Devemos desenvolver um poder mental onde criamos um campo protetor para que vibrações negativas não adentrem nele, essa é uma preparação para um futuro em outro plano no qual iremos descer nas faixas vibratórias negativas para elevar os nossos que ficaram no caminho de retorno ao Criador, e quando lá estivemos, os gritos de desespero, angustia, medo, maldições, blasfêmias serão tantos, que ou desenvolvemos um mental capaz de criar uma energia que paralise essas vibrações negativas ou elas se internalizarão em nós e ao invés de sermos um espírito transmutador daqueles que estão nessas faixas vibratórias negativas, nos tornaremos em mais um deles. A Umbanda desde sua estruturação no plano superior da criação adotou um modelo em suas praticas mediúnicas de Incorporação que é a semi-consciencia, onde o médium incorporante tem uma pequena consciência dentro do transe mediúnico e fica em segundo plano, onde todas as funções motoras, bem como a instrução intelectiva e moral do espírito-guia se sobrepõe às do médium, ficando o mesmo como um espectador que também aprende e se beneficia com as ações de seus guias, tanto as ações de cunho moral e doutrinário, quanto ações magistica no qual os guias protetores são iniciados e as manifestam ativando seus pontos riscados e usando neles pedras, ervas, águas, etc. Como na Umbanda Tudo tem um Fundamento e tal como na Lei de Deus nada acontece por acaso e tudo obedece a uma ordem e estrutura pré-estabelecida, Eis que na Umbanda Não seria diferente. Sabemos que na Umbanda em particular e em todas as religiões mediúnicas, noventa e cinco por cento dos médiuns são semi-conscientes e cinco por cento trazem a inconsciência no dom mediúnico de incorporação. Sendo assim esse vasto numero de médiuns semi-consciente, é muito grande, pois atende a uma vontade suprema que viabiliza a todos os médiuns que tem o dom da incorporação, desenvolver faculdades mediúnicas, magisticas, morais e intelectiva quase que por uma questão de osmose ou doação energética, onde o médium passa a também desenvolver em si um aprimoramento moral e religioso, absorvendo conceitos morais que visam dar amparo e sustentação nas suas praticas, transmitindo aos seus médiuns conceitos virtuosos que deveram ser internalizados para que sejam irradiados nas suas ações virtuosas, para com seus irmãos. Esse é um dos fundamentos basilares e reveladores do motivo da semi-consciencia no transe mediúnico que é aprendermos com os espíritos mais superiores e elevados que nós, e ensinarmos aqueles irmãos ainda envoltos pelo manto roto da ignorância das coisas divinas. Porem um dos motivos ocultos da forma de semi-consciencia na incorporação na Umbanda, se dá para fortalecermos nossos mentais de futuras magias negativas, ou futuros mergulho nas trevas para resgatarmos espíritos que lá já foram esgotados. Mas para que nos graduemos perante a Divindade para que nós venhamos a nos tornar uma extensão do poder divino no amparo daqueles que se recolheram nas trevas da ignorância. Eis o ponto central do nosso comentário que envolve, semi-cosciencia e anulação das vibrações externas, para realização de uma vontade divina. Quando começamos o nosso desenvolvimento mediúnico, logo nos primeiros transes, descobrimos que não adormecemos quando estamos incorporados e sim estamos mentalmente presentes porem sem nenhuma iniciativa, pois toda iniciativa pertence ao espírito mentor que esta incorporado. Um dos fundamentos da semi-consciencia é o controle do mental, isolando determinadas fontes de pensamentos para que as mesmas não interfiram no trabalho do guia. O fato de nossa mente permanecer ativa nos revela que um dos motivos, alem de aprendermos com o trabalho espiritual do guia, é que venhamos a assumir um controle da mente, isolando-nos do trabalho mental do guia na hora do passe, para que isolado não venhamos a interferir no trabalho de consulta. Aos poucos com a pratica ativa da mediunidade vamos desenvolvendo um controle mental a tal ponto que nos tornamos meros expectadores, como se estivéssemos ao lado do guia, ouvindo-o e aprendendo com ele, quando atingimos esse equilíbrio e tornamos o nosso mental equilibrado, o guia passa a trocar informações mentais e passamos a adquirir certos conhecimentos de cunho magistico, moral e intelectual, pois o guia reconhece em nós, médiuns com um mental cuja faculdade se tornaram