POBRE ALAGOAS

Serafim Maia Antunes

Em recente Censo 2010 do IBGE constatou-se que os Estados do Maranhão, Piauí e Alagoas têm os maiores percentuais de pessoas em situação de extrema pobreza. Enquanto a Bahia tem o maior número absoluto de miseráveis, mais de 2,4 milhões de pessoas !

E, dentre, esses Estados, Alagoas possui a maior taxa de analfabetismo: 22,5% da população com mais de 10 anos de idade é analfabeta. Esses alarmantes índices de miséria e analfabetismo nesses quatro Estados da região Nordeste do Brasil são apenas reflexos do histórico coronelismo que sempre imperou no Maranhão, no Piauí, em Alagoas e na Bahia. O Maranhão, por exemplo, é governando a décadas pela mesma família;a Bahia foi governada durante muito tempo por Antonio Carlos Magalhães; enquanto o Estado de Alagoas ofereceu ao Brasil frutos podres da política.Frutos podres que mandam e desmandam no Estado de Alagoas – o Estado mais atrasado do Brasil.

Assim percebemos que historicamente o coronelismo, a miséria , o analfabetismo e a violência sempre andaram de mãos dadas e formam um maldito circulo vicioso.Os coronéis da política brasileira sempre procuraram manter o povo na ignorância e o resultado da ignorância e do analfabetismo é o voto de cabresto, o voto vendido e o voto inconsciente. Não é a toa que figuras como Collor de Melo e Renan Calheiros retornaram ao poder: graças aos votos do povo de Alagoas.Não é a toa que os políticos engendraram uma manobra que resultou na concessão do direito de votar para os analfabeto Resta-nos saber até quando Estados como Maranhão, Piauí, Alagoas e Bahia irão continuar oferecendo seus podres frutos políticos ao resto do Brasil.E, como se sabe, frutos podres contaminam frutos sadios – não é a toa que está havendo uma corrupção e uma falta de ética quase que generalizada no Congresso Nacional e no Senado Federal.

Eu teria vergonha de residir em Alagoas porque não compactuo com o coronelismo, com a miséria e o analfabetismo.Não compactuo também com o voto inconsciente que gera políticos moralmente podres para o Brasil.

E-mail: [email protected]