Platão e o amor
Publicado em 26 de abril de 2012 por Prof Augsto Nogueira
Pra Sócrates, amor ou paixão era considerado para ele como uma espécie de afeto pedagógico, mas também possuíam especial preferência corporal por jovens do gênero masculino.
O conceito de amor platônico (relacionado ao nome de Platão) surge, desta maneira, em um contexto onde se questionava a pederastia (homossexualidade) mundana contra o a paixão filosófica verdadeiro (castidade), consequente da opinião contida nas escrituras de Platão.
O amor platônico começou a ser visto igualmente a um amor à distância, o qual não se aproxima, não entra em contato, não acerca. Cobre-se de sonhos e de idealização. A imagem de amor é o ser perfeito, detentor de totais ótimas características e sem defeito. Aparenta que o paixão platônica afasta-se da realidade e, do jeito que evita a verdade, mistura-se com o mundo do sonho e da fantasia.
Ocorre de maneira frequente na puberdade e na juventude, principalmente nas pessoas mais tímidas, que sentem uma maior complexidade de chegar perto do objeto de amor, por insegurança, pouca maturidade ou proibição do sentido emocional.
Tendo-se em conta a definição atual da paixão platônica, há um paradoxo assim que se leva em conta a vida e os ensinamentos destes pensadores. Platão e os demais não explicaram que a relação de um adulto com um rapaz teria que apresentar a atração erótica, mas sim que o interesse pela lindeza (em si própria) do adolescente tem que ser o o suporte da amizade e amor entre ambos. No entanto, certificando que o interesse erótico do adulto pelo rapaz afasta as forças, é consciente suportar e contrariar-se a Eros (amor) de sua expressão corporal, concentrando-se as energias visando as esferas intelectuais e emotivas.
Justamente por sua acepção homossexual, a paixão platônica foi entendida como algo elevado, ligado à alma, já que não se enquadrava a reprodução, no romantismo, semelhança de amor inatingível, do qual o amante possuiria a satisfação no espírito- o sentimento de amor, por si, já se basta.
Em contrapartida, o amor de Sócrates pertenceria aquele referente à pederastia, ou à atração erótica do mestre por seu discípulo.