POEMAS.

 

Sentir saudades da vida

Não é sentir nostalgia!

É viver com alegria,

Sem uma infância sofrida.

Sem lembrança reprimida,

Sem mágoas, e sem rancor

É viver com muito amor,

Amar os outros também!

Agradecer dizendo amém

A Jesus nosso senhor.

Oh que saudades que tenho

Da aurora da minha vida,

Da minha infância querida

Que os anos não trazem mais!

Que amor, que sonhos, que flores,

Naquelas tardes fagueiras

À sombra das bananeiras,

Debaixo dos laranjais.

Como são belos os dias

Do despontar da existência!

Respira a alma inocência

Como perfume na flor;

O mar é – lago sereno,

O céu – um manto azulado,

O mundo – um sonho dourado,

A vida – um hino de amor!

Que auroras, que sol, que vida

Que noites de – melodia

Naquela doce - alegria,

Naquele ingênuo – folgar!

O céu bordado de estrelas,

A terra de aromas cheia,

As ondas beijando - a areia!

E a lua beijando – o mar!

Oh dias da minha infância!

O meu céu de primavera!

Que doce a vida não era

Nessa risonha – manhã.

Em vez das mágoas de agora,

Eu tinha nessas – delícias

De minha mãe as carícias

E beijo de minha irmã.

Quando eu tinha oito anos,

Andava bem – satisfeito;

De camisa aberta ao peito,

Pés descalços braços - nus,

Corria pelas – campinas!

Em volta das – cordilheiras,

Atrás das asas ligeiras,

Das borboletas – azuis.

 

Se eu construísse um mundo,

Eu faria diferente.

Com outro tipo de gente,

De sentimento profundo.

Que não fosse vagabundo,

E não roubasse ninguém.

Um mundo só para o bem.

Que não existisse o mal,

Um mundo justo e igual,

Como o mundo do além.

 

Se eu falasse com Deus

Eu perguntaria como ele foi feito.

Sem mágoa sem ódio e sem rancor,

E sem nenhum defeito.

Se ele foi feito assim,

Porque fez gente ruim,

E não fez todos do mesmo jeito?.

 

 

JOÃO LÚCO FILHO.

 

CASIMIRO DE ABREU.

 

[email protected].

 

BRASÍLIA,20 DE  FEVEREIRO DE 2015.