Político Inelegível, só aqui em Passo Fundo!
Com a proximidade de um novo pleito em que a administração municipal deverá ser renovada já temos idéia do que nos espera. Tivemos tempo suficiente para nos inteirarmos com as possibilidades. Sabemos da realidade com as quais convivemos. Porém, uma das coisas que mais chama atenção do eleitor que, felizmente, está cada vez mais ligado, é a permanência equivocada de certos nomes. Constatações absurdas como o registro de um político “inelegível” nas fileiras de seu partido ou na coligação a qual pertence. Pois é! Enquanto alguns partidos tentam reciclar nomes que poderiam contribuir com as pretensões da legenda, outros fazem vistas grossas ao ingresso de políticos sujos abrindo as portas para eles. Assim permitem a derrocada do que já vem se partindo a tempo. Aqui em Passo Fundo tem disso, acreditem! A atual coligação consegue mais essa façanha. Tem como um de seus secretários alguém que é “inelegível”, portanto não coloca   e nem poderá colocar o seu nome a disposição. Permite - ainda que de forma torta- alguém que só Deus sabe quanto tempo irá levar para se desvencilhar de seus entraves com a justiça. Quem faz política sabe de quem se trata. Quem não sabe descubra junto aos seus partidários, com certeza terás a resposta. Quanto à coligação vai ver não temos ninguém com capacidade para assumir uma secretaria que é de serviços essenciais onde lidar com a massa é prioridade e consolida laços de fidelidade com o eleitor. Esse quadro de equivoco revela cada vez mais que o Partido Democrático Trabalhista passa por um momento de transição e sofre as piores conseqüências devido à tomada de decisões como esta, em que os seus de carreira são colocados de lado e os de fora são cada vez mais agraciados. Dar corda ao inimigo é correr riscos. Estar secretário e não poder passar disto é como estar no quartel em final de carreira – o posto não avança e a patente de nada serve... Ser apenas secretário sem poder emprestar seu nome para o legislativo é sinal de incompetência evidente. Incompetência dele e mais ainda de quem o coloca como titular da pasta. Bom que a ficha limpa prova ser uma ótima arma contra inelegíveis. Pena não ser exigida também para secretário. Se assim o fosse nem mesmo para essa função de cabide serviria. Por outro, lado da pena ver um Partido que já foi maior tendo de se submeter a esses arranjos que mais parecem desarranjos de uma política maculada e sórdida, ou será que ambos se parecem e eu é que não percebi?
José Ramos Berton
Jornalista