentos. Converta-se ao Senhor que se compadecerá dele, torne-se para o nosso Deus, pois grandioso é em perdoar." (Is 55; 7) E ímpio, é todo aquele cujo comportamento destoa da Palavra de Deus.

Na verdade temos comunidades alternativas até "evangélicas"; seja de naturistas, seja de gays. O sacerdócio, a mediação entre o homem e Deus, assemelha-se a uma ponte; a qual, começando na margem humana, transpõe o abismo da morte, tocando à eternidade, a salvação. E quanto a esses, (os sacerdotes) a Bíblia diz: "Ninguém toma pra si essa honra senão os chamados por Deus, como o foi Arão." (Heb 5; 4)

Contudo, qualquer um pode começar uma ponte, e mesmo edificá-la, em parte; o problema é chegar à outra margem. Isso só é possível, alicerçado nos pilares da Palavra de Deus, Cristo. "? ninguém vem ao Pai, senão por mim". (Jo 14; 6) E por Cristo há certo preço, a cruz. Então invocar o amor de Deus em defesa de erros, não funciona, afinal, quando um pai veta aos seus filhos o uso de drogas, advertindo sobre o risco de morte, ele o faz por amor; ou não é assim? E sabendo Deus que "O salário do pecado é a morte?" (Rom 6; 23) demonstra amor, quando nos exorta a sermos santos.

O que se dissemina em nossos dias, é um "Deus" oco, amoral, divorciado da Bíblia.

Dia desses, um jogador de futebol após marcar um gol, comemorou com gestos considerados obscenos, e foi por isso, expulso. Entrevistado disse: "Fiz o que Deus me colocou no coração pra fazer". (?) Ora, o mesmo Deus que manda obedecer às autoridades, patrocinaria a desobediência? Certamente foi outro deus!

Esse é um retrato do oba-oba sacerdotal do presente; nos seus dias, o rei Roboão denunciou: "Qualquer que venha a consagrar-se com um novilho e sete carneiros logo se faz sacerdote daqueles que não são deuses." (II Cron 13; 9)

Então, embora pareça de boa índole haver sacerdotes pra todo gosto, o Eterno só consegue ver duas alternativas, e é com amor que aconselha: "Os céus e a terra tomo hoje por testemunhas contra ti, que te propus a vida e a morte, a bênção e a maldição. Agora, escolhe a vida, pra que vivas, tu e teus filhos." (Deut 30; 19)

Quanto aos sacerdotes, só merecem ser ouvidos, aqueles que podem dizer como Paulo: "Porque eu recebi do senhor o que também vos anunciei."(I Cor 11; 23)

E o tribunal onde o Senhor sanciona ou veta algo, não é um coração degenerado, mas a Palavra Por Ele falada. "Muitos têm recuado porque têm medo de olhar as coisas do ponto de vista de Deus." (O. Chambers)