Na tela branca, a pureza

Da folha vazia...

Primeiro um signo

Mais outro, e surgia

 

Como pinceladas

Multifacetadas

As primeiras letras

Da poesia.

 

Como luz que acende

Uma palavra única

Retoca a pintura

De forma tão lúdica.

 

Brancas, livres, ricas,

Encontros sobre o papel,

Compondo versos e rimas

O crayon como pincel.

 

O arco-íris em cores

Todo nuance e matiz

Notas soltas metrificam

Na tela  inda em verniz.

 

No  silencio espreita

A expressão desnudada

Em letras engastadas

Descrevendo sentimentos.

 

Semelhante garatuja

Traços, riscos e rabiscos

Passa a emoção como surja

O pintor em seu papel.