ativas e expansivas, permitindo assim uma elevação ou graduação mental que nos permite interagir com o guia espiritual em um nível mais elevado, tornando-nos uma extensão de sua ação em beneficio do próximo, pois nos graduamos perante Deus e fortalecemos o nosso mental, abrindo em nossa faculdade uma faixa vibratória mental especifica por onde passamos a nos comunicar com essa força sustentadora e coordenadora das nossas praticas religiosas e magistica. A semi-consciencia fortalece nosso mental, não permitindo que venhamos a ser influenciados por outros mentais viciados e trevosos, permite criar um bloqueio onde as ofensas, provocações, desavenças, desentendimentos e antagonismos do dia-a-dia vibradas pelos nossos irmãos encarnados e desencarnados nos permite fortalecer o nosso mental a um ponto em que bloqueamos essas vibrações não permitindo que essas ações antagônicas se internalizem em nosso intimo e alterem nosso padrão mental e energético. Os guias espirituais agem dessa forma, e diante de uma demanda ou diante de um passe em que o paciente esteja sofrendo uma magia negativa, Ele o guia, não altera o seu padrão mental, e por mais que tudo a sua volta se altere devido as vibrações negativas ativadas através dessas magias negativas, ele permanece em equilíbrio não permitindo que a energia que esta no externo adentre em seu intimo, desequilbrando assim o seu mental que é sua fonte sustentadora e mantenedora por onde as ligações com as divindades se estabelecem. Sendo assim aprendemos com os espíritos mais evoluídos que a semi-consciencia mediúnica tem o seu fundamento e que é fortalecermos o nosso mental para que criemos uma faixa vibratória exclusiva por onde passamos a interagir e apreender de forma direta o conhecimento divino sustentado pela força que nos ampara. Fortalecer o nosso mental para que não internalizemos as vibrações negativas externas, mantendo-nos fortalecidos mentalmente para neutralizar as ações desequilibradas vibradas contra nós e posteriormente e sem internaliza-las transmutarmos a fonte (ser) irradiadora de energias negativas, alterando assim a sua ação. Tal como o Mestre Jesus, o fundamentou em suas parábolas em que dizia, caso lhe agredirem a sua face direita, dê-lhe também a sua face esquerda. Ou seja, esta implícito nesse ensinamento que diante de toda a violência, de todo o desequilíbrio ou todas as ações negativas do mundo que se apresente a você, não rebaixe o seu nível vibratório permitindo que essas energias lhe contamine e passe a vibrar em seu intimo, seja forte mentalmente ao ponto de bloquear o seu mental não permitindo que o que esta no externo habite seu intimo, para que não se contamine e também seja violento, e após bloquear, haja de forma neutra como se essa ação negativa não lhe incomodasse, pois ser neutro ou não reagir, nos permite ativar o nosso racional e fazendo uso da razão, refletirmos e agirmos racionalmente, transmutando o nosso agressor. É esse o poder mental que só a manifestação da mediunidade de incorporação semi-consciente pode desenvolver, por isso e dessa forma a Umbanda fundamenta suas praticas nesse padrão de manifestação espiritual, para que seus médiuns desenvolvam esse poder, para que num grau superior e posterior ele possa atuar em uma faixa vibratória negativa extensa, resgatando milhões de espíritos com os mais variados níveis de desequilíbrio, sem que internalize esses desequilíbrios não deixando se envolver e nem internalizar as ondas vibratórias de dor, sofrimento, ódio, desespero, angustia, etc, emitidas pelos espíritos que ali estão aprisionados, justamente por revidarem ou agirem da mesma forma que agiram aqueles que estavam em desequilíbrio. Deus nos quer Poderosos mentalmente, pois só aquele cuja força esta no mental, possui o real e verdadeiro poder, justamente porque não necessita agir através da força, pois aqueles que agem através da força, dão sinal de enfraquecimento do seu poder mental, sendo assim, aquele que conquista ou subjuga através da força (violência) teme diariamente ser traído pelos seus escravos conquistados e aquele que conquista através da razão e através do dialogo (amor) não teme ser traído, pois não escraviza seus conquistados e sim conquista o amor e admiração eterna deles. Essa é a diferença do Poder e da força, o poder conquista admiradores e a força traidores. (Saravá a Umbanda